Brasil
Morte de idosos por Covid-19 empobrece famílias
Idoso: 35% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um idoso e, em 18,1%, eles eram os únicos provedores de renda da família, com um ganho médio de R$ 1.666,80

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Renée Pereira, do Estadão Conteúdo
Foi com a renda da mãe, de 67 anos, que Daniela Soares Barreto conseguiu bancar seus dois filhos mais velhos nos últimos cinco anos. As crianças foram praticamente adotadas pela avó, com quem passaram a morar.
No último dia 23 de agosto, porém, a história de dona Leovany foi interrompida. Diagnosticada com covid-19, a trabalhadora que se aposentaria dentro de um ano foi internada e, em pouco mais de 24 horas, faleceu, deixando para trás uma família chocada com o efeito devastador da doença.
“Tudo foi muito rápido. Estávamos esperançosos de que ela sairia do hospital logo”, afirmou Daniela, que rapidamente teve de arrumar forças para lidar com a falta de recursos para criar os filhos. Daniela mora numa casa menor com o marido e a filha, de 4 anos, que tem paralisia cerebral. Com a morte da mãe, os dois filhos – de 18 e 14 anos – voltaram a morar com ela, que ganha R$ 1.179 por mês. Boa parte desse valor é gasto com fraldas e remédios para a filha menor. A renda do marido, quase igual à de Daniela, paga o aluguel e as contas da casa.
A situação de Daniela é semelhante à de outras famílias brasileiras que contavam com ajuda dos idosos para fechar as contas no fim do mês. Com a covid-19, além do trauma de perder entes queridos, muitas pessoas também passaram a conviver com um grau maior de pobreza.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a morte de idosos na pandemia pode provocar uma queda média de 20% na renda dos domicílios. Até o dia 27 de outubro, a redução somava R$ 245 milhões. De acordo com o estudo, 74% das mortes por covid são de pessoas com 60 anos ou mais – ou seja, cerca de 113 mil pessoas.
“Em alguns casos, essa perda pode chegar a 100%, já que o idoso era o único provedor da casa”, diz a pesquisadora Ana Amélia Camarano, autora do estudo Os dependentes da renda dos idosos e o coronavírus: órfãos ou novos pobres? Segundo o trabalho, 35% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um idoso e, em 18,1%, eles eram os únicos provedores de renda da família, com um ganho médio de R$ 1.666,80. Nesse grupo estão 24 milhões de pessoas, sendo 19,5 milhões de idosos e quase 5 milhões de crianças e adultos.
E esses números vêm subindo rapidamente nos últimos anos. Levantamento feito pela consultoria iDados, a pedido do Estadão, mostra que, enquanto o número de domicílios chefiados por idosos com dependentes cresceu 34% desde 2012, o total de domicílios no país avançou 19% no mesmo período. “O Brasil está passando por um envelhecimento populacional importante. Por isso, veremos cada vez mais idosos como provedores de suas famílias”, diz o pesquisador do iDados, Bruno Ottoni.
Emprego
Além da questão populacional, esse fenômeno também está associado ao aumento do desemprego, que alcançou 14,4% em setembro. Antes disso, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020, quando o índice subiu de 11,6% para 13,8%, o número de residências chefiadas por idosos com dependentes aumentou em 541 mil, segundo o iDados. No mesmo período de 2019, houve uma redução do número de domicílios chefiados por idosos.
“Sem emprego, familiares passam a depender dos mais velhos, muitos deles aposentados”, diz a professora e coordenadora de economia do Insper, Juliana Inhaz. Quem mora junto com os pais retarda a saída. E aqueles que já eram independentes, ao se deparar com o desemprego, voltam ao lar parental. Quando há o enriquecimento das famílias, ocorre o contrário. Os adultos se separam dos pais, diz o economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). “Hoje vivemos o inverso. Há um empobrecimento, e os filhos voltam a morar com os pais.”
Mas, na avaliação de Juliana, hoje os idosos estão mais vulneráveis. Mesmo aqueles que sobrevivem à covid passam a gastar uma parcela maior da renda com remédios e outros cuidados médicos. Nessa situação, a família é obrigada a enxugar o orçamento, sobretudo se há algum desempregado em casa. Isso significa um número maior de gente na pobreza.
Para Ana Amélia, os idosos são vítima duas vezes nessa pandemia: são mais discriminados no mercado de trabalho e são os mais atingidos pelo coronavírus. “Podemos dizer que, quando morre um idoso, uma família entra na pobreza.”
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Brasil
Mega da Virada: Veja os números mais sorteados na história do concurso especial

A Mega da Virada 2025 deve pagar um prêmio estimado em R$ 1 bilhão, o maior valor já oferecido na história do concurso especial. As apostas estão abertas desde 1º de novembro e podem ser feitas até as 20h do dia 31 de dezembro. O sorteio também será realizado no último dia do ano, às 22h.
Para participar, o apostador pode escolher de 6 a 20 números entre os 60 disponíveis no volante ou optar pela Surpresinha, modalidade em que o próprio sistema seleciona as dezenas automaticamente. (leia mais abaixo)
Além de apostar de forma aleatória, há quem prefira se guiar por padrões e estatísticas da loteria. Nesse contexto, surge uma pergunta comum entre os jogadores: quais são os números que mais vezes já apareceram nos sorteios da Mega da Virada?
Segundo a Caixa Econômica Federal, o número 10 é o mais recorrente na história do concurso, tendo sido sorteado em cinco edições até agora.
Em seguida aparece as dezenas 5 e 33, que já saíram quatro vezes. Outros números também se destacam, como mostra a tabela abaixo:

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Mercado teme insegurança jurídica se STF reverter liquidação do Maste

Especialistas do mercado financeiro que acompanham o dia a dia do Banco Central veem com preocupação a maneira como o Poder Judiciário tem lidado com o caso do Banco Master.
Decretada no dia 18 de novembro pela autarquia reguladora do sistema financeiro, a liquidação extrajudicial do Master se deu em meio a uma fraude de R$ 12 bilhões. Na tentativa de manter sua liquidez, a instituição criou carteiras de crédito e fundos falsos, sem lastro, e tentou revendê-los para manter seus cofres.
Na última semana, o ministro Jhonatan de Jesus, do TCU (Tribunal de Contas da União), ordenou que o Banco Central apresente os fundamentos técnico-jurídicos da liquidação, questionando uma cronologia atípica do processo decisório.
Ex-diretor de Política Monetária do BC e presidente do Conselho de Administração da JiveMauá, Luiz Fernando Figueiredo é enfático ao apontar que os questionamentos levantados são “fora de propósito”.
Fonte: CNN
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Brasil
Cinco pessoas morrem em acidente de carro em Goiás; três eram PMs
Acidente aconteceu no município de Firminópolis (GO), na tarde desta quarta-feira (25)

Grave acidente envolveu dois veículos • Reprodução/Corpo de Bombeiros Militar de Goiás
Três policiais militares estão entre as cinco vítimas de um grave acidente, nesta quinta-feira (25), na GO-164, altura do km 397, no município de Firminópolis, Goiás. Os agentes estavam de folga no momento do acidente.
Segundo o CBMGO (Corpo de Bombeiros Militar de Goiás), dois veículos tiveram uma colisão frontal entre um automóvel de passeio e uma caminhonete, as vítimas do acidente ficaram presas nas ferragens. No carro de passeio estavam quatro pessoas, todas com ferimentos graves.
As mortes foram confirmadas no local pelo médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Na caminhonete, duas vítimas foram socorridas pelo Samu e encaminhadas para atendimento hospitalar, sendo posteriormente confirmado um óbito na unidade de saúde.
O Governo de Goiás confirmou a identidade dos três PMs que morreram:
- Robson Luiz Fortuna Filho – 31 anos;
- Renato da Silva Duarte – 32 anos;
- João Paulo Marim Guimarães – 32 anos.

Soldado Robson Luiz Fortuna Filho • Reprodução/Polícia Militar

Soldado Renato da Silva Duarte • Reprodução/Polícia Militar

Soldado João Paulo Marim Guimarães • Reprodução/Polícia Militar
O Governador Ronaldo Caiado também lamentou a morte dos agentes e das outras duas vítimas.
“Neste momento de dor, manifesto minha solidariedade a todos os familiares, amigos e irmãos de farda, estendendo também minhas condolências às famílias das outras vítimas atingidas por esse acidente”, escreveu Caiado.
As equipes do CBMGO atuaram no desencarceramento das vítimas, retirando os corpos das ferragens e encaminhando ao IML (Instituto Médico-Legal).
A PMR (Polícia Militar Rodoviária) assumiu a ocorrência, ficando responsável pelo controle do tráfego e pela adoção dos procedimentos legais necessários.
Fonte: CNN

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