Cotidiano
Mortes violentas têm queda entre jovens no Acre, mas ainda chegam a 100 casos; índice de homicídios de crianças é o 3º maior do país
Dados do Atlas da Violência mostram que 100 jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados no estado em 2023, com redução em relação ao ano anterior. Casos entre vítimas de zero a quatro anos cresceram

O Acre teve três homicídios de crianças entre zero e quatro anos, um crescimento de 50% na comparação com 2022, quando foram duas mortes. Foto: cedida
O número de mortes violentas teve queda entre os jovens de 15 a 29 anos no Acre em 2023, segundo mostrou o Atlas da Violência, estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgado nesta semana.
Os dados mostram que 100 jovens foram assassinados no estado naquele ano, uma redução de 10,7% em relação a 2022, quando foram 112 casos.
Com isso, o estado tem redução em todos os recortes temporais considerados pela pesquisa: 57,4% entre 2018 e 2023, além de 16% entre 2013 e 2023. Ainda conforme o levantamento, em 2023, a maioria das vítimas foram homens, com 91.
O estudo também permite observar que a maioria dos anos permaneceu acima de 100 mortes, com apenas 2021 abaixo, com 96 homicídios. Já em 2017 e 2018 o estado teve, respectivamente, 297 e 235 mortes.
Todos estes resultados deixaram o Acre com uma taxa de 40,5 casos a cada 100 mil habitantes, abaixo da média nacional, que foi de 45. Esta taxa acumula queda de 23% desde 2013.
Crianças de zero a quatro anos
Entretanto, um número alarmante aparece no atlas. O Acre teve três homicídios de crianças entre zero e quatro anos, um crescimento de 50% na comparação com 2022, quando foram duas mortes.
Com os números de 2023, a taxa de casos a cada 100 mil habitantes ficou em 3,6, a terceira maior do país, atrás apenas de Roraima (19,2) e Amapá (5), ambos no Norte do país.
O estado acumula 16 mortes no período analisado pelo atlas, que começa em 2013, o que dá uma média de 1,45 morte por ano. Entre 2018 e 2023, houve aumento de 200%, saindo de um caso, enquanto entre 2013 e o último ano analisado ocorreu crescimento de 50%, saindo de dois casos.
Mortes de mulheres
Em 2023, pelo menos 18 mulheres foram vítimas de homicídio no Acre. Esse número representa uma queda na comparação com o ano anterior, que teve 23 casos, e a taxa de casos a cada 100 mil habitantes foi a menor em 10 anos: 3,8, ainda levemente acima do índice de nacional, que se manteve em 3,5. O estudo não diferencia feminicídios e considera as mortes violentas em geral.
Entretanto, o resultado também trouxe uma constatação grave: 15 das 18 vítimas eram mulheres negras.
O atlas chama atenção para três recortes temporais: entre 2022 e 2023, de 2018 a 2023, e entre 2013 e 2023. Na maioria dos períodos o Acre aparece com quedas acentuadas.
No primeiro, a queda foi de 21,7%, saindo de 23 mortes. No segundo o percentual teve a maior redução: 48,6%, saindo de 35 homicídios. Já no último, a queda foi de 32%.
Homicídios femininos no Acre
| Ano | Total | Taxa (100 mil hab.) |
| 2013 | 32 | 8,2 |
| 2014 | 20 | 5 |
| 2015 | 19 | 4,7 |
| 2016 | 23 | 5,5 |
| 2017 | 34 | 8,1 |
| 2018 | 35 | 8,2 |
| 2019 | 32 | 7,3 |
| 2020 | 27 | 6 |
| 2021 | 28 | 6,4 |
| 2022 | 23 | 5,1 |
| 2023 | 18 | 3,8 |
80% das vítimas eram negras
Das 18 mulheres vítimas de homicídio no Acre em 2023, 15 eram negras, o que significa uma morte a menos que em 2022, quando foram 16. Já no recorte da década anterior, os homicídios de mulheres negras tiveram uma queda de 48,3% entre 2013 e 2023, saindo de 29 casos.
O pico foi registrado em 2018, quando 29 mulheres negras foram vítimas de homicídio. Daquele ano, a queda foi de 46,4%.
Homicídios de mulheres negras no Acre
| Ano | Total | Taxa (100 mil hab.) |
| 2013 | 29 | 9,7 |
| 2014 | 16 | 5 |
| 2015 | 14 | 4,2 |
| 2016 | 19 | 5,6 |
| 2017 | 24 | 7,2 |
| 2018 | 28 | 8,6 |
| 2019 | 25 | 7,2 |
| 2020 | 21 | 5,7 |
| 2021 | 26 | 7,2 |
| 2022 | 16 | 4,5 |
| 2023 | 15 | 4 |
De 2013 a 2023, 291 mulheres foram vítimas de homicídio ao todo no Acre. Do total, 233 eram negras. O índice equivale a 80% do número de mortes violentas.
Homicídios em queda
Com 217 mortes violentas em 2023, o número de homicídios teve redução de 8,8% na comparação com 2022 no Acre. O resultado representa o terceiro ano consecutivo de redução no estado, apesar de três anos seguidos com mais de 200 casos de mortes intencionais.
Destes 217 homicídios, 199 vítimas foram homens e 18 foram mulheres.
O índice também mantém o estado acreano acima da média nacional, que é de 21,2 mortes a cada 100 mil habitantes. No Acre, a média ficou em 23,7.
Número de homicídios no Acre
| Ano | Total |
| 2021 | 205 |
| 2022 | 238 |
| 2023 | 217 |
Entre 2018 e 2023, a queda foi de 47%, e no período de 2013 a 2023 a redução foi de 7,3%. O pico foi de 516, registrado em 2017.
Outra conclusão que a pesquisa traz é de que a taxa de homicídios no Acre a cada grupo de 100 mil pessoas também reduziu, de 26,4 em 2022 para 23,7 em 2023. A taxa é a menor da região Norte, apesar de estar levemente acima do índice nacional.
Além disso, o estudo também considera o número de homicídios estimados, ou seja, o total com a adição de casos que possam ter escapado dos registros oficiais. Nesta análise, o Acre apareceu com 229 homicídios.
A diferença de 12 casos surge como homicídios ocultos, medida utilizada pela pesquisa para ajustar possíveis distorções.

Homicídios no Brasil por 100 mil habitantes em 2023 — Foto: Arte g1
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Diretoria do Rio Branco acerta o retorno do atacante Raphael

Foto Sueli Rodrigues: Raphael disputou o Estadual Sub-20 pelo Estrelão
O atacante Raphael, um dos destaques da equipe Sub-20, seguirá no Rio Branco para a disputa do Campeonato Estadual 2026. O atleta desembarca na capital acreana no próximo dia 8 para ser integrado ao restante do elenco.
“Voltar ao Rio Branco para atuar no profissional é uma grande oportunidade. Sabemos das metas do clubes e vou tentar ajudar marcando muitos gols”, declarou Raphael.
Segue com preparação
O elenco do Rio Branco realizou nesta sexta, 26, mais um trabalho físico sob o comando do professor Selcimar Maciel. “Vamos aproveitar todos dias. Se tivermos um dia chuvoso, faremos trabalhos físicos na academia”, disse Selcimar Maciel.
1º Amistoso
O Rio Branco deve enfrentar o Santa Cruz no próximo dia 30, no CT do Cupuaçu, no primeiro amistoso da fase de preparação. O Estrelão joga contra o Vasco no sábado, 17 janeiro, no Tonicão, na estreia do Estadual 2026.
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Acre terá quase 30 dias de feriados e pontos facultativos em 2026

Os servidores do Poder Executivo do Acre terão, em 2026, um total de 26 dias de folga entre feriados nacionais, feriados estaduais e pontos facultativos. A distribuição dessas datas ao longo do ano possibilita períodos prolongados de descanso em diferentes meses, como janeiro, fevereiro, abril, maio, setembro, novembro e dezembro.
O calendário foi definido em decreto do governo do Acre, publicado no Diário Oficial do Estado, na última segunda-feira, 22, que organiza o funcionamento dos órgãos públicos estaduais ao longo do próximo ano. Conforme o documento, apenas os serviços considerados essenciais devem manter funcionamento regular nas datas previstas como feriado ou ponto facultativo.
Apesar do grande número de dias de folga, alguns feriados cairão em finais de semana. O Dia Internacional da Mulher e a Proclamação da República, por exemplo, serão em um domingo.
Por outro lado, datas como o Dia do Trabalho, o Dia da Consciência Negra e o Natal coincidem com uma sexta-feira, favorecendo a formação de feriado prolongado.
No período do Carnaval, o governo estadual estabeleceu ponto facultativo por três dias consecutivos, segunda, terça e quarta-feira de Cinzas, impactando diretamente o funcionamento das repartições públicas e a rotina administrativa nesse intervalo.
Ao longo do ano, o calendário inclui datas como a Confraternização Universal, em 1º de janeiro, além de feriados estaduais tradicionais, como o Dia do Católico, o Dia do Evangélico, o Aniversário do Estado do Acre, o Tratado de Petrópolis e o Dia da Amazônia.
Também constam feriados nacionais como Tiradentes, Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal e pontos facultativos na véspera de Natal, no dia 24, feriado nacional no dia 25, e ponto facultativo na véspera de Ano Novo, no dia 31.
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Próximo passo do projeto do novo estádio do Flamengo pode levar quatro anos
Luiz Eduardo Baptista, presidente rubro-negro, detalhou o processo junto à Prefeitura
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), afirmou que o projeto do estádio próprio no terreno do Gasômetro avançou em segurança jurídica e planejamento financeiro, durante reunião com sócios realizada na sede da Gávea, na última terça-feira (23). O próximo passo, contudo, pode levar até quatro anos.
Segundo o dirigente, o clube já tem a posse documentada do terreno adquirido em 2024, ajustou custos após estudos da FGV e pretende criar uma poupança prévia antes de decidir o modelo da obra, enquanto aguarda a saída da empresa Naturgy — condição necessária para a descontaminação total da área.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
“Agora temos um prazo estendido e o compromisso documentado, o terreno (do Gasômetro) é do Flamengo. Os estudos da FGV ajustaram o projeto e custos associados. Vamos criar uma poupança prévia para que na hora certa decida se faz e como fazer o estádio. O próximo passo é a saída da Naturgy do terreno, ela pode sair em até quatro anos. A gente espera que seja o mais rápido possível. A gente só pode fazer uma descontaminação mais profunda (do terreno) quando eles saírem”, afirmou Bap.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
O terreno do Gasômetro foi comprado pelo Flamengo em 2024, na gestão anterior a de Luiz Eduardo Baptista. A direção do presidente Rodolfo Landim havia estabelecido a inauguração do estádio para o dia 15 de novembro de 2029, aniversário de 127 anos do clube.
A ideia, contudo, foi descartada com o início do mandato de Luiz Eduardo Baptista, que não deseja comprometer o desempenho esportivo do Flamengo para a construção do estádio.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
De acordo com os estudos da FGV e Arena, o Rubro-Negro conseguirá reduzir o valor do projeto de mais de R$ 3 bilhões para R$ 2,2 bilhões.
Fonte: CNN


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