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Acre

MPAC recebe visita do diretor da Escola do Poder Judiciário ao Ceaf

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) recebeu nesta quarta-feira (29) uma visita do diretor da Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud), desembargador Elcio Mendes, que esteve no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf).

O desembargador foi recebido pela equipe do Ceaf, que tem uma parceria com a Esjud para a produção de videoaulas do programa Saber sem Fronteiras. Durante a visita, o desembargador elogiou a estrutura do local, especialmente o estúdio de gravação e edição das aulas, que apontou como fundamental para a produção de conteúdo educacional de alta qualidade.

Ele ressaltou que essa estrutura tem permitido a oferta de cursos mais dinâmicos e acessíveis, aprimorando o conhecimento e a prática jurídica.

“A modernidade e a eficiência desses recursos são essenciais para a capacitação dos nossos servidores e magistrados”, afirmou Elcio Mendes, que agradeceu ainda o empenho dos profissionais envolvidos na colaboração com a Esjud. “Vocês têm sido fundamentais para o sucesso dos nossos programas de educação”, exaltou o desembargador.

Representando o Ceaf na ocasião, o assessor Leonardo Vasconcelos afirmou que a parceria com a Esjud tem sido um modelo de sucesso, refletido na qualidade dos cursos oferecidos e no impacto positivo na formação dos profissionais do Direito. “Essa colaboração continua a ser uma prioridade, visando sempre a excelência no ensino e a melhoria contínua das práticas judiciais”, disse.

Ao final do encontro, o desembargador colocou a estrutura da Escola do Judiciário à disposição do MPAC e reafirmou o compromisso da Esjud com a valorização da educação e do aperfeiçoamento funcional. “Investir no conhecimento é investir na Justiça”, frisou.

Fonte: Ministério Publico – AC

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Acre

MPF recomenda instalação de Comitê Memória e Verdade do Acre em 90 dias

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MPF entende que apesar de formalmente extinta, a CNV apresentou 29 recomendações de medidas institucionais a serem implementadas pelas autoridades brasileiras ao longo dos anos

O governo do estado informou ao MPF que reconhece a importância da preservação da memória histórica e da apuração de violações de direitos humanos durante o regime militar. Foto: internet 

Assessoria de Comunicação MPF/AC

O Ministério Público Federal (MPF) enviou recomendação ao governo do Acre para que, em 90 dias, sejam tomadas as medidas necessárias para a instalação e efetivo funcionamento da Comissão Estadual de Memória e Verdade.

A medida foi tomada pelo procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, após levantamento de dados sobre medidas oficialmente iniciadas pelo estado em prol da promoção da memória e da verdade diante das violações cometidas pelo regime civil-militar no estado.

O MPF lembra que o Acre foi palco de perseguições políticas, violências, ameaças e mortes cometidas pelo regime, inclusive a renúncia forçada do seu primeiro governador eleito democraticamente, José Augusto Araújo. “As perseguições a José Augusto e seus correligionários, por meio de denúncias, prisões arbitrárias e humilhações, ocorreram no mesmo contexto repressivo enfrentado em outros estados contra reformas sociais”, diz o documento.

Segundo Lucas Dias, o estado do Acre, a exemplo de outros estados do Norte, sofre até hoje com os prejuízos ambientais e socioeconômicos do modelo desenvolvimentista imposto pelos governos militares à região, marcado pela expansão desenfreada da agropecuária e pela expropriação de populações tradicionais. Ele lembra ainda que articulações de trabalhadores rurais e extrativistas do estado foram reprimidas pelo aparelho governamental militar em aliança com os latifundiários locais, o que culminou no assassinato do ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia Wilson Souza Pinheiro.

O assassinato de Wilson Pinheiro foi reconhecido pela Comissão Nacional da Verdade como decorrência de ação de agentes do Estado brasileiro, em um contexto de sistemáticas violações de direitos humanos que eram promovidas pela ditadura militar.

“Essas vítimas têm nome e família, muitas são conhecidas, outras nem tanto, mas todas merecem ter reconhecida a verdade sobre os traumas e violências que sofreram”, diz o procurador, ao lembrar de Maria Lúcia Araújo, Ariosto Pires Miguéis, Hélio Cézar Khoury, Demóstenes Coelho, João Moreira de Alencar Borborema, Elson Martins, Lourival Messias de Oliveira, Manoel Alves Carneiro, Epaminondas Jácome Rodrigues, Hiamar Pinheiro, Chico Mendes, entre outros.

O MPF cita, também, o esforço de setores da sociedade civil e da comunidade acadêmica de debaterem o tema, sem que isso tenha motivado manifestação oficial do estado do Acre sobre o assunto.

O governo do estado informou ao MPF que reconhece a importância da preservação da memória histórica e da apuração de violações de direitos humanos durante o regime militar, mas entende que a lei que criou a Comissão Nacional da Verdade já teve seu prazo de funcionamento encerrado e o decreto que a regulamentava foi revogado, e que, por isso, não há, atualmente, iniciativa formal para implementação da Comissão localmente.

Recomendações

O MPF entende que apesar de formalmente extinta, a CNV apresentou 29 recomendações de medidas institucionais a serem implementadas pelas autoridades brasileiras ao longo dos anos, com o objetivo de preservar o Estado Democrático de Direito. Além disso, o prazo estabelecido na lei (16/12/2014) para a conclusão dos trabalhos se refere unicamente à data final das atividades da própria Comissão, e não a um limite temporal para a efetivação das políticas públicas pautadas em seu relatório final.

Lucas Dias lembra que a CNV projetou recomendações que visam ampliar progressivamente o horizonte da democracia brasileira e que continuam a inspirar medidas de transição. Ele exemplifica com da Comissão de Memória e Verdade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Comissão de Memória e Verdade da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, criadas em 2024, além da retomada da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), também no mesmo ano.

Objetivos da Comissão

Para melhor operacionalizar as atividades da Comissão, o MPF recomenda que os objetivos dela contemplem, no mínimo:

  • o reconhecimento e esclarecimento dos fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos cometidas no estado do Acre durante o regime empresarial-militar brasileiro (1964-1985);

  • identificar e tornar públicas as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos no Acre;

  • sugerir medidas e políticas públicas para prevenir violação de direitos humanos e assegurar sua não-repetição; e

  • com base no que for obtido, propor políticas de memórias em prol das vítimas, além de outras medidas que pretendam reconstruir historicamente as violações cometidas.

Além disso, também é recomendado que a Comissão promova audiência pública para resgatar a memória dos fatos ocorridos no período da ditadura militar, por meio da coleta de depoimentos das vítimas e seus familiares, com a participação de docentes da Universidade Federal do Acre, historiadores de reconhecida idoneidade, autoridades públicas e representantes da sociedade civil organizada.

Composição

A Comissão também deverá ser pluralista, composta por familiares de vítimas acreanas da ditadura e membros da sociedade civil, identificados com a defesa da democracia e institucionalidade constitucional, bem como com o respeito aos direitos humanos. A atuação deve ser articulada e integrada com os órgãos públicos e instituições e articulações sociais, e deverá ser dotada de poderes para solicitar informações, dados e documentos públicos ou privados necessários para o desempenho de suas atividades.

O MPF recomenda que componham a Comissão, pelo menos, os seguintes órgãos: Ministério Público Federal e Estadual, o Arquivo Público Estadual e Nacional, Comissão de Anistia, Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Universidade Federal do Acre, Instituto Federal do Acre, Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Acre e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre.

O governo tem o prazo de 30 dias, para informar se acata a recomendação e relate as ações tomadas para seu cumprimento ou indique as razões para o não acatamento, tendo sido advertido sobre a possibilidade da adoção das medidas judiciais cabíveis.

 

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Linha de ônibus do Calafate deve mudar trajeto a partir de hoje

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Foto: Terminal central de Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas

A Prefeitura de Rio Branco informou que a linha de ônibus 404, Calafate, passará por alterações em seu trajeto a partir desta segunda-feira (14). A medida foi tomada devido a problemas no pavimento nas proximidades da Praça do Calafate.

De acordo com o comunicado, a linha adotará um trajeto circular com ponto final no Centro da cidade. O itinerário seguirá diretamente para a Praça do Calafate, passando pelos bairros São Miguel, Aroeira, Ilson Ribeiro, Laélia Alcântara e Novo Calafate, antes de retornar ao Centro.

Uma das principais mudanças envolve a operação dos ônibus articulados (conhecidos como sanfonados), que não possuem capacidade de manobra no bairro São Miguel. Por essa razão, o trajeto circular será feito da Praça do Calafate diretamente para o bairro Aroeira, sem passar por São Miguel no retorno.

A prefeitura alerta que, com a nova rota circular, os passageiros deverão embarcar e desembarcar no mesmo lado da rua, já que o ônibus passará apenas uma vez por cada ponto durante a viagem.

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Operação Rosa de Lima: PF investiga esquema de R$ 9 milhões em contratos fraudulentos na prefeitura de Santa Rosa do Purus

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O material apreendido nas buscas será submetido à análise da equipe policial e da perícia criminal, visando o esclarecimento dos fatos sob investigação

Os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação e fraude em licitação. Foto: cedida 

A Polícia Federal deflagrou a Operação Rosa de Lima, com a finalidade de investigar diversos crimes envolvendo empresa fornecedora de mão-de-obra terceirizada, contratada pela prefeitura de Santa Rosa do Purus/AC, que podem ter causado prejuízos de até R$ 9 milhões ao erário.

A investigação revelou a existência de direcionamento indevido de contratos do município em favor de empresa ligada a familiares do prefeito de Santa Rosa do Purus/AC.

Foram mobilizados policiais federais no Estado do Acre para o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1).

O material apreendido nas buscas será submetido à análise da equipe policial e da perícia criminal, visando o esclarecimento dos fatos sob investigação.

A finalidade de investigar diversos crimes envolvendo empresa fornecedora de mão-de-obra terceirizada, contratada pela prefeitura de Santa Rosa do Purus. Foto: internet

Em razão dos fatos apurados, os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação e fraude em licitação, entre outros delitos acessórios, cujas penas somadas podem atingir 24 anos de prisão.

Núcleo da Investigação
  • Alvo: Empresa de mão-de-obra terceirizada com vínculos familiares ao prefeito
  • Prejuízo Estimado: R$ 9 milhões (equivalente a 18% do orçamento anual do município)
  • Mandados: 9 buscas cumpridas no Acre (TRF1)
Mecanismos do Esquema
  1. Direcionamento Ilícito
    • Contratos públicos adjudicados sem competitividade real
    • Empresa beneficiada compartilhava endereço e sócios com parentes do gestor
  2. Sobrepreço Sistemático
    • Serviços cobrados até 400% acima do mercado
    • Funcionários “fantasmas” na folha de pagamento
  3. Estrutura Criminosa
    • Rede de intermediação com laranjas
    • Movimentações financeiras atípicas em contas pessoais
Implicações Jurídicas
CrimeArtigo CPPena Máxima
Organização Criminosa2888 anos
Fraude Licitatória3136 anos
Corrupção Ativa/Passiva317-33312 anos
Total AcumuladoAté 24 anos
Impacto Social

Os valores desviados representariam:

  • 3x o orçamento anual da saúde municipal
  • 12 anos de investimento em educação infantil
  • 100% da verba de infraestrutura dos últimos 5 anos
Próximas Etapas
  • Análise forense de documentos contábeis
  • Quebra de sigilos dos envolvidos
  • Possível extensão para outros municípios

Nota Oficial: A prefeitura afirma desconhecer irregularidades e promete colaborar. O MPF já requisitou afastamento preventivo dos servidores envolvidos.

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