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Brasil

Morre em Brasília Clemente Drago, locutor que marcou A Voz do Brasil

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Profissional foi vítima de câncer

Clemente Drago

O locutor e apresentador Clemente Drago morreu, na noite de ontem (25), em Brasília, vítima de câncer. Considerado um dos grandes locutores brasileiros, por mais de 20 anos apresentou o programa A Voz do Brasil e marcou presença em diversas rádios como a Nacional do Rio de Janeiro e de Brasília, e também no Jornal do Brasil e nas tvs Brasília e Globo. O velório foi marcado para a partir das 12h de amanhã (27), na Capela Especial nº 1, e o sepultamento será às 15h, no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Drago era casado com dona Aila e, em casamentos diferentes, teve 18 filhos. Um deles é André Gil, da união com dona Áurea, a primeira esposa do locutor. O assessor parlamentar ficou sabendo da morte do pai pela atual mulher de Drago, com quem, segundo André, ele estava casado há 20 anos.

“Nós temos outros locutores marcantes, mas o fato dele ter entrado em tantas casas, em tantos dias, torna a voz dele realmente a voz do Brasil”, disse André, emocionado, à Agência Brasil, lembrando que até a véspera da morte, Drago trabalhou fazendo gravações para rádios.

A lembrança que tem do pai é de uma pessoa carinhosa. “Homem muito carinhoso, de uma presença muito forte, presença muito intensa. Isso ele fazia da vida dele com a voz. Era humilde na forma de ensinar. Era muito amoroso em saber que recebeu o dom da voz e da oratória. Isso veio com ele. É natural”, elogiou.

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) divulgou uma nota de pesar pelo falecimento de Clemente Drago. “A EBC presta condolências aos familiares e amigos de Clemente Drago de Oliveira”, diz a nota.

História

Edmar Soares, também radialista, recordou o contato com o amigo na época em que chegou para trabalhar no departamento de esportes da Rádio Nacional de Brasília e foi bem recebido por Drago.

“Uma das vozes mais lindas do rádio brasileiro. Conheci o Drago quando eu fazia parte da equipe de esportes da Rádio Nacional na década de 90. Fui repórter e coordenador da equipe. Eu tinha saído da Rádio Globo e fui trabalhar na Rádio Nacional. Naquela época, trabalhavam na Rádio Nacional, aqui em Brasília, os grandes mestres. Quando a gente chegava na rádio e encontrava os grandes apresentadores, eles eram ídolos para a gente. No meu segundo dia na Rádio Nacional, depois de transmitir o jogo Flamengo e Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, eu estava passando no corredor e encontrei o Drago. Ele, de imediato, me recebeu de braços abertos com muito carinho e disse: ‘garoto, te acompanhei ontem. Belíssima transmissão’, nossa amizade começou a partir daí”, revelou Edmar.

No seu perfil do Facebook, Edmar deixou uma mensagem para o amigo. “A voz do Clemente Drago não era uma voz comum, era a voz. Voz potente e inconfundível. Vá com Deus, amigo Clemente Drago. Obrigado por nos ensinar o verdadeiro significado da palavra humildade. Obrigado por ter incentivado tantos comunicadores que seguiram esse caminho fantástico do rádio. Obrigado pela sua existência. Lá de cima a sua voz estará ecoando: ‘Nacional, a voz do Brasil’. Que Deus conforte o coração da família. Vá com Deus, meu amigo!”.

Soares lamentou não ter conseguido se encontrar com Drago em uma visita que tinha marcado com André Gil. “A ideia seria fazer uma entrevista com ele para relembrar os bons tempos vividos, especialmente, na Rádio Nacional. Não só isso, mas contar um pouco da sua trajetória profissional. Por duas vezes marcamos essa visita que, infelizmente, foi desmarcada”, recordou.

“O rádio de Brasília está de luto, o rádio brasileiro está de luto. Perdemos o Clemente Drago, perdemos um amigo. A voz marcante da Rádio Nacional de Brasília se foi. No entanto, a sua voz ficará nos corações de milhares de ouvintes que tiveram o privilégio de ouvi-la”, completou.

Matéria atualizada às 17h28 para acréscimo de nota de pesar da EBC.

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Ministério revoga exigência de carimbo em ovos para o consumidor

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A revogação da obrigatoriedade do carimbo gera discussões sobre a rastreabilidade e a segurança alimentar dos ovos, mas o MAPA reforça que a mudança não compromete a qualidade do produto

A medida busca equilibrar as necessidades de controle sanitário e as demandas do mercado, sem sobrecarregar os produtores com custos adicionais. Foto: internet 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) revogou, nesta sexta-feira (28), a obrigatoriedade de identificação individual de ovos destinados ao consumo direto por meio de carimbo. A decisão foi oficializada com a publicação da Portaria SDA/MAPA nº 1.250 no Diário Oficial da União, assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, e entrou em vigor imediatamente.

A exigência, que constava no artigo 41 da Portaria SDA/MAPA nº 1.179, de setembro de 2024, determinava que cada ovo comercializado trouxesse informações como a data de validade e o número de registro do estabelecimento produtor. Com a revogação, essa identificação deixa de ser obrigatória, o que deve impactar diretamente o setor produtivo.

Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que a decisão tem como objetivo “aprofundar o debate com a sociedade civil e o setor produtivo sobre a oportunidade e a conveniência de sua implementação”. A medida busca equilibrar as necessidades de controle sanitário e as demandas do mercado, sem sobrecarregar os produtores com custos adicionais.

A revogação da obrigatoriedade do carimbo gera discussões sobre a rastreabilidade e a segurança alimentar dos ovos, mas o MAPA reforça que a mudança não compromete a qualidade do produto, já que outras normas sanitárias continuam em vigor. O debate com os setores envolvidos deve definir os próximos passos para a regulamentação do segmento.

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Amazonas tem a 25ª renda per capita do país, registra o IBGE

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Nesse cálculo são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo

Centro de Manaus, capital do Amazonas: estado tem a 25ª renda per capita do país. Foto: Michael Dantas/SEC-AM

A renda per capita no Amazonas foi de 1.238,00 em 2024, a 25º entre os estados. O valor foi classificado entre as rendas médias mensais pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na pesquisa Pnad Contínua.

O Amazonas está à frente apenas do Ceará [R$ 1.225,00] e do Maranhão [R$ 1.077], a menor do país. O Distrito Federal registrou a maior renda, de R$ 3.444,00.

O rendimento domiciliar per capita (por cabeça) é a relação entre o total dos rendimentos domiciliares dividido pelo total dos moradores. Nesse cálculo são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo.

As dez unidades da federação que ficaram acima da média em 2024 são localizadas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na comparação com 2023, Minas Gerais deixou de ficar acima da média.

A divulgação do rendimento per capita atende à Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de rateio do FPE (Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal). Os dados são repassados ao TCU (Tribunal de Contas da União).

Confira o ranking de rendimento domiciliar mensal per capita:

1) Distrito Federal: R$ 3.444

2) São Paulo: R$ 2.662

3) Rio Grande do Sul: R$ 2.608

4) Santa Catarina: R$ 2.601

5) Rio de Janeiro: R$ 2.490

6) Paraná: R$ 2.482

7) Mato Grosso: R$ 2.276

8) Mato Grosso do Sul: R$ 2.169

9) Espírito Santo: R$ 2.111

10) Goiás: R$ 2.098

Média Brasil: R$ 2.069

11) Minas Gerais: R$ 2.001

12) Tocantins: R$ 1.737

13) Rondônia: R$ 1.717

14) Rio Grande do Norte: R$ 1.616

15) Roraima: R$ 1.538

16) Amapá: R$ 1.514

17) Sergipe: R$ 1.473

18) Pernambuco: R$ 1.453

19) Paraíba: R$ 1.401

20) Bahia: R$ 1.366

21) Piauí: R$ 1.350

22) Pará: R$ 1.344

23) Alagoas: R$ 1.331

24) Acre: R$ 1.271

25) Amazonas: R$ 1.238

26) Ceará: R$ 1.225

27) Maranhão: R$ 1.077

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Projeto de lei impede sigilo para gastos públicos de autoridades e servidores

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Os gastos de Janja com viagens têm recebido críticas da oposição O Estadão mostrou que o governo desembolsou R$ 203,6 mil para custear a estadia da comitiva de Janja em Paris

Deputada Rosângela Moro é autora do projeto de lei. Foto: Cleia Viana/Agência Câmara

A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) apresentou um projeto de lei para endurecer as regras sobre a decretação de sigilos em gastos de chefes de Estado e seus familiares. A proposta, protocolada nesta sexta-feira (28), surge menos de um mês após a parlamentar sugerir outra mudança na legislação, que inclui cônjuges de chefes do Poder Executivo entre as autoridades sujeitas à Lei de Acesso à Informação (LAI).

As investidas da deputada têm como alvo os gastos da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. O novo projeto estabelece que dados relacionados à intimidade, vida privada, honra e imagem poderão ficar sob sigilo por até 10 anos, prazo que poderá ser prorrogado uma única vez pelo mesmo período, desde que haja justificativa e seja aprovado pela Câmara dos Deputados.

No entanto, caso seja aprovada, a nova regra impede a aplicação de sigilo sobre gastos públicos de autoridades, atos administrativos de servidores (exceto quando a divulgação comprometer investigações ou a segurança nacional), viagens oficiais e processos disciplinares de agentes públicos.

Os gastos de Janja com viagens têm recebido críticas da oposição O Estadão mostrou que o governo desembolsou R$ 203,6 mil para custear a estadia da comitiva de Janja em Paris. A primeira-dama, que não exerce cargo oficial no governo federal, mas como representante do Brasil em eventos como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G-20.

Na última semana, Janja esteve em Roma, na Itália, para participar do evento pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (Fida), como colaboradora do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). As passagens aéreas de ida e de volta da primeira-dama, que voou de classe executiva de Brasília à capital italiana, custaram ao contribuinte R$ 34,1 mil.

A proposta de Rosângela Moro também determina que a Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público e o Congresso poderão revisar ou revogar decretações de sigilo a qualquer momento.

Além disso, o projeto estabelece penalidades para a imposição indevida de sigilo, incluindo sanções administrativas, nulidade do ato, que libera a informação de forma imediata, e multa de até 100 salários mínimos em caso de dolo ou má-fé.

No X (antigo Twitter), Rosângela afirmou que Janja não possui o direito de gastar dinheiro público. “Minha batalha aqui é pela transparência no uso dos recursos públicos. Essa senhora não tem cargo. Não tem direito de gastar nosso dinheiro, muito menos manter sigilo. Meu projeto vem exatamente para colocar ordem. Eu não vou parar até acabar com isso”, escreveu.

No início do mês, após críticas acerca do sigilo de seus compromissos, a primeira-dama anunciou que passaria a divulgar compromissos previstos. O anúncio foi feito via stories em seu Instagram. De acordo com a assessoria de Janja, ela pretende seguir divulgando a agenda diariamente pelas redes sociais. A ONG Transparência Internacional criticou o governo Lula por negar pedidos de informações públicas sobre a primeira-dama, sua equipe e seus gastos.

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