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Acre

No Amazonas, FDN e CV rompem acordo e inicia disputa entre facções

A rivalidade entre as duas tem deixado a população acreana no meio do fogo cruzado. O governo Sebastião Viana (PT) tem usado essa disputa como a principal causa para a atual crise da violência no estado.

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O motivo do desentendimento teria sido uma possível traição de um dos líderes do CV, desagradando a cúpula da FDN.

Facções criminosas Família do Norte (FDN) e Comando Vermelho (CV) romperam a relação que mantinham desde 2015 no Amazonas e uma onda de assassinatos se espalha pelas ruas de Manaus (Foto: internet

Com Suporte e UOL

As facções criminosas Família do Norte (FDN) e Comando Vermelho (CV) romperam a relação que mantinham desde 2015 no Amazonas e uma onda de assassinatos se espalha pelas ruas de Manaus. O motivo do desentendimento teria sido uma possível traição de um dos líderes do CV, desagradando a cúpula da FDN.

Com isso, a guerra entre estes grupos criminosos se acirra, podendo ter reflexo direto nos demais estados da região. Desde 2016 o Acre também se tornou território fértil para a atuação destas facções, com execuções de rivais dentro e fora dos presídios.

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A posição do Acre e do Amazonas na fronteira com os maiores produtores de drogas do mundo fazem os dois estados se tornarem alvo das facções. O domínio da rota do tráfico é essencial para garantir o lucro destes grupos, que têm no tráfico de drogas sua principal fonte de sobrevivência.

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No Acre, até o momento, não se tem informações sobre a organização da FDN, centrada mais no Amazonas. Por aqui a guerra é entre CV e a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). A rivalidade entre as duas tem deixado a população acreana no meio do fogo cruzado. O governo Sebastião Viana (PT) tem usado essa disputa como a principal causa para a atual crise da violência no estado.

Em 48 horas, sete execuções com uso de arma de fogo foram registradas em Rio Branco. A polícia diz que são fruto da guerra entre as facções. Ainda não se sabe se há relação com o desentendimento surgido em Manaus.

Sete execuções com uso de arma de fogo foram registradas em Rio Branco, a polícia diz que são fruto da guerra entre as facções (Foto: montagem – Jornal FdoAcre)

A FDN é uma facção criminosa surgida no Amazonas e que domina a rota do tráfico de cocaína e maconha produzidas no Peru e na Colômbia

Uma traição entre líderes da FDN (Família do Norte) levou ao rompimento da aliança que a facção mantinha com o Comando Vermelho (CV) e está deixando um rastro de mortes nas ruas de Manaus.

A ruptura é monitorada pelos órgãos de inteligência do Exército, da Polícia Federal e da Polícia Civil do Amazonas. A preocupação é que o fim desse trato crie ainda mais tensão local já que, além dessas duas facções, a região ainda é disputada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

A FDN é uma facção criminosa surgida no Amazonas e que domina a rota do tráfico de cocaína e maconha produzidas no Peru e na Colômbia e transportadas pelos rios da Amazônia, sobretudo pelo rio Solimões. Investigações conduzidas pela Polícia Federal indicam que a FDN e o Comando Vermelho mantinham uma aliança desde 2015. A parceria foi uma das maneiras encontradas pelas duas facções para se protegerem do avanço do paulista PCC na região.

De acordo com o delegado titular do DRCO (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil amazonense, Guilherme Torres, o rompimento da aliança entre a FDN e o Comando Vermelho aconteceu depois que líderes da facção amazonense descobriram um plano de “traição” supostamente arquitetado pelo ex-integrante da FDN Gelson Carnaúba, conhecido como Mano G.

Carnaúba era um dos três principais líderes da FDN, juntamente com José Roberto Fernandes Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, e João Pinto Carioca, o João Branco. Segundo investigações da Polícia Federal, foi Carnaúba quem firmou a aliança entre a FDN e o Comando Vermelho durante sua passagem pela penitenciária federal de Campo Grande (MS).

“Quando eles descobriram o plano, expulsaram o Gelson. Como ele já tinha ligações fortes com o Comando Vermelho desde os tempos em que estava em Campo Grande, agora, ele é o homem do CV no Amazonas”, afirmou o delegado.

Atualmente, João Branco e Gelson Carnaúba estão presos na penitenciária federal de Catanduvas (PR), e Zé Roberto, na de Campo Grande.

Em jogo: cargas e acesso a cocaína do Peru e da Colômbia

Até o rompimento entre FDN e Comando Vermelho, a “geopolítica” do tráfico na Amazônia era relativamente simples. Juntas, FDN e Comando Vermelho dominavam o acesso à cocaína produzida no Peru e na Colômbia e escoavam a droga pelo rio Solimões.

A ameaça a essa hegemonia vinha do PCC, que já domina presídios em estados vizinhos, como Roraima e Acre, e que vem, nos últimos anos, tentando ampliar sua presença no Amazonas. Investigações indicam que foi a FDN que ordenou o massacre que resultou na morte de pelo 56 pessoas em um presídio amazonense em janeiro de 2017.

Gelson Carnaúba é apontado como homem do Comando Vermelho no Amazonas/Foto: reprodução

Agora, a rota do Solimões está sendo disputada pelas três facções: FDN, Comando Vermelho e PCC. Nos últimos anos, o tráfico pelo Solimões ganhou ainda mais importância. Em 2016, o PCC assumiu o controle da chamada “rota caipira” da cocaína e da maconha. Por essa rota, a droga produzida na Bolívia e no Paraguai passa pelos estados de Mato Grosso do Sul e pelo interior de São Paulo.

Esse acesso era compartilhado pelo PCC e pelo Comando Vermelho, mas a facção paulista passou a controlar a rota sozinha depois do assassinato do traficante Jorge Rafaat. Isso fez com que o CV voltasse suas atenções para a cocaína produzida no Peru e na Colômbia.

Uma fonte ouvida pela reportagem sob a condição de anonimato e que tem fortes ligações com as investigações sobre o conflito entre as três facções

disse que, para o Comando Vermelho, ter controle sobre a rota do Solimões é fundamental, porque o acesso à cocaína boliviana está bloqueado.

Essa mesma fonte afirmou que tanto os serviços de inteligência da Polícia Federal quanto as Forças Armadas (que têm forte presença na fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru) estão acompanhando os desdobramentos do conflito.

Rastro de mortes nas ruas de Manaus

O que as autoridades locais mais temem é que a ruptura entre a FDN e o Comando Vermelho possa aumentar ainda mais os conflitos relacionados ao tráfico de drogas na região.

Presos da FDN/Foto: reprodução

Guilherme Torres afirma que a maior parte dos homicídios que estão sendo registrados nos últimos meses nos bairros do Mutirão, zona norte de Manaus, e na região do Igarapé do 40, na zona sul, são decorrentes do conflito por pontos de drogas entre o CV e a FDN.

“Essas são áreas em que as duas facções mais tem entrado em conflito. Nós temos registrado pelo menos um homicídio nesses bairros por dia”, afirmou o delegado.

No último sábado (12), 35 presos conseguiram fugir de um centro de detenção provisória de Manaus usando um túnel. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que a maioria deles é formada por detentos vinculados ao Comando Vermelho. O temor, segundo essas fontes, é que, em liberdade, esses presos possam atuar nos conflitos entre o CV e a FDN.

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Acre

Arlete Amaral se desliga do cargo de vereadora e assume Secretaria de Assistência Social em Brasiléia

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Vereadora e Vice-Presidente do Legislativo Municipal abandona mandato para encabeçar a pasta de Assistência Social

Nesta quarta-feira, 24 de abril, o município viu uma mudança significativa na gestão de sua Secretaria de Assistência Social. Arlete Amaral, vereadora e vice-presidente do poder legislativo local, foi empossada no cargo, substituindo Djahilson Américo, que deixou a função para buscar uma vaga no legislativo como pré-candidato a vereador.

A transição exigiu que Arlete se desligasse de suas responsabilidades como vereadora, passando o posto para seu suplente, João Rocha. Essa movimentação política, embora rotineira em certos aspectos, traz consigo implicações importantes para a dinâmica política do município.

Enquanto Djahilson Américo se lança em uma nova empreitada política, buscando representar os interesses da comunidade no poder legislativo, Arlete Amaral assume uma nova responsabilidade administrativa. Sua entrada na Secretaria de Assistência Social demonstra uma mudança de foco e prioridades, colocando-a no centro das ações voltadas para o bem-estar e desenvolvimento social da população local.

Em entrevista, Arlete expressou sua determinação em fazer uma gestão eficiente e voltada para as necessidades reais da comunidade, destacando a importância do trabalho em equipe e da colaboração com outros órgãos e entidades sociais.

Surpreendendo muitos, Arlete também anunciou que não pretende mais se candidatar ao cargo de vereadora, optando por se dedicar integralmente à sua nova função na Secretaria de Assistência Social.

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Acre

MPAC discute profissionalização e escolarização da população em situação de rua

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Direitos Humanos, com apoio do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), reuniu-se na última quarta-feira (24) com representantes da Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Estadual de Assistência Social, Senai, Ieptec, Movimento Nacional da População em Situação de Rua e Centro Pop para discutir ações de profissionalização e escolarização da população em situação de rua.

A reunião, conduzida pelo promotor de Justiça Thalles Ferreira Costa, teve como objetivo principal buscar soluções para garantir o acesso à educação e ao trabalho para esse público vulnerável. De acordo com representantes da população em situação de rua, existe um cadastro com quase 70 pessoas que já possuem experiência em alguma área e/ou precisam de cursos para requalificação profissional, além de outros que desejam participar de curso de alfabetização.

Na ocasião, Senai e Ieptec se colocaram à disposição para oferecer cursos profissionalizantes gratuitos para esse público, com acompanhamento do MPAC e outros parceiros na iniciativa. O MPAC também buscou, em diálogo com a Secretaria Municipal de Educação, a reativação de um projeto de educação no Centro Pop para promover alfabetização para esse público, com oferta de professor, alimentação, material didático e transporte para os alunos.

“Nosso objetivo é reunir possíveis parceiros e buscar alguns compromissos para avançar em pautas como educação e profissionalização, que são extremamente importantes para garantir a dignidade das pessoas em situação de rua”, destacou o promotor de Justiça.

Fotos: Gabriel Vitorino (estagiário)

Fonte: Ministério Publico – AC

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Acre

Prefeitura de Rio Branco participa de seminário sobre leitura e escrita na educação infantil

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A Prefeitura de Rio Branco participou, no auditório do Detran, nessa terça-feira (23), da abertura do seminário “O Leei e as experiências de leitura das crianças na educação infantil”. O Leei é um programa de leitura e escrita na educação infantil.

O seminário formativo é realizado pela Universidade Federal do Acre (Ufac) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em parceria com as prefeituras e a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE). A formação dos professores acontecerá até quinta-feira, dia 25 de abril, sob a responsabilidade dos professores Nadson Araújo dos Santos e Tatiane Castro dos Santos, ambos da Ufac.

A professora Gleice Souza, diretora de Ensino da SEE, explicou que a formação é voltada para os professores da educação infantil, onde o MEC, com o apoio da rede estadual – que também fez a adesão ao Compromisso Criança Alfabetizada – e das redes municipais, realiza um trabalho com o foco voltado para a política territorial.

“O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi lançado em 2023. Então, iniciamos esses processos formativos, que já realizamos no interior e agora temos aqui equipes das escolas de Rio Branco, os nossos coordenadores, para discutirmos o Leei”, disse.

A diretora explicou ainda que um dos objetivos do Leei é colocar o aluno em contato com a leitura de maneira lúdica, de maneira prazerosa.

A professora Tatiane Castro reforçou que o Leei faz parte da Política Nacional de Alfabetização, cujo objetivo é formar os professores da educação infantil, especialmente os professores dos 4º e 5º anos do ensino fundamental, anos iniciais.

“Essa formação é importante para que eles possam trabalhar questões de linguagem, de leitura e de escrita na educação infantil, com o objetivo de fazer com que os professores possam desenvolver práticas de leitura e escrita efetivas com as crianças”, salientou.

A secretária Municipal de Educação, Nabiha Bestene, destacou a formação dos professores da educação infantil como “importantíssima”.

“As crianças estão iniciando a fala, a escrita, estão na fase de crescimento, e houve prejuízos na pandemia. Agora, estamos tentando recuperar com essas formações, atualizando e qualificando as pessoas”, enfatizou.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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