Acre
Mulher ganha casa do governo, não recebe imóvel e é avisada de engano
Sehab diz que houve engano e casal não tem direito à casa.
‘Eu só chorei’, diz auxiliar de limpeza ao saber que não receberia o imóvel.
G1/AC
Morando há cinco meses em um terreno cedido por uma igreja, Cleiciane Teles, de 20 anos, chegou a comemorar a ligação da Caixa Econômica Federal, no dia 13 deste mês, informando que ela havia sido sorteada para receber uma casa na Cidade do Povo, programa estadual que faz parte do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Mas a alegria durou menos de 24 horas. Com um recibo e o número da casa em mãos, ela se preparava para vistoriar o imóvel com o marido quando recebeu uma outra ligação, no dia seguinte, informando que houve um engano.
“Tinha umas 30 pessoas no sorteio, todas foram sorteadas. Depois explicaram o que podia ou não ser feito na casa. Disseram que depois de mudar, a gente podia solicitar um cartão, o que seria uma forma de empréstimo, para comprar móveis para casa. Nos garantiram que o contrato seria assinado ainda este mês”, conta Cleiciane, que tem um filho de dois anos.
A garantia da casa fez com que a auxiliar de limpeza começasse a fazer planos juntamente com o marido. “A gente ficou super feliz, porque ter uma casa e ter condições de comprar os móveis é a realização de um sonho”, destaca.
Ela lembra que no dia do sorteio foi orientada a vistoriar a casa no dia seguinte. Quando estava a caminho do local, o marido ligou informando que não tinha mais a casa. “Eu só chorei. Ele disse que quem ligou não soube explicar o que tinha acontecido e nos pediram para procurar a Secretaria de Habitação (Sehab)”, diz.
Na segunda-feira (16) ela foi até a secretaria, onde afirmou ter sido hostilizada pelos próprios funcionários. “Enquanto eu conversava com a assistente social, levantou um senhor e se meteu na conversa. Ele afirmou que nada poderia ser feito por mim, que meu perfil não se enquadrava para receber uma casa da Cidade do Povo. Eu respondi que ele reagia assim porque tinha uma casa para morar, e ele disse que a casa dele ninguém tinha dado. Isso na frente de todo mundo”, desabafa.

Bruno Moreira, esposo de Cleiciane, mostra o documento que aponta a localização da casa na Cidade do Povo (Foto: Tácita Muniz/G1)
20/06/2014 17h23 – Atualizado em 20/06/2014 18h02
Mulher ganha casa do governo, não recebe imóvel e é avisada de engano
Sehab diz que houve engano e casal não tem direito à casa.
‘Eu só chorei’, diz auxiliar de limpeza ao saber que não receberia o imóvel.
Cleiciane diz que não tem para onde ir (Foto: Tácita Muniz/G1)Morando há cinco meses em um terreno cedido por uma igreja, Cleiciane Teles, de 20 anos, chegou a comemorar a ligação da Caixa Econômica Federal, no dia 13 deste mês, informando que ela havia sido sorteada para receber uma casa na Cidade do Povo, programa estadual que faz parte do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Mas a alegria durou menos de 24 horas. Com um recibo e o número da casa em mãos, ela se preparava para vistoriar o imóvel com o marido quando recebeu uma outra ligação, no dia seguinte, informando que houve um engano.
“Tinha umas 30 pessoas no sorteio, todas foram sorteadas. Depois explicaram o que podia ou não ser feito na casa. Disseram que depois de mudar, a gente podia solicitar um cartão, o que seria uma forma de empréstimo, para comprar móveis para casa. Nos garantiram que o contrato seria assinado ainda este mês”, conta Cleiciane, que tem um filho de dois anos.
A garantia da casa fez com que a auxiliar de limpeza começasse a fazer planos juntamente com o marido. “A gente ficou super feliz, porque ter uma casa e ter condições de comprar os móveis é a realização de um sonho”, destaca.
Ela lembra que no dia do sorteio foi orientada a vistoriar a casa no dia seguinte. Quando estava a caminho do local, o marido ligou informando que não tinha mais a casa. “Eu só chorei. Ele disse que quem ligou não soube explicar o que tinha acontecido e nos pediram para procurar a Secretaria de Habitação (Sehab)”, diz.
Na segunda-feira (16) ela foi até a secretaria, onde afirmou ter sido hostilizada pelos próprios funcionários. “Enquanto eu conversava com a assistente social, levantou um senhor e se meteu na conversa. Ele afirmou que nada poderia ser feito por mim, que meu perfil não se enquadrava para receber uma casa da Cidade do Povo. Eu respondi que ele reagia assim porque tinha uma casa para morar, e ele disse que a casa dele ninguém tinha dado. Isso na frente de todo mundo”, desabafa.
Bruno Moreira, esposo de Cleiciane, mostra o documento que aponta a localização da casa na Cidade do Povo (Foto: Tácita Muniz/G1)
‘Disseram que eu era a dona de um quarteirão’
Antes de morar de favor no terreno do pastor, no Calafate, Cleiciane morava em área de risco, no bairro Preventório. Ela conta que dividia um quarteirão – estrutura dividida em quartos – com mais duas famílias. “As duas famílias já foram contempladas com a casa. A resposta que me deram é que os vizinhos tinham falado para a assistência social que eu era a dona do quarteirão, mas eu era apenas uma inquilina”, garante.
O dono dos quartos acompanhou Cleiciane até a Sehab, porém não adiantou, pois informaram a ela que nada poderia ser feito. O casal possui dois cadastros para receber a casa. Um feito em 2009 e outro recentemente, por ter sido moradora em uma área de risco.
“A casa que estou não tem coleta de lixo, nem mesmo banheiro. Já estou aguardando uma resposta há mais de cinco meses”, diz.

Cleiciane exibe cadastro no programa Minha Casa, Minha Vida (Foto: Tácita Muniz/G1)
Cleiciane disse que não sabe a quem recorrer e que ainda tenta entender o que aconteceu. “Eu só chorei porque eu já estava no desespero. Imagina, um dia você tem uma casa e está feliz por poder ter um canto para seu filho morar, no outro, a pessoa liga e diz que você não tem mais casa. Como que fica a minha cabeça? A gente estava contando que nossa vida ia mudar para melhor”, diz emocionada.
‘Omitiu informação‘, diz Sehab
Segundo a Sehab, o esposo de Cleiciane, Bruno Moreira havia se identificado como dono do quarteirão, que fica em uma área de risco. Além disso, a secretaria diz que o casal não residia no local quando a equipe de assistência fez as visitas. “O Bruno era o único contato do verdadeiro proprietário, ou seja omitiu informação. Após o processo, para a nossa surpresa, o verdadeiro dono manifestou interesse”, explicou o chefe da Divisão Técnica Socióloga da Sehab, Jarle Oliveira.
De acordo com Oliveira, após tomar conhecimento de que o casal não era dono do imóvel e nem residia no local, a secretaria cancelou o processo de Bruno e passou o benefício para o verdadeiro proprietário, ou seja, foi paga uma indenização por conta do imóvel. “Não era inquilino, por morar perto do local, a pedido do dono, ele que recebia o dinheiro dos inquilinos. Temos a informação que ele chegou a morar lá, mas na época do congelamento do local, o casal não estava mais lá”, ressalta.
A Sehab também informou que para ter uma casa, Cleiciane deverá esperar novamente o sorteio para Minha Casa, Minha Vida I, que não há previsão para ser realizado. “Como eles estão cadastrados desde 2009, isso é mais um critério para o sorteio das casas, como deficientes, renda per capita. Mas, ainda não há previsão porque estas 1.300 unidades estão sendo destinadas para moradores de área de risco”, explica.
Oliveira disse ainda que vai apurar a denúncia de Cleiciane, que alega ter sido hostilizada por um funcionário da secretaria. Ele disse que este tipo de conduta não é aceitável. “Sempre conversamos com os funcionários, mesmo que transpareça uma tentativa de tirar benefício de forma irregular, não podemos destratar ninguém. Todos são orientados e treinados para darem a informação correta”, destaca.
Bruno Moreira se defendeu da acusação de ter omitido informação e disse que morava na casa sim e se mudou devido aos constantes usuários de entorpecentes que frequentavam o local. Além disso, Bruno afirmou que fez questão de levar o verdadeiro dono na secretaria para esclarecer a situação. ‘Eu não estou pedindo nada de ninguém, eu só quero uma casa para morar com a minha esposa e criar nosso filho”, finaliza.
Procurada pelo G1, a Caixa Econômica Federal em Rio Branco informou que iria se pronunciar sobre o caso posteriormente, após aval da matriz.
Maior programa habitacional
O ‘Cidade do Povo’ é considerado pelo governo do Acre o maior programa habitacional já realizado no estado. São mais de 10 mil unidades habitacionais em uma área de mais de 700 hectares localizada no quilômetro 5 da BR – 364, sentido Porto Velho.
As casas têm em média 40 metros quadrados e possuem dois quartos, sala e cozinha. Em maio, as primeiras 392 casas foram entregues a famílias.
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Acre
Policia de Cobija prende dois brasileiros por tráfico de drogas em Pando; um é condenado a 8 anos de prisão
Segundo suspeito foi liberado por falta de provas; operação ocorreu em hospedaria. O juiz jurisdicional condenou um dos brasileiros a 8 anos de prisão, a serem cumpridos no presídio de Villa Busch.

Um brasileiros foi encontrado com pasta base de cocaína, enquanto o outro não portava entorpecentes no momento da abordagem no interior do estabelecimento. Foto: captadas
O Procurador de Substâncias Controladas de Pando, José Carlos Cruz, relatou em entrevista coletiva em Cobija, na terça-feira (23), uma operação no município de Porvenir que resultou na prisão de dois cidadãos brasileiros, com nomes não divulgados, em uma hospedaria no centro da cidade. Com um deles foi encontrado pasta base de cocaína, enquanto o outro não portava entorpecentes no momento da abordagem dentro do estabelecimento.
Após a prisão em flagrante, os brasileiros ficaram à disposição do Ministério Público, que os acusou do crime de fornecimento de substâncias controladas. Na audiência de medidas cautelares, a promotoria solicitou prisão preventiva de 90 dias. No entanto, os advogados de um dos acusados optaram por um processo abreviado, no qual o réu aceitou a culpa. O juiz jurisdicional condenou esse brasileiro a 8 anos de prisão, a serem cumpridos no presídio de Villa Busch.

Segundo suspeito foi liberado por falta de provas; operação ocorreu em hospedaria no centro de Porvenir. Foto: captadas

Após a prisão em flagrante, os brasileiros ficaram à disposição do Ministério Público, que os acusou do crime de fornecimento de substâncias controladas. Foto: captadas
O segundo brasileiro foi colocado em liberdade, pois não foram encontradas evidências ou elementos probatórios contra ele durante a prisão na hospedaria. A operação reforça a atuação das autoridades de Pando no combate ao tráfico internacional de drogas na fronteira com o Brasil.

Os advogados de um dos acusados optaram por um processo abreviado, no qual o réu aceitou a culpa. O juiz condenou esse brasileiro a 8 anos de prisão, a serem cumpridos no presídio de Villa Busch. Foto: captadas

A operação reforça a atuação das autoridades de Pando no combate ao tráfico internacional de drogas na fronteira com o Acre/Brasil. Foto: captada
Veja vídeo reportagem com TVU Pando:
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Acre
Polícia de Pando intercepta carga ilegal de Epitaciolândia em veículo perto de Porvenir
Fiscalização feita ao amanhecer apreendeu 40 frangos e 200 cervezas sem documentação; mercadoria tinha origem clandestina em Epitaciolândia

O Comandante do Departamento da Polícia de Pando, Erland Monasterios Vanegas, informou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24) que um veículo foi interceptado durante a madrugada próximo ao município de Porvenir transportando mercadorias ilegais provenientes do estado brasileiro do Acre. Toda a carga saiu de forma clandestina da cidade de Epitaciolândia.
A equipe de segurança e controle sanitário de Cobija realizava rondas por volta das 05h desta terça-feira (23) quando notou movimentação suspeita. Após uma vistoria minuciosa no veículo, foram apreendidos 40 frangos e 200 pacotes de cerveja da marca Skol, que não possuíam a documentação correspondente de compra ou legalização para circulação transfronteiriça.

Comandante Erland Monasterios Vanegas confirmou que frangos e cervejas sem documentação, interceptadas perto de Porvenir, foram destruídas. Foto: captadas
Devido à natureza de contrabando do fato, o caso foi encaminhado para a Zona Franca Comercial e Industrial de Cobija “Zofra Cobija”, órgão responsável pelo controle aduaneiro e comercial na região fronteiriça que foi descartada no aterro sanitário de Cobija.
A decisão de destruir os produtos segue os protocolos de descarte aplicados a bens apreendidos em operações de contrabando, por não cumprirem os requisitos sanitários, fiscais ou legais para circulação internacional. O caso havia sido encaminhado anteriormente à Zofra Cobija, que determinou a destinação final dos itens.
A ação reforça o controle fronteiriço entre a Bolívia e o Brasil na região de Pando, onde autoridades vêm atuando contra o comércio ilegal de mercadorias.

A ação reforça o controle fronteiriço entre a Bolívia e o Brasil na região de Pando com o estado do Acre, onde autoridades vêm atuando contra o comércio ilegal de mercadorias. Foto: captada
Veja vídeo entrevista com TVU Pando:
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Acre
Vídeo: Frentista é assaltado por criminosos armados em posto de combustíveis de Rio Branco
Quatro suspeitos em um carro branco renderam a vítima no bairro Ivete Vargas e fugiram levando cerca de R$ 100; polícia investiga o caso

O frentista entregou a quantia disponível no momento, pouco superior a R$ 100, valor referente às últimas vendas realizadas. Foto: arquivo
Um frentista foi vítima de um assalto na noite desta terça-feira (23), enquanto trabalhava no Posto de Combustível Leblon, localizado na Rua Leblon, no bairro Ivete Vargas, em Rio Branco.
Segundo informações da Polícia Militar, a vítima foi surpreendida por quatro criminosos que chegaram ao local em um veículo modelo Onix, de cor branca. Dois dos suspeitos desceram do banco traseiro do carro e, armados, anunciaram o assalto.
O frentista estava próximo à bomba de combustível e se preparava para atender o motorista quando foi abordado. Assustado, ele não reagiu e apenas levantou as mãos, entregando pouco mais de R$ 100, valor referente ao caixa do momento. Um colega da vítima estava no escritório do posto realizando o fechamento da contabilidade e a troca de plantão.
Os criminosos não levaram pertences pessoais da vítima, como celular ou carteira, ficando apenas com o dinheiro do estabelecimento. Após a ação, o grupo fugiu no mesmo veículo, seguindo em direção ao bairro Castelo Branco.
A Polícia Militar foi acionada, esteve no local para colher informações e realizou buscas na região, mas nenhum dos suspeitos foi localizado até o momento.
O frentista compareceu à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde registrou boletim de ocorrência pelos crimes de ameaça e roubo. O caso será apurado pela Polícia Civil de Rio Branco.



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