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Acre

No AC, jornalista boliviano pede refúgio e se diz vítima de ‘perseguição’

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Wilson García estaria sendo perseguido após denúncias contra ministro.
Imigrante diz que entrou com pedido de refúgio na Polícia Federal.

G1

Wilson García está no Acre desde o último dia 19 e busca refúgio (Foto: Reprodução Rede Amazônica Acre)

Wilson García está no Acre desde o último dia 19 e busca refúgio (Foto: Reprodução Rede Amazônica Acre)

O jornalista boliviano Wilson García está no Brasil desde o último dia 19 de maio em busca de refúgio. Ele diz que é acusado de conspiração contra o governo boliviano por ter denunciado o ministro da presidência Juan Ramón Quintada por um suposto envolvimento com o narcotráfico e crimes como homicídio, extorsão e corrupção.

Hospedado em um hotel de Rio Branco, o jornalista diz aguardar o advogado, que estaria em Epitaciolândia, a 230 km da capital acreana, montar sua defesa e assim retornar ao país vizinho. García diz que registrou uma denúncia contra o ministro boliviano na Superintendência da Polícia Federal (PF-AC) e fez um pedido de refúgio ao governo brasileiro.

O prazo para que o pedido seja aceito é de até um ano e enquanto não sai, o imigrante pode obter documentação brasileira, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos do Acre (Sejudh). Em contato com a PF-AC, para confirmar a solicitação de refúgio do imigrante, a reportagem foi informada que apenas na segunda-feira (30) as informações poderiam ser repassadas.

Já o consulado da Bolívia disse desconhecer o pedido do jornalista e também não tem conhecimento de nenhum mandado de prisão contra ele no país.

“Sou perseguido por meu trabalho. Esse ministro da presidência é corrupto e vinculado ao narcotráfico e organizações criminais que incluem também empresários brasileiros. Ele quer tomar o governo de Evo Morales, mas eu apoio a gestão de Morales”, afirma o imigrante.

O jornalista diz que divulgou áudios do ministro em negociações com um chefe do narcotráfico local em um blog e então começou a ser hostilizado. “O traficante Mauro Vasquez Guerra controla uma rede de prostituição no Brasil e na Bolívia. Devido minhas publicações nos jornais ele foi preso, mas os negócios continuam funcionando com outro grupo que trabalha diretamente com o ministro”, ressalta.

García ressalta ainda que passou a sofrer perseguição e ser acusado de conspiração. “As acusações são uma mentira que tiram meus direitos constitucionais, me arrancando da minha família e me julgando injustamente. Exijo que governo da Bolívia explique como conspirei contra o estado. Não quero ser refugiado. Quero voltar para meu país, mas com a garantia de que não serei preso”, conclui.

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Estratégia
O coordenador da Divisão de Apoio e Atendimento ao Imigrante e Refugiado da Sejudh, Lucinei Peres, informou que o jornalista possui uma cópia do pedido de prisão expedido a mando do ministro e teme ser preso sem defesa.

“Ele procurou a igreja católica, que fez o contato com a gente, e começamos a acompanhar o caso. A ideia dele é mobilizar os colegas de imprensa e ver se o ministro que o acusa mostra as provas que ele praticou isso e volte em segurança”, esclarece o coordenador.

Peres ressalta que o imigrante poderia ter deixado o país com o carimbo de turista, porém, afirmou que seria preso caso procurasse as autoridades bolivianas.

“Ele disse que trabalha em Pando, mora em Cochabamba e de cinco em cinco dias voltava para casa. Contou também que fez o pedido de refúgio como estratégia para ganhar tempo para o advogado montar a defesa e ele retornar. Ele tem o protocolo do pedido”, diz.

Colaborou Luizio Oliveira, da Rede Amazônia Acre.

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Acre

Homem é acusado de estuprar prima de 14 anos em ramal de difícil acesso em Cruzeiro do Sul

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Suspeito fugiu após o crime; Polícia Militar não realizou buscas devido às condições da via e limitações operacionais

Derivan Vitor da Silva, de 30 anos, é acusado de estuprar a própria prima, uma adolescente de 14 anos, na quinta-feira (25), no Ramal 07, às margens da BR-364, em Cruzeiro do Sul, no Acre. Segundo a Polícia Militar, não foi possível realizar buscas imediatas pelo suspeito devido às más condições da via vicinal e à disponibilidade de apenas um quadriciclo no atendimento da ocorrência.

A equipe da PM foi acionada, mas as fortes chuvas tornaram o ramal intransitável para a viatura. Diante da situação, os policiais retornaram à Base Ambiental e seguiram até o local utilizando um quadriciclo.

De acordo com o relato da vítima, ela havia ido de motocicleta com o primo até a Vila Santa Luzia para fazer compras. No retorno pelo Ramal 07, Derivan teria parado o veículo em uma área isolada e a conduzido até uma região de mata. A adolescente contou que tentou fugir, mas foi agarrada pelo pescoço pelo agressor, que sacou uma faca da cintura.

Ainda segundo a vítima, ela tentou tomar a arma branca, sofrendo um corte no braço. O suspeito apresentava sinais de embriaguez e, sob ameaça e uso de força física, teria consumado o estupro, colocando a faca em seu pescoço e ameaçando cortar sua garganta caso o crime fosse revelado.

A irmã da adolescente relatou à PM que, pouco antes de a vítima chegar em casa, Derivan apareceu na residência extremamente nervoso e sem camisa, pegou uma mochila e fugiu rapidamente do local. Logo depois, a adolescente chegou chorando, com as roupas sujas de lama e sangue, afirmando ter sido estuprada pelo primo.

Como a guarnição era composta por apenas dois policiais e o quadriciclo já estava com a capacidade ocupada pela vítima e sua responsável, não foi possível iniciar buscas pelo suspeito naquele momento. Na Delegacia Geral de Polícia Civil, a adolescente não foi ouvida no mesmo dia por se tratar do feriado de Natal e pela ausência de profissional disponível.

“Por conta da demora do deslocamento, por conta de difícil acesso, ao chegar lá não conseguiram mais localizar o autor. Foram feitos os registros na delegacia e a partir daí vai ter uma apuração dos fatos e com certeza vai ser feita uma tentativa de buscar esse autor”, citou o subtenente Janderson, da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul.

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Acre

Água invade ruas, casas e deixa praça submersa

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Foto: David Medeiros

A forte chuva que atinge a capital acreana desde a madrugada desta sexta-feira (26) continua causando transtornos em diversos pontos de Rio Branco. A reportagem do ac24horas Play segue acompanhando a situação e esteve no bairro Plácido de Castro, na Travessa Tabosa, onde a água já invadiu residências.

De acordo com o repórter David Medeiros, que entrou na área alagada para registrar a situação, a água tomou as ruas do bairro e invadiu várias casas. Com o avanço da enxurrada, veículos já não conseguem trafegar pelo local, e moradores precisaram retirar carros das garagens às pressas para evitar prejuízos.

Foto: David Medeiros

Ainda segundo os relatos, o sistema de drenagem não suportou o volume da chuva, problema recorrente na região. Imagens registradas pela reportagem mostram a pracinha do bairro completamente submersa.

Morador da área, Roni relatou a preocupação com o aumento constante do nível da água e o risco de transbordamento para dentro da residência. “A água tá aumentando, tá subindo. Já chegou na área da frente e na de trás, agora tá entrando dentro da casa. Toda vez que chove forte acontece isso aqui. Ainda bem que agora estão mexendo nas galerias, senão já estaria tudo debaixo d’água”, afirmou.

Foto: David Medeiros

Com a continuidade das chuvas, moradores do bairro amanheceram tentando salvar o que é possível dentro de casa, enquanto quintais e áreas externas seguem completamente alagados.

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Acre

Estrada do Calafate volta a ficar debaixo d’água em Rio Branco

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Foto: Eduardo Gomes e David Medeiros

Mais uma vez, como ocorre sempre que chove, moradores da região do bairro Calafate enfrentam dificuldades para trafegar pela estrada de acesso ao bairro, que ficou alagada em razão das chuvas registradas nesta sexta-feira (26), em Rio Branco.

Imagens captadas pela reportagem mostram a via completamente tomada pela água nas proximidades da Igreja Batista do Bosque (IBB) e da Havan, área que costuma registrar transtornos recorrentes durante períodos de chuva intensa, dificultando a passagem de veículos.

O trecho é uma baixada historicamente afetada por alagamentos, o que gera preocupação entre moradores e condutores. Em meio ao avanço da água, algumas pessoas aguardam em pontos de ônibus, enquanto a mobilidade no local se torna cada vez mais comprometida.

De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, informação divulgada pelo repórter David Medeiros, a previsão é de que as chuvas continuem pelo menos até as 13h desta sexta-feira, mantendo o alerta para novos alagamentos na capital. Nas últimas 24 horas, o volume de chuva já ultrapassou os 70 milímetros em Rio Branco.

 

 

 

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