Cotidiano
Na busca por vaga olímpica, Brasil estreia no Mundial de Judô, em Doha
Torneio é o que mais garante pontos no ranking classificatório a Paris

O judô brasileiro estreia na madrugada deste domingo no Mundial de Doha (Catar), principal competição da modalidade por ser a que mais pontua no ranking olímpico classificatório para os Jogos de Paris 2024. O torneio reunirá mais de 600 atletas de todo o mundo e o Brasil contará com 16 representantes (nove homens e seis mulheres), entre eles a campeã olímpica e mundial Rafaela Silva, líder do ranking na categoria dos 57 quilos, e Guilherme Schimidt (81 kg), atual número 4. O Mundial de Judô vai até 14 de maio, com transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.
As primeiras judocas do país a estrear no tatame da Arena Ali Bin Hamad Al Attiya, a partir das 5h (horário de Brasília), serão Amanda Lima (48kg) e Natasha Ferreira (48kg) que enfrentarão, respectivamente, a guatemalteca Jacqueline Solis e a theca Tereza Bodnarov,
Ouro nesta no Grand Slam de Antalya (Turquia) em abril, a brasiliense Ketleyn Quadros, atual número 4 no ranking (categoria abaixo de 63 Kg) está confiante no desempenho da delegação brasileira.
“Tivemos um resultado fantástico no ano passado e esperamos um Mundial ainda mais duro, agora, em Doha. Estamos tendo um Mundial com menos de um ano de intervalo em um calendário muito ajustado, com muitas competições. Ficamos quase um mês e meio na Europa só competindo e treinando em preparação pra esse Mundial. A minha expectativa é positiva e acredito muito nessa equipe do Brasil”, analisa judoca, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô.
Na última edição do mundial, há sete meses, o Brasil conquistou quatro medalhas: dois ouros (com Rafaela Silva e Mayara Aguiar), uma prata (Beatriz Souza) e um bronze (Daniel Cargnin). Este ano, por conta de lesões, a delegação nacional estará desfalcada de Mayra, Cargnin e também de de Larissa Pimenta e Ellen Froner.
“Embora tenhamos tido baixas importantes, os atletas que vieram estão preparados, tiveram uma boa campanha na preparação para o Campeonato Mundial e têm capacidade para fazerem um bom Campeonato Mundial”, afirmou Marcelo Theotonio, gerente de alto rendimento da CBJ, referindo-se aos 12 dos 16 convocados que conquistaram medalhas em competições antes do Mundial.
De olho em Paris 2024
O Mundial de Judô distribuiu até 2 mil pontos (campeão) no ranking classificatório para Paris 2024. Com 23 pódios olímpicos conquistados até hoje, o Brasil busca assegurar vaga em cada uma das 14 categorias individuais, além do torneio por equipes em Paris.
A totalização de pontos no ranking da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês) teve início em julho de 2022 e só termina em junho do ano que vem. A modalidade reunirá 372 atletas em Paris (igualmente divididos entre homens e mulheres). Os 17 primeiros colocados no ranking de categoria asseguram vaga em Paris 2024 (com o limite de um judoca por país). A partir das 18ª colocação no ranking, as vagas serão distribuídas por continente: Américas (21 vagas), Africa (24), Europa (25), Ásia (20) e Oceania (10).
Estreia dos brasileiros no Mundial:
Preliminares a partir das 5h e finais ao meio-dia (horário de Brasília):
Domingo (7) – Natasha Ferreira (48kg) e Amanda Lima (48kg)
Segunda (8) – Willian Lima (66kg)
terça (9) – Rafaela Silva (57kg) e Jéssica Lima (57kg)
quarta (10) – Ketleyn Quadros (63kg), Gabriella Mantena (63kg), Guilherme Schimidt (81kg) Eduardo Yudy Santos (81kg)
quinta (11) – Rafael Macedo (90kg) e Giovani Ferreira (90kg)
sexta (12) – Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg)
sábado (13) – Beatriz Souza (+78kg), Rafael Silva (+100kg) e João Cesarino (+100kg)
domingo (14) – disputa por equipes
Edição: Cláudia Soares Rodrigues
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19ª Copa AAJJ de Jiu-Jitsu reúne mais de 400 atletas e destaca nova equipe da Baixada da Sobral
No último dia 14 de dezembro, foi realizada, na quadra de esportes da ABB, a 19ª edição da Copa AAJJ de Jiu-Jitsu, evento já tradicional no calendário do jiu-jitsu acreano. A competição reuniu mais de 400 atletas, com disputas em diversas categorias, abrangendo desde crianças até adultos, e contou com a participação de inúmeras equipes consagradas do estado.
Entre os destaques do evento esteve a equipe Magno de França Atitude, representante do núcleo da Visual Academia, localizado na Baixada da Sobral. Apesar de ser uma equipe recente no cenário competitivo, com apenas um ano de existência, o grupo demonstrou alto nível técnico e surpreendeu pelos resultados expressivos.
Mesmo levando um número reduzido de atletas, a equipe alcançou um desempenho notável: a cada três competidores inscritos, dois subiram ao pódio, índice que a colocou à frente de equipes maiores, algumas com o dobro ou até o triplo de atletas inscritos. O resultado evidenciou a qualidade técnica do trabalho desenvolvido.
O excelente desempenho é atribuído à atuação dos instrutores e à coordenação do supervisor do projeto, o major da Polícia Militar Magno de França. O núcleo conta com dois instrutores faixas-pretas: o perito criminal Charles França e o professor de jiu-jitsu Antônio José, conhecido como professor Tony, ambos com longa trajetória no ensino da modalidade no Acre.
Além de atletas e disseminadores do jiu-jitsu, o major Magno de França e o perito criminal Charles França atuam há mais de 20 anos no ensino de modalidades de lutas policiais, o que contribui significativamente para o aprimoramento técnico aplicado ao jiu-jitsu.
Os bons resultados se estenderam por todas as categorias, das infantis às adultas. Um dos grandes destaques individuais foi o atleta Raísson, que se consagrou campeão na categoria pesadíssimo adulto. O atleta já vinha de uma conquista anterior no Campeonato Acreano, promovido pela Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, realizado nos meses anteriores.
Com isso, o núcleo de jiu-jitsu da Visual Academia / Magno de França Atitude passa a deter atualmente dois títulos importantes na categoria pesadíssimo adulto: o da Copa AAJJ e o da Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, consolidando-se como uma equipe promissora e de alto nível técnico no cenário do jiu-jitsu acreano.
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Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.
“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.
Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.
Custos extras
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.
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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca
Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.
Destinação dos recursos:
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R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;
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R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.
As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.
Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.
Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.
A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.
Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.












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