Conecte-se conosco

Acre

Novos geoglifos são registrados na fronteira do Acre com a Bolívia

Publicado

em

Na última semana, durante um sobrevoo de rotina do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) a bordo do Harpia 04 à divisa do Acre com a Bolívia, foi possível visualizar novos grupos de desenhos milenares conhecidos como geoglifos numa região já conhecida por pesquisadores estudiosos destas construções antigas.

Novos grupos de desenhos milenares conhecidos como geoglifos foram visualizados. Foto: Diego Gurgel/Secom

A missão foi conduzida pelo comandante Samir Rogério, tenente-coronel da Polícia Militar e coordenador de operações do Ciopaer, e na tripulação estavam o segundo-sargento da Polícia Militar Keury Souza, o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros Militar Roger Johnny Filgueira, e o repórter fotográfico Diego Gurgel, partindo do hangar logo cedo, antes de amanhecer e se distanciando 80km em linha reta em direção à fronteira com o país vizinho, quando avistaram as primeiras formas geométricas dispostas em grupos.

Ao todo foram registrados três conjuntos de geoglifos próximos uns dos outros, circulares e quadrados,  e “só foi possível enxergá-los graças à angulação acentuada dos raios solares da manhã, caso contrário seria praticamente impossível enxergá-los, pois seus barrancos não produziriam uma sombra”, afirmou Diego Gurgel.

“Os geoglifos são muito difíceis de serem visualizados em outra hora do dia, pois a falta de sombras apaga as formas, sendo eles ignorados por muitos que sobrevoam a Amazônia”, acrescentou.

Ao todo foram registrados três conjuntos de geoglifos próximos uns dos outros, circulares e quadrados. Foto: Diego Gurgel/Secom

Importância histórica

Geoglifos são estruturas ou construções dos povos ancestrais que viveram nessa região que hoje é o estado do Acre.

Vistos do alto, são desenhos no solo (geo=terra, glifo=marca), com formatos de círculos, quadrados, retângulos, pentágonos, octógonos dentre outras formas, simples, compostas, isoladas ou em grupos.

No final do século passado e no início dos anos 2000 as primeiras fotos foram registradas pelos veteranos Agenor Mariano, Edison Caetano e Sérgio Vale e hoje fazem parte do acervo fotográfico da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado do Acre.

Vistos do alto, são desenhos no solo (geo=terra, glifo=marca), com formatos de círculos, quadrados, retângulos, pentágonos, octógonos dentre outras formas, simples, compostas, isoladas ou em grupos. Foto: Diego Gurgel/Secom

A partir do ano de 2005, foi organizado e consolidado o Grupo de Pesquisas dos Geoglifos da Amazônia Ocidental, sob a liderança da Dra. Denise Schaan (1962-2018), do Museu Goeldi e Universidade Federal do Pará, com o apoio do Dr. Martti Pärsssinen, da Universidade de Helsinki (Finlândia). Com as escavações, fotos aéreas, medições em campo e o uso de Lidar (Light Detection and Ranging), sensor de medição e topografia a laser por radares. Muito se ampliou o conhecimento dessas estruturas com as novas tecnologias, tipo GoogleEarth e ZoomEarth. Assim, sabemos mais sobre a sua distribuição geográfica.

Estas novas imagens feitas pelo fotógrafo Diego Gurgel são importantes registros históricos, pois afirmam a presença de geoglifos na região entre a margem direita do Igarapé Miterrã, e a margem esquerda do Rio Rapirrã, próximos à Bolívia, mais precisamente entre os municípios de Capixaba e Plácido de castro.

Durante um sobrevoo de rotina do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) a bordo do Harpia 04 à divisa do Acre com a Bolívia, foi possível visualizar novos grupos de desenhos milenares conhecidos como geoglifos. Foto: Diego Gurgel/Secom

As datações de outros geoglifos no estado do Acre indicam uma idade entre 1500 a 2000 anos. Eles deixaram de ser construídos ou abandonados por volta do ano de 1200, ou seja, 300 anos antes da chegada de Cabral ao Brasil.

Estes povos desapareceram, mas sua memória ficou tatuada na paisagem do Acre.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Acre

Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência

Publicado

em

A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.

O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.

Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.

Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.

“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco

Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.

Comentários

Continue lendo

Acre

Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco

Publicado

em

Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.

Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.

Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.


Comentários

Continue lendo

Acre

Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco

Publicado

em

Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes

O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.

De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.

Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.

Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.

Comentários

Continue lendo