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Brasil

Müller vira artilheiro e Cristiano Ronaldo é vaiado em goleada alemã

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Da tribuna de honra da Fonte Nova, a chanceler Angela Merkel bateu palminhas quatro vezes na tarde desta terça (16).

Thomas Mueller, da seleção alemã, comemora com Sami Khedira após marcar um gol em partida contra Portugal, em Salvador

Ao lado do governador Jaques Wagner (PT), a líder alemã viu a seleção de seu país golear Portugal por 4 a 0, pela abertura do Grupo G, em Salvador.

O atacante Thomas Müller, do Bayern de Munique, fez três gols e se tornou o artilheiro do Mundial.

A maior estrela da partida esteve apagada: o atacante português Cristiano Ronaldo, eleito melhor do mundo pela Fifa na última temporada, pouco fez na partida: chutou quase sempre sem perigo, cobrou duas faltas de forma risível e não lembrou nem de longe o craque das arrancadas fulminantes do Real Madrid.

No segundo tempo, passou a ser vaiado quando tocava na bola.

Aos 40 min da etapa final, quando a Alemanha já definira o placar, protagonizou um lance constrangedor: numa falta da intermediária, os adversários colocaram um único homem na barreira. Mas o “menino d’ouro” português chutou justamente em cima do rival solitário.

Nos acréscimos, o atacante teve seu único lampejo, cobrando, aí sim, uma falta com estilo, mas o goleiro alemão Neuer defendeu.

Foi a maior derrota de Portugal em Copas do Mundo.

Ronaldo foi vaiado em goleada alemã - Foto: Folha

Ronaldo foi vaiado em goleada alemã – Foto: Folha

RITMO FORTE

Apesar do sol forte em Salvador, com os termômetros marcando 28 graus, a partida começou num ritmo forte.

A Alemanha teve maior volume de jogo nos minutos iniciais, mas foram de Portugal as duas primeiras chances. Num contra-ataque aos 5min, Cristiano Ronaldo acionou Hugo Almeida, mas o atacante chutou fraco, para a defesa fácil de Neuer.

Três minutos depois, Lahm perdeu uma bola na intermediária, Cristiano Ronaldo partiu em velocidade e chutou, forçando Neuer –de volta após uma contusão no ombro– a defender.

Logo em seguida, o goleiro português Rui Veloso tentou repor a bola com os pés e chutou nos pés de Khedira, que, de longe e diante do gol escancarado, chutou para fora.

Aos 12min, o lateral Miguel Pereira fez pênalti em Mario Götze. Müller bateu rasteiro, no canto direito de Rui Patrício, abrindo o placar.

Portugal só respondeu aos 25min, quando Nani chutou cruzado da entrada da área e a bola raspou o travessão alemão.

O técnico Paulo Bento teve de fazer sua primeira substituição já aos 28min, quando Hugo Almeida sentiu após uma entrada de Hummels e deu lugar a Éder.

A Alemanha não mostrava o futebol vistoso das últimas Copas, mas, com mais organização tática e lampejos de seus craques, passou a dominar o jogo.

Num contra-ataque pela direita, Özil cruzou para Götze, que chutou e forçou Patrício a mandar a escanteio. Aos 32min, Kroos cobrou da direita, na medida para Hummels subir e, entre dois portugueses, cabecear para marcar 2 a 0.

Aos 36min, uma boa jogada do ataque português foi desperdiçada numa conclusão fraca de Cristiano Ronaldo, que foi a escanteio. João Moutinho cobrou, e Éder cabeceou para fora.

Tudo piorou para Portugal aos 37min: numa disputa de bola com Müller, o zagueiro Pepe, brasileiro naturalizado português, conhecido por seu pavio curto, esticou o braço e atingiu o corpo do alemão, que caiu e fez um teatro como se fora atingido no rosto. Pepe partiu para cima do alemão e, aos berros, deu uma leve cabeçada no adversário sentado no chão. Foi expulso.

Os alemães cadenciaram o ritmo, e os portugueses passaram a depender ainda mais dos contra-ataques.

Uma nova falha da zaga portuguesa permitiu o terceiro gol alemão: aos 46min, Kroos lançou na área, e Bruno Alves espirrou nos pés de Müller, que não teve problemas para chutar e marcar o seu segundo no jogo.

SEGUNDO TEMPO

Para resguardar sua defesa e evitar uma goleada ainda maior, Portugal pôs, para o segundo tempo, o zagueiro Ricardo Costa no lugar do volante Miguel Veloso.

Já aos 6min, a Alemanha perdeu ótima chance de ampliar, quando Özil recebeu livre na pequena área, mas chutou em cima do goleiro. No rebote, Müller cabeceou para fora.

Portugal teve outra baixa aos 24min, quando o lateral Coentrão sentiu uma contusão e saiu para a entrada de André Almeida.

A Alemanha perdeu outra chance incrível aos 24min, quando Götze recebeu de Schürrle e, sem marcação, chutou fraco, em cima da zaga.

O zagueiro alemão Hummels saiu machucado aos 28min, dando lugar a Mustafi.

Aos 33min, Schürrle cruzou da direita, o goleiro Rui Patrício “bateu roupa”, soltando a bola nos pés de Müller. O atacante do Bayern só deu um toquinho para marcar seu terceiro e definir o placar.

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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes

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Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.

A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.

“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.

O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.

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Projeto de lei torna crime a perturbação da paz com pena de até 2 anos de prisão

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O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população

Deputado Kim Kataguiri alega que projeto torna mais claro identificar perturbação da paz. Foto: Pablo Valadare/Agência Câmara

Da Agência Câmara

O Projeto de Lei 4315/24 transforma em crime a perturbação da paz, que hoje é uma contravenção penal. A proposta define o crime da seguinte forma: organizar, promover ou executar evento não autorizado pelo poder público, em via pública ou em prédio particular, que cause transtorno à vizinhança pelo uso de som elevado ou aglomeração que impeça ou dificulte o trânsito de pessoas ou veículos.

A pena prevista é detenção de 6 meses a 2 anos, podendo aumentar em 1/3 até a metade se:

– o evento for realizado à noite;

– o evento for realizado em sábado, domingo ou feriado;
– houver a presença de crianças ou adolescentes no evento;

– o evento for organizado por associação criminosa ou milícia privada;

– o evento atrapalhar as atividades de escola ou hospital e outras consideradas essenciais.

Conforme a proposta, incorre nas mesmas penas:

– o artista de qualquer espécie que se apresenta no evento;

– a pessoa que cede, a título gratuito ou oneroso, equipamento sonoro para a realização do evento;

– a pessoa que participa, de qualquer modo, desse tipo de evento.

Contravenção penal

Atualmente, a Lei das Contravenções Penais pune com 15 dias a três meses de prisão e multa quem perturbar o trabalho ou o sossego alheios:
– com gritaria ou algazarra;
– exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com a lei;
– abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
– provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.

Atualização necessária

O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população.

“Ao estabelecer penalidades claras e proporcionais, o projeto visa a reprimir a realização de eventos irregulares, promovendo um ambiente urbano mais seguro e harmonioso”, argumenta. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

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Brasil

Governo lança ações para enfrentar temperaturas extremas no Brasil

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Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima

Ministério do Meio Ambiente adota medidas para reduzir impacto das altas temperaturas. Imagem: YouTube

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima articula com os ministérios da Educação e da Saúde o enfrentamento das ondas de calor que atingem o país. O objetivo é alertar a população sobre os cuidados necessários para lidar com a elevação das temperaturas e viabilizar ações para minimizar seus impactos, principalmente nas escolas.

Em janeiro, a média de temperatura global esteve 1,75ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), de acordo com o Copernicus, observatório climático da União Europeia.

O Brasil sofre os efeitos do aquecimento global, entre eles, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor severas. Há previsão de temperaturas intensas para as próximas semanas, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em especial para o Sul do país. Em alguns municípios, os termômetros devem registrar mais de 40°C.

Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima.

O programa é implementado a partir de ações baseadas em seis eixos temáticos: áreas verdes e arborização urbana; uso e ocupação sustentável do solo; infraestrutura verde e azul e soluções baseadas na natureza; tecnologias de baixo carbono; mobilidade urbana sustentável e gestão de resíduos urbanos.

No guarda-chuva do programa, está a iniciativa AdaptaCidades, que fornecerá apoio técnico para que estados e municípios desenvolvam planos locais e regionais de adaptação. Ao aderir ao projeto, os governos estaduais devem indicar dez municípios com alto índice de risco climático para receber a capacitação. Também podem ser beneficiados consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional. A aprovação das indicações será feita pelo MMA com base em critérios técnicos, considerando o risco climático e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até o momento, 21 estados já participam da iniciativa.

Cidades Verdes Resilientes e AdaptaCidades estão alinhados ao Plano Clima, que será o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil até 2035. Em elaboração por 23 ministérios, sob a presidência da Casa Civil e a coordenação do MMA, o plano tem um dos eixos voltados à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. O segundo pilar é dedicado às reduções de emissões de gases de efeito estufa (mitigação), cujas altas concentrações na atmosfera causam o aquecimento do planeta.

Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, o Plano Clima será composto por planos setoriais: são sete para mitigação e 16 para adaptação. Traz ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos.

O MEC tem retomado as atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que oferecem ganhos de escala, produtos padronizados e de qualidade aos entes federados, que ficam desobrigados a realizar processos licitatórios próprios (podendo aderir a ata da Autarquia). Já está disponível ata de registro de preços para compra de ventiladores escolares e está prevista ata para aparelhos de ar-condicionado ainda no primeiro semestre de 2025.

Além das ações coordenadas pelo governo federal, planos de contingência para período de extremo calor devem ser desenvolvidos por cada rede de ensino, considerando o princípio constitucional da autonomia federativa e as realidades locais.

Cuidados e dicas

As ondas de calor são caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Esses períodos de calor intenso podem durar dias ou semanas e são exacerbados pelo aquecimento global, que tem aumentado tanto a frequência quanto a intensidade do calor em várias partes do mundo.

Esses episódios são potencializados em áreas urbanas devido ao efeito das ilhas de calor, fenômeno em que a concentração de edifícios, concreto e asfalto retém mais calor e aumenta ainda mais as temperaturas.

A saúde de toda a população pode ser afetada nessas situações, em especial os mais vulneráveis — como idosos; crianças; pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; diabéticos; gestantes; e população em situação de rua. O calor excessivo pode causar tontura; fraqueza; dor de cabeça; náuseas; suor excessivo; e alterações na pele. Ao notar esses sintomas, é essencial buscar ajuda médica.

Entre os cuidados para se proteger, é recomendável beber água regularmente, ainda que sem estar com sede; evitar exposição ao sol das 10h às 16h; usar roupas leves, chapéu e óculos escuros; refrescar-se com banhos frios e utilizar toalhas úmidas; e nunca deixar pessoas ou animais em veículos fechados.

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