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Nos 15 anos do Ciopaer, conheça a história do primeiro resgate aeromédico da Segurança Pública do Acre

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Há 15 anos, o destino de Giuliana Santi se entrelaçou com o do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de forma inesquecível. Ela estava envolvida em um acidente de carro na cidade de Manoel Urbano, um momento que mudaria sua vida para sempre. Com ferimentos graves, ela se tornou a primeira vítima de acidente a ser resgatada pelo helicóptero do Ciopaer, na época o João Donato, única aeronave das forças aéreas no Acre.

Ciopaer com a primeira vítima de resgate aéromédico da Segurança Pública do Acre. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Hoje, após uma década e meia, Giuliana e a equipe de pilotos e tripulantes das forças aéreas que a resgatou têm a oportunidade de celebrar a vida e a força que ela representa. “Meus pais nunca me viram tão felizes como naquele dia, quando eu estava prestes a conhecer Cruzeiro do Sul. Mas Deus tinha outros planos para mim. Eu sobrevivi para ser um testemunho, um milagre”, relembra com lágrimas nos olhos.

Reencontro de Giuliana com parte da equipe do seu resgate em 2009. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Durante o acidente, Giuliana, que na época tinha 23 anos, foi arremessada para fora do carro e ficou no meio da estrada. Dez minutos depois, uma enfermeira, que passava pela estrada, prestou os primeiros-socorros e a acompanhou até Manoel Urbano, onde aguardaram o resgate aéreo. A precisão e a rapidez da equipe do Ciopaer foram essenciais para salvar a jovem, que na época viajava a trabalho com mais dois colegas a serviço do então Departamento de Águas e Saneamento do Acre (Deas), quando o veículo em que trafegavam capotou.

Giuliana emocionada ao rever o piloto e tripulante envolvidos no seu resgate. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Ela lembra com emoção que os primeiros-socorros dados pela enfermeira foram cruciais para que aguentasse esperar o resgate aeromédico. Ela conta que a profissional estava com o marido, que era mecânico de máquinas pesadas do ramal, que na época estava sendo feito, explicando a presença da profissional naquele momento de urgência que mudou a vida da jovem bióloga e de seu colega de trabalho.

Missão real e urgente

O que deveria ser um simples exercício de simulação para a equipe se transformou em uma missão real e urgente. O comandante Sergio Albuquerque, um dos pilotos envolvidos no resgate e atualmente coordenador do Ciopaer, relembra o momento com emoção: “Nós estávamos treinando quando recebemos a notícia do acidente. O que deveria ser um treinamento se tornou uma missão real. Não havia local preparado para o pouso, e as condições eram difíceis. Mas a perícia da equipe e dos médicos foi colocada à prova, e conseguimos salvar Giuliana e seu colega. A operação foi difícil, mas realizada com perfeição”.

Comandante Sergio Albuquerque, um dos pilotos envolvidos no resgate e atualmente coordenador do Ciopaer em abraço com a sua primeira pessoa resgatada. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

O primeiro resgate do Ciopaer, realizado em 14 de setembro de 2009, marcou o início de uma trajetória de dedicação e sucesso. Naquele dia, o cenário era desafiador, e a equipe, recém-treinada, precisou colocar em prática tudo o que havia aprendido, pois na época não havia hangar no Hospital de Urgência e Emergências de Rio Branco (Huerb). A rua de acesso à unidade de emergência se tornou a pista que levaria a bióloga e seu colega à vida. Os tripulantes realizaram a maior operação de suas vidas ao parar o trânsito naquele dia para que o João Donato pudesse pousar, driblando os fios da rua para que, assim, a jovem de 23 anos imobilizada e com oxigênio também pudesse driblar a morte.

Registro do helicóptero João Donato e do reencontro dos operadores aéreos e Giuliana após o acidente. Foto: Arquivo pessoal

O subtenente Edivan Santana, na época um dos tripulantes, conta com precisão como foi participar do marco que foi aquele resgate: “São 15 anos, e reencontrá-la saudável e grata é algo marcante. No dia do resgate, parecia que Deus havia planejado tudo. Estávamos finalizando um treinamento quando recebemos a ocorrência de um acidente grave. Os pilotos decolaram imediatamente para resgatar as vítimas, que estavam em situação crítica. Lembro-me de como tudo parecia um simulado que virou realidade. A operação foi um sucesso e trouxemos Giuliana para Rio Branco em segurança. A compressão de tempo proporcionada pelo helicóptero foi decisiva. Quem está em estado grave não pode esperar, e o helicóptero é essa ferramenta vital que garante o tempo necessário”.

Subtenente Edivan Santana, na época um dos tripulantes do regaste aeromédico. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

O coronel Albuquerque relembra com emoção o início do Ciopaer, no dia 11 de setembro, e o impacto da primeira operação de resgate aéreo no estado do Acre: “No começo, contávamos com apenas uma aeronave, que infelizmente perdemos. O governador Gladson Cameli e o secretário de Segurança, coronel Américo Gaia, têm investido pesadamente em nossa capacidade de salvar vidas. No início, éramos apenas dois pilotos, eu e o coronel Negreiros. Agora, contamos com quatro comandantes e dez copilotos, e continuamos a formar mais. Investir em pessoal é crucial para que possamos assumir essas missões desafiadoras. O primeiro resgate que fizemos foi a prova de que cada investimento vale a pena. Quando uma vida é salva, quanto vale isso? É inestimável”.

Giuliana emocionada abraçando o coronel Albuquerque, atualmente comandante do Ciopaer. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

15 anos de renascimento

Giuliana compartilha sua gratidão profunda. “Esses 15 anos trouxeram muitas coisas maravilhosas para minha vida, inclusive meus filhos. Toda vez que vejo um helicóptero, me emociono, porque sei que ele salvou a minha vida. Setembro é sempre um mês especial para mim, é como um renascimento. Se eu pudesse resumir minha gratidão em uma frase, diria: Que Deus continue abençoando e protegendo essa equipe, para que possam salvar muitas outras vidas, como salvaram a minha”.

Giuliana emocionada com a filha na homenagem dos 15 anos do Ciopaer. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Com 15 anos de história, o Ciopaer continua a salvar vidas e impactar a segurança pública no Acre, mostrando que cada investimento em aviação e pessoal vale cada segundo de vida resgatada. Desde então, o Ciopaer cresceu e se aprimorou. O Estado investiu em novas aeronaves e na formação de mais pilotos. “Hoje temos 11 novos pilotos e três helicópteros, além de três aviões. O governo do Acre e a Secretaria de Segurança têm investido fortemente na segurança pública e na aviação de resgate”, comenta Albuquerque.

“Hoje temos 11 novos pilotos e 3 helicópteros, além de 3 aviões. O governo do Acre e a Secretaria de Segurança têm investido fortemente na segurança pública e na aviação de resgate”, comenta o coronel Sergio Albuquerque. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Giuliana, que hoje carrega as cicatrizes físicas e emocionais do acidente, é um símbolo da eficácia do trabalho da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por intermédio do Ciopaer. “As marcas que eu levo são de um milagre. Se não fosse o resgate aéreo, eu não estaria aqui. O investimento que o Estado fez na segurança pública salvou minha vida e continua salvando muitas outras”, conclui com gratidão Giuliana, que hoje é casada e mãe da pequena Aurora de sete meses e do Mateo de sete anos.

Giuliana Santi com a família. Foto: Arquivo pessoal

O secretário de Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, destaca que essa história não é apenas um relato de um resgate. É um testemunho do impacto que a dedicação e o investimento em segurança pública podem ter na vida das pessoas. “O Ciopaer, que começou com uma aeronave e dois pilotos, hoje é uma instituição sólida e essencial para a população do Acre, provando que cada vida salva vale todo o esforço e investimento do Estado e da Segurança Pública”, afirma o gestor da pasta.

Giuliana mostra a marca no pescoço com gratidão, que agora é um símbolo de seu renascimento. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Segundo voo, celebrando a vida

Após 15 anos, ela voltou a voar no helicóptero do Ciopaer, mas desta vez sob circunstâncias completamente diferentes. Agora, não mais ferida, ela pôde reviver aquele momento crucial da sua vida com outra perspectiva. Emocionada, sobrevoou o hospital onde foi levada e o local exato do pouso de resgate. “Foi uma experiência indescritível, uma mistura de gratidão e emoção ao olhar para baixo e ver onde tudo aconteceu”, relatou.

Após 15 anos do voo do seu acidente, Giuliana volta a voar em um helicóptero do Cipopaer. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

O resgate da bióloga foi um marco não apenas para ela, mas também para o Ciopaer, que se consolidava como uma força vital no salvamento de vidas no Acre. Hoje, com uma frota ampliada e uma equipe de pilotos altamente treinados, o Ciopaer celebra 15 anos de operações, marcados por histórias como a da jovem, que destacam o impacto do serviço aéreo no estado.

“Hoje estou viva e posso abraçar meus filhos”, Giuliana Santi, primeira vítima de resgate aeromédico do Acre. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

Durante o voo comemorativo, ela expressou sua eterna gratidão ao Ciopaer, não apenas pelo resgate, mas por tudo que ele representou: “Hoje, estou viva e posso abraçar meus filhos. Isso só foi possível graças a esse helicóptero e a essa equipe dedicada”, disse.

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Justiça do Acre mantém condenação de presos por assassinato de adolescente em Rio Branco

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Antônio Eules e Patrick Lima seguirão cumprindo penas que somam quase 90 anos de prisão pelo homicídio de Jorge Luiz Souza Lino, morto na frente da mãe.

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação dos presidiários Antônio Eules Souza Gama e Patrick Lima de Oliveira, sentenciados a penas que, somadas, ultrapassam 87 anos de reclusão. A dupla foi responsabilizada pela morte do adolescente Jorge Luiz Souza Lino, de 15 anos, assassinato ocorrido em maio de 2023, no bairro Belo Jardim, Segundo Distrito de Rio Branco.

A defesa dos réus havia ingressado com recurso, solicitando a anulação do julgamento sob o argumento de que a decisão dos jurados teria sido contrária às provas dos autos. Contudo, a desembargadora Denise Castelo Bonfim, relatora do processo, rejeitou o pedido. Em seu voto, afirmou que o veredito do júri estava em perfeita consonância com o conjunto probatório apresentado. A decisão foi acompanhada pelos demais magistrados.

Jorge Luiz foi morto na frente da própria mãe enquanto se dirigia a uma festa de aniversário. Durante a ação criminosa, os réus também atentaram contra a vida de Darcifran de Moraes Eduíno Junior, irmão da vítima, e de Wisley da Silva.

Antônio Eules foi condenado a 44 anos, 8 meses e 25 dias de prisão, enquanto Patrick Lima recebeu a pena de 42 anos, 5 meses e 16 dias. Na ocasião do crime, ambos foram presos em flagrante por policiais militares. Eles estavam em posse de armas de fogo, circulavam em um veículo roubado e com placas adulteradas.

Com a decisão da Câmara Criminal, as condenações foram mantidas integralmente.

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TJ mantém condenação de réu por estupro e posse de material pornográfico

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O Pleno Jurisdicional do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu negar revisão criminal, mantendo, assim, a condenação de réu denunciado por estupro reiterado de vulnerável e posse de material pornográfico envolvendo adolescente a uma pena de 10 anos de prisão, em regime inicial fechado.

A decisão, que teve como relatora a desembargadora Denise Bonfim, publicada no Diário da Justiça eletrônico (DJe) da última quinta-feira, 24, considerou que não há motivos que justifiquem a revisão criminal da sanção privativa de liberdade aplicada em desfavor do representado, impondo-se, dessa forma, a manutenção do decreto judicial condenatório.

Entenda o caso

O réu foi condenado no Primeiro Grau de Jurisdição pelo Juízo da 2ª Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Rio Branco, Acre, ante a comprovação da materialidade e da autoria dos fatos. A pena definitiva foi fixada em 10 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicial fechado.

Inconformada, a defesa apresentou pedido de revisão criminal requerendo a concessão de tutela de urgência para anulação da ação penal ou a alternativa absolvição do denunciado, sustentando, em tese, que ele foi condenado sem provas, nem tampouco a presença, nos autos, de qualquer documento que possa atestar a real idade da vítima à época dos fatos e a continuidade delitiva.

O pedido de antecipação da tutela de urgência foi negado pela desembargadora relatora, que considerou que a defesa não comprovou a incidência dos requisitos legais necessários à concessão da medida excepcional.

Revisão criminal: sentença mantida

Ao analisar o mérito da ação autônoma de impugnação, a desembargadora relatora confirmou a decisão interlocutória que negou a concessão da tutela de urgência e, mais uma vez, rejeitou os argumentos da defesa, destacando que o pleito não merece acolhida, pois carece de fundamentação legal.

Quanto à suposta ausência de documento apto a atestar a idade da vítima à época dos fatos, a magistrada de 2º grau apontou que, contrariamente ao alegado pela defesa, as provas contidas nos autos são hábeis para manter a condenação do réu, sendo que o prontuário civil da ofendida que comprova a idade da ofendida foi, sim, devidamente juntado aos autos.

A desembargadora relatora também destacou que não há como acolher o pleito de afastamento da continuidade delitiva, “considerando que tanto na denúncia quanto na sentença, restou comprovado a correlação dos fatos”.

O voto da relatora foi seguido, à unanimidade, pelas demais desembargadoras e desembargadores do Pleno Jurisdicional do TJAC, restando, por fim, rejeitado o pedido de revisão criminal e mantida a sentença condenatória lançada pelo Juízo da 2ª Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Rio Branco.

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Gladson e Mailza participam da celebração dos 33 anos de Capixaba

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Foto: Diego Gurgel/Secom

O governador do Acre, Gladson Cameli, e a vice-governadora, Mailza Assis, ambos do Progressistas, participaram na manhã desta segunda-feira, 28, da festa de 33 anos de emancipação política de Acrelândia ao lado do prefeito Manoel Maia.

A programação oficial teve início às 8h, no Estádio José Colássio, com o tradicional hasteamento das bandeiras, seguido dos discursos das autoridades.

Também fizeram parte das atividades a exposição “Capixaba sob as lentes da fotografia”, a partilha do bolo de aniversário e apresentações culturais que valorizam a identidade local.

Durante o discurso, Cameli destacou a importância histórica de Capixaba e reafirmou o apoio do governo ao município. “Capixaba é terra de um povo trabalhador e determinado. Nosso governo está de portas abertas para fazer parcerias que beneficiem cada morador. Juntos somos mais fortes, e a nossa população não pode esperar para receber os benefícios do Estado de Direito”, declarou.

Foto: Diego Gurgel/Secom

Cameli aproveitou a ocasião para anunciar a entrega oficial da revitalização do Quartel da Polícia Militar de Capixaba, com um investimento de quase R$ 500 mil, e lembrou do início da Operação Verão, que contempla a recuperação de ramais no município. “Capixaba é um grande polo pecuário e agrícola, e seus produtores precisam ter condições dignas de escoar sua produção”, afirmou o governador.

A vice-governadora Mailza Assis também reforçou o compromisso da gestão estadual com o fortalecimento da produção rural e o desenvolvimento econômico da região. “Capixaba é um solo fértil, que produz muito. O governo do Estado acredita na força da produção como motor do desenvolvimento, e estamos aqui para incentivar e investir, sempre cuidando das pessoas”, afirmou.

Além de Capixaba, outros seis municípios acreanos, Acrelândia, Bujari, Epitaciolândia, Jordão, Porto Acre e Santa Rosa do Purus, também comemoram 33 anos de emancipação nesta segunda-feira. Criados pela Lei nº 1.025, de 1992, os municípios refletem a expansão e reorganização territorial que marcou a história recente do Acre.

Localizado na região Sudeste do Acre, Capixaba surgiu no contexto da expansão agrícola e ocupação de terras nas décadas de 1970 e 1980, recebendo o nome em homenagem à produção de feijão na região. Desde da emancipação, em 1992, o município tem se destacado pela agricultura familiar, com produção de mandioca, milho e criação de gado.

Com informações da Agência de Notícias do Acre

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