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Novembro Azul: conheça a doença mais comum da próstata

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O mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem, por meio da Campanha Novembro Azul. No entanto, a doença mais comum da próstata não é o câncer, e sim a Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB), que pode atingir até 80% dos homens com mais de 50 anos, cerca de 14 milhões de brasileiros.

Exclusivamente masculina, a próstata é uma glândula pequena (em formato de noz) localizada logo abaixo da bexiga e responsável pela produção do sêmen. A HPB provoca o crescimento anormal da glândula, o que pode comprimir a bexiga e obstruir a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina e afetando a qualidade de vida do paciente.

Doença mais comum

“Quando a próstata está muito grande e/ou a bexiga está sem funcionamento adequado, o paciente pode apresentar dificuldade ao urinar, jato fraco de urina, urgência e frequência para urinar, principalmente à noite. São sintomas corriqueiros que impactam na qualidade do sono e da vida”, explica o urologista Gustavo Wanderley, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Pernambuco. “Muitos pacientes se assustam, pensando que pode se tratar de câncer. A HPB é uma doença que prejudica a vida, porém tem tratamento medicamentoso e nos casos cirúrgicos já dispomos de uma série de tecnologias pouco invasivas para a resolução da doença, como por exemplo, o tratamento com laser”, comenta o especialista.

Tratamento

Casos leves de hiperplasia prostática são tratados com medicamento, mas cerca de 30% dos pacientes podem precisar de cirurgia para a redução da próstata. O procedimento pode ser tradicional – de ressecção transuretral (RTU) para retirada do excesso de tecido da próstata pela uretra – ou a laser, que vaporiza a próstata de forma minimamente invasiva, removendo o tecido.

Enquanto o método cirúrgico convencional exige internação geralmente de 3 a 4 dias, repouso de mais de 30 dias no pós-operatório e apresenta maior risco de sangramento, o laser verde precisa de internação de 12 a 24 horas, repouso relativo de uma semana e com pequeno risco de sangramento.

De acordo com o urologista, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Pernambuco, a disponibilidade do tratamento com laser verde é ainda um avanço para pacientes com doenças do coração – condição comum nesta faixa etária – que precisam utilizar drogas anticoagulantes e antes tinham poucas alternativas de cirurgia. “O tratamento com laser verde tem melhorado a vida de pacientes com HPB, pois minimiza os riscos, reduz o tempo de internação e recuperação quando comparado à cirurgia tradicional”, explica.

O tratamento já é realizado em alguns hospitais no Brasil e está disponível em 15 cidades brasileiras. Na maioria dos centros dos EUA e Europa o tratamento já é rotina. Este novo método já é aceito por alguns planos de saúde e, por apresentar boa relação de custo benefício, tem grandes chances de se estabelecer no Brasil.

Andrea Salmeron

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Câmara avança na regulamentação de influenciadores mirins com exigência de autorização judicial

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Projeto aprovado na Comissão de Comunicação prevê poupança bloqueada com 50% da renda e limite de 4 horas diárias de atividade; conteúdo sem autorização poderá ser removido

Caso o material seja divulgado sem autorização, o Ministério Público deverá notificar os pais e os provedores para que o conteúdo seja removido até que as regras sejam cumpridas. Foto: captada 

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) proposta que estabelece regras rígidas para a atuação de influenciadores digitais menores de 16 anos. O projeto, que equipara a atividade ao trabalho artístico infantil, exige autorização judicial e cria mecanismos de proteção financeira e social para as crianças.

Entre os critérios para a autorização judicial estão a garantia de que a atividade não comprometa a frequência e o desempenho escolar, assim como a saúde física e mental da criança ou adolescente. A proposta também determina que a carga máxima dedicada à função de influenciador não ultrapasse quatro horas diárias.

O substitutivo aprovado pelo relator, deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos/DF), ao Projeto de Lei 2310/25, da deputada Duda Salabert (PDT/MG), prevê que 50% da renda gerada pelos influenciadores mirins seja depositada em caderneta de poupança, que só poderá ser movimentada com a maioridade ou por decisão judicial. A versão original previa o depósito integral da renda.

Principais regras do projeto:
  • Autorização judicial obrigatória – pais deverão comprovar que atividade não prejudica estudos ou saúde
  • Jornada máxima de 4 horas diárias – limite semelhante ao estabelecido para atores mirins
  • 50% da renda em poupança bloqueada – só poderá ser sacada aos 18 anos ou por decisão judicial (texto original previa 100%)
  • Identificação do conteúdo – plataformas deverão marcar posts de influenciadores mirins regulamentados
  • Remoção de material irregular – MP poderá exigir retirada de conteúdo postado sem autorização
Fiscalização e penalidades

O relator Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) manteve a responsabilidade principal dos pais, que deverão:
• Apresentar autorização às plataformas
• Garantir frequência escolar e acompanhamento médico
• Comprovar aplicação correta dos recursos

Provedores que não cumprirem as regras poderão ser notificados pelo Ministério Público a remover o conteúdo até regularização.

Próximos passos

O texto segue agora para análise em três comissões:

  1. Previdência e Assistência Social

  2. Infância e Adolescência

  3. Constituição e Justiça

A proposta tem apoio de entidades de proteção à infância, mas gera debate entre especialistas em direito digital sobre a viabilidade de fiscalização. Caso aprovada, será a primeira lei nacional a tratar especificamente do trabalho de influenciadores mirins.

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Prefeitura de Assis Brasil realiza ação com orientação odontológica, vigilância sanitária e vacinação na Escola Joaquim Rodrigues Cardilha

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Nesta quarta-feira, a Prefeitura de Assis Brasil, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou mais uma importante ação de cuidado e prevenção em saúde, desta vez na Escola Rural Estadual Joaquim Rodrigues Cardilha.

A programação contou com orientação odontológica, reforçando a importância da higiene bucal e dos cuidados preventivos para manter a saúde dos dentes e gengivas. Além disso, a equipe de Vigilância Sanitária esteve presente para repassar informações sobre boas práticas de higiene, segurança alimentar e prevenção de doenças.

Também foi realizada vacinação, garantindo a atualização da caderneta de vacinas e reforçando a proteção contra diversas doenças.

A Prefeitura de Assis Brasil segue comprometida em promover ações que levem informação, prevenção e atendimento de qualidade para todos os moradores, fortalecendo o cuidado com a saúde da comunidade escolar e rural.

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Emendas parlamentares para Saúde no Acre mais que triplicam em 5 anos, mas beneficiaram apenas hospitais públicos

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Estudo do Ipea revela que recursos saltaram de R$ 194 milhões em 2019 para R$ 663 milhões em 2024; apenas Márcio Bittar destinou verba a entidade privada

Dados divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que o incremento na Saúde, por meio de emendas parlamentares, mais que triplicado de 2019 a 2024. Foto: captada 

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na terça-feira (13/8) mostra que os recursos destinados à Saúde no Acre por meio de emendas parlamentares mais que triplicaram entre 2019 e 2024, saltando de R$ 194 milhões para R$ 663 milhões. O crescimento coloca o estado entre os que tiveram maior aumento no país, ao lado de Amapá e Roraima.

Dados do financiamento:

  • 2019: R$ 194,7 milhões

  • 2020: R$ 218,2 milhões

  • 2021: R$ 216,5 milhões (ligeira queda)

  • 2022: R$ 235,6 milhões

  • 2023: R$ 231,6 milhões

  • 2024: R$ 663,7 milhões (maior salto)

Desigualdade regional

Enquanto o Acre e outros estados do Norte e Nordeste tiveram aumentos expressivos, unidades como São Paulo (+28%) e Santa Catarina (+49%) registraram os menores crescimentos. Em 2024, o limite per capita no Acre chegou a R$ 700 por habitante, contra R$ 369 em São Paulo – menos da metade.

Foco em hospitais públicos

O relatório aponta que, com exceção do senador Márcio Bittar (UB), que em 2021 destinou 0,1% dos recursos à Santa Casa da Amazônia, nenhum parlamentar acreano direcionou emendas para hospitais privados sem fins lucrativos. A maior parte dos recursos foi para instituições públicas.

Críticas à distribuição

O estudo do Ipea destaca que as mudanças na metodologia em 2024 ampliaram as desigualdadesentre estados. Enquanto em 2023 a diferença entre o maior e o menor limite per capita era de R$ 124, em 2024 essa disparidade subiu para R$ 419.

A análise reforça a necessidade de debates sobre o critério de distribuição dos recursos do SUS, especialmente em um cenário onde alguns estados recebem o dobro de investimentos por habitante em comparação a outros.

Destinação de emendas parlamentares à Saúde do Acre mais que triplicaram de 2019 a 2024, mostra Ipea. Foto: captada 

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