Brasil
Modernização deve reduzir tempo de processamento da folha do INSS
Segundo a Dataprev, novas máquinas são mais seguras e eficientes

Brasília-DF, 19/07/2023, O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, e o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, dão entrevista coletiva sobre a modernização tecnológica da folha de pagamentos do INSS, na sede da Dataprev, em Brasília. Foto: José Cruz/Agência Brasil
A Dataprev quer reduzir à metade o tempo gasto com o processamento da folha de pagamentos de pensionistas e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a diretoria da empresa, o processo, mensal, será otimizado graças à substituição de equipamentos e à modernização dos sistemas.

As informações relativas aos 38,2 milhões de beneficiários do INSS foram transferidas dos antigos computadores em que estavam armazenadas para máquinas novas, mais seguras e eficientes. Este mês, a folha de pagamento já foi processada com o auxílio dos novos equipamentos que, de acordo com o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, operam com linguagens de computação mais modernas.
“Isso tem muita importância. Principalmente por ampliar as possibilidades, as escolhas tecnológicas, gerenciais e de processos que a Dataprev é capaz de realizar sob demanda”, declarou Assumpção na manhã desta quarta-feira (19), ao conversar com jornalistas sobre a desativação dos antigos computadores de grande porte (mainframe).
Tempo gasto
Ainda segundo Assumpção, a substituição dos antigos computadores (que operavam com a chamada tecnologia em plataforma alta) por equipamentos que permitem o processamento da folha de pagamento em plataforma baixa permitirá a Dataprev reduzir de 96 horas para 48 horas o tempo gasto na tarefa.
“Isso reduzirá o tempo de processamento da folha, o que dá mais condições [tempo] para o INSS se assegurar de que as [futuras] folhas estão corretas”, acrescentou o presidente da empresa pública de processamentos de dados e soluções digitais, alegando não haver como mensurar o investimento necessário à substituição dos computadores por tratar-se de um projeto executado pouco a pouco, ao longo de anos, como parte de um projeto de modernização dos sistemas previdenciários.
“Quando assumi a [presidência da] empresa pela primeira vez, em 2009, já havia um Termo de Ajustamento de Conduta [TAC] obrigando a empresa a eliminar uma série de sistemas antigos que já não davam mais conta do processo de modernização, de integração de dados e das necessidades de avanço tecnológico que o Estado brasileiro precisa e exige”, lembrou Assumpção.
Presente na coletiva de imprensa convocada pela Dataprev sobre o tema, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, destacou que a redução do tempo gasto no processamento da folha de pagamento dos beneficiários do instituto fará “muita diferença” para os servidores do instituto.
“Toda vez que a tecnologia pode substituir um servidor em uma tarefa, simplificando-a, impactamos a vida dos brasileiros que estão nas filas do INSS. Conseguimos decidir, rapidamente, os benefícios mais simples como, por exemplo, o auxílio-natalidade. Certamente, estes processos novos ajudam a diminuir o impacto, seja por meio da economia de recursos, seja por [simplificar] outros processo”, comentou Stefanutto.
Edição: Aline Leal
Comentários
Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
Comentários
Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
Comentários
Brasil
Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Você precisa fazer login para comentar.