Brasil
Neymar nega em tribunal espanhol participação em negociações com Barça
O atacante brasileiro Neymar disse em um tribunal nesta terça-feira (18) que não participou das negociações sobre sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013, mas assinou o que seu pai pediu.
Juntamente com Neymar, de 30 anos, outros oito réus estão sendo julgados por acusações de fraude e corrupção pela transferência, incluindo seus pais, representantes dos dois clubes, os ex-presidentes do Barça Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues.
Todos os réus negam qualquer irregularidade.
“Não participei das negociações. Meu pai sempre cuidou disso e sempre cuidará. Assino tudo o que ele me diz para assinar”, afirmou Neymar ao tribunal de Barcelona em seu primeiro depoimento no julgamento que começou na segunda-feira (17). “Jogar pelo Barcelona sempre foi meu sonho, um sonho de infância.”
O caso se concentra em uma alegação feita pela empresa de investimentos brasileira DIS, que detinha 40% dos direitos de Neymar quando ele estava no Santos, de que não recebeu a fatia legítima da transferência porque o valor do negócio foi subestimado.
Os promotores espanhóis estão pedindo uma pena de prisão de dois anos e multa de 10 milhões de euros (o equivalente a R$ 51,9 milhões) para Neymar. Eles também estão buscando uma pena de cinco anos de prisão para Rosell e multa de 8,4 milhões de euros (RS 43,6 milhões) para o Barcelona.
Um documento judicial divulgado em julho alega que o Barcelona iniciou negociações em 2011 com o jogador, pagando-lhe 40 milhões de euros ( R$ 207,6 milhões) para garantir sua transferência quando seu contrato com o Santos expirasse em 2014 e, assim, impediu que outros clubes o contratassem.
“Nossa intenção era preparar um plano de carreira para ele na Europa, no qual já tínhamos estabelecido local, poderia aprender o idioma, etc. E sabendo do sonho dele de jogar pelo Barcelona, assinamos esse acordo de prioridade com eles”, disse o pai do jogador, Neymar da Silva Santos, ao tribunal.
Nenhum dos réus que são representantes ou ex-dirigentes dos clubes prestou depoimento. Neymar e seus pais tinham o direito de não depor, mas decidiram fazê-lo, respondendo a perguntas apenas do promotor e de sua própria defesa.
O presidente do Real Madrid, Florentino Perez, que apareceu como testemunha via videolink, disse ao tribunal que seu clube fez ofertas de 45 milhões de euros (R$ 233,6 milhões) em 2011 e 36 milhões (R$ 186,9 milhões) em 2013 para contratar Neymar, mas o jogador optou por se juntar ao Barcelona.
O escritório de advocacia Baker McKenzie, que defende Neymar, informou em comunicado que argumentará que os tribunais espanhóis não têm jurisdição porque a transferência envolveu um cidadão brasileiro no Brasil.
Os advogados de Neymar argumentam que as regras de concorrência dizem respeito a produtos e serviços e não se aplicam ao mercado de transferências.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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