Brasil
MP-AC investiga médica sem contrato com Estado que tirou plantão no lugar de outro e grávida perdeu filho
No processo consta que durante o plantão, grávida teve reação alérgica e perdeu o bebê. Atendimento ocorreu no Hospital Regional do Alto Acre Wildy Viana, em Brasiléia.

Médica que não tinha vínculo com Estado tirou plantão no lugar de colega no hospital de Brasileia — Foto: secom
Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco
Uma médica da cidade de Brasileira, é investigada em um inquérito civil do Ministério Público do Acre (MP-AC) por tirar plantão no lugar de outro médico no Hospital Regional do Alto Acre Wildy Viana.
Segundo a denúncia, a profissional não tinha vínculo com Estado, na época, e nem fazia parte do quadro de servidores da unidade.
Além disso, durante o plantão, uma mulher grávida, que foi atendida pela médica, teve uma reação alérgica e perdeu o filho. O caso ocorreu em julho do ano passado e foi denunciado pelo marido da paciente.
O inquérito já ouviu os profissionais que estavam no hospital no dia do ocorrido para saber se houve erro por parte da médica.
O reportagem tentou ouvir os profissionais citados no processo, mas eles não quiseram comentar o caso, mais não conseguiu falar com a médica investigada.
A gerência do hospital explicou que a situação ocorreu na gestão passada e não tem conhecimento do processo.
“É um documento antigo, da gestão passada, que já foi até respondido pela gestão. Não temos conhecimento e nem fomos notificados do processo”, contou o gerente da unidade, Janildo Morais.
Investigações
O promotor responsável pelo caso, Carlos Augusto Pescador, explicou que as investigações estão no início e o processo vai ser colocado sob sigilo. Segundo ele, a médica não tinha vínculo com o Estado na época dos fatos.
“Não tinha vínculo com o Estado, hoje ela passou a ter. O pai procurou a gente [para denunciar]. Já ouvimos umas sete pessoas, falta a gerência do hospital, a médica, que vai ser a última a ser ouvida”, confirmou.
Ainda segundo Pescador, a medicação aplicada na grávida é normalmente usada nos procedimentos. O problema é que a mãe não sabia que era alérgica ao medicamento.
“O protocolo foi o correto, só que ela [paciente] tinha alergia, faz parte de um número pequeno de pessoas que é alérgica. Ela não sabia. Porém, vamos mandar médicos do MP para ver se era o protocolo, mas os profissionais disseram que era o protocolo”, concluiu.
Depoimentos
No processo, os servidores relataram que a mulher grávida chegou à unidade na parte da manhã, sentindo algumas dores. Foram feitos exames, verificado os batimentos cardíacos e a mulher liberada.
Já na parte da tarde, a mulher retornou com dores e foi aplicado o medicamento cefalotina, que causou o quadro alérgico. Uma das médicas ouvidas pelo MP-AC informou que viu a profissional investigada atendendo a paciente grávida.
O MP-AC descreve o depoimento da médica no processo:
“[A médica] Estava atendendo uma paciente na maternidade quando ouviu gritos e perguntou o que estava acontecendo, sendo informada de que a paciente estava apresentando uma reação alérgica; que estabilizou a paciente que estava atendendo e saiu para ajudar na ocorrência da paciente que apresentava alergia; que quando chegou ao local foi informada que a paciente estava apresentando um grave quadro alérgico à Cefalotina”, informou a médica.
A paciente foi estabilizada e ficou em observação. Ainda segundo o relato da profissional, após no início da noite, a grávida foi avaliada por outro médico da unidade, que ouviu os batimentos cardíacos do bebê.
“Realizou a aferição dos batimentos do feto através da ultrassom, momento em que se percebeu que estavam em 70; que não havia a mínima condição de que fosse realizada uma cesárea de urgência, uma vez que a situação clínica não permitia, pelo fato de que a paciente estava hipotensa – “choqueada” – e a anestesia necessária para a realização do procedimento apenas pioraria o quadro, com a possível perda de ambos”, acrescentou a médica em seu relato ao MP.
Em nova avaliação, após às 19h, o mesmo médico percebeu que o coração do bebê não tinha mais batimentos e relatou a situação ao pai da criança. O feto foi retirado em um parto normal por outro profissional.
“É comum a aplicação de Cefalotina, realizada em inúmeros procedimentos de parto; que a aplicação objetiva evitar infecções, já que se trata de um antibiótico de largo espectro; que durante toda a sua vivência médica nunca havia presenciado nenhuma paciente com reação alérgica ao medicamento; que sempre foi praxe perguntar aos pacientes acerca da existência ou não de alergia; que se o paciente relata que é alérgico à penicilina, não é feito o medicamento cefalotina”, complementou a médica quando foi ouvida pelo MP.
Comentários
Brasil
Mulher morre atropelada em rodovia após descer para trocar pneu furado
Comentários
Brasil
CNU: governo atualiza listas finais do “Enem dos Concursos”. Confira

Luh Fiuza/Metrópoles
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou, nesta terça-feira (4/3), que as listas finais dos aprovados no Concurso Nacional Público Unificado (CNU) estão disponíveis após nova verificação.
Para acessar as novas classificações, basta acessar e fazer login com a conta Gov.br. A homologação do CNU segue prevista para esta sexta-feira (7/3).
Divulgação dos resultados finais
• As informações serão divulgadas na “Área do Candidato“, no site oficial do CNU.
• O candidato poderá consultar os resultados finais individuais para cada um dos cargos em que se inscreveu.
• Estarão disponíveis as notas nas provas objetiva e discursiva e na avaliação de títulos, além do resultado de bancas (para candidatos com deficiência, negros e indígenas).
• O candidato terá acesso à nota final ponderada em cada cargo e à classificação em cada cargo: ampla concorrência e nas cotas.
• Na sequência, vai aparecer a sua situação no cargo: aprovado em vagas imediatas; aprovado em lista de espera/cadastro reserva; convocado para curso de formação (para 9 cargos dos Blocos 1 a 7); e eliminado (segundo os respectivos itens do edital).
No entanto, após a liberação das listas, algumas inconsistências na colocação final do Concurso Unificado foram levantadas, e uma verificação precisou ser feita junto com a banca organizadora do certame, a Fundação Cesgranrio.
Segundo o MGI, a verificação ocorreu durante o fim de semana e indicou que, “ao processar a lista final de resultados, o sistema considerou desistências para os cursos de formação sem as novas convocações para as mesmas vagas”.
“Esse procedimento fez com que diferentes listas de convocação para matrícula tenham sido divulgadas de forma incompleta”, diz trecho do comunicado. O MGI ressaltou que a situação foi resolvida e os novos resultados estão disponíveis.
A nota prossegue: “O MGI reafirma que nenhum resultado será homologado sem a garantia de total observância do que consta nos editais que regem o CNU. A homologação continua programada para 7 de fevereiro, próxima sexta-feira”.
Por: Metrópoles
Comentários
Brasil
Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara
O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.
A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.
“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.
O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.
Você precisa fazer login para comentar.