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Ministra não comenta decisão sobre aborto, mas garante acolhimento
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta sexta-feira (5) que a pasta não vai interferir na decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) que veda ao médico a realização da chamada assistolia fetal para interrupção de gravidez de casos de estupro, quando houver possibilidade de sobrevida do feto. O aborto de fetos gerados após estupros é permitido pela lei.

“O ministério não se posiciona sobre decisões do Conselho Federal de Medicina, não cabe a nós intervir nesse aspecto”, afirmou a ministra no Rio de Janeiro, após participar do lançamento da 6ª Caderneta de Saúde da Criança, na sede do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“Reafirmamos que o ministério seguirá sempre o que está definido legalmente e também sempre terá o cuidado com a gestante, com a mulher, como seu princípio fundamental, o acolhimento”, completou.
Decisão
A decisão do CFM foi tomada em sessão plenária no fim de março, e a resolução foi publicada nesta semana. Entidades de defesa do direito de escolha das mulheres criticaram a determinação.
Conforme definição do CFM, a assistolia provoca a morte do feto por meio da administração de drogas, geralmente cloreto de potássio e lidocaína, injetados no coração do feto. Já morto, ele é retirado do corpo da mulher.
“É vedada ao médico a realização do procedimento de assistolia fetal, ato médico que ocasiona o feticídio, previamente aos procedimentos de interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei, ou seja, oriundo de estupro, quando houver probabilidade de sobrevida do feto em idade gestacional acima de 22 semanas”, descreve a publicação.
A decisão do CFM é direcionada aos casos de estupro especificamente e não se estende para outras condições para as quais a legislação autoriza o aborto, como risco de vida para a gestante e fetos com anencefalia – malformação cerebral.
Atualmente, pela literatura médica, um feto com 25 semanas de gestação e peso de 500 gramas é considerado viável para sobreviver a uma vida extrauterina. No período de 23 a 24 semanas, pode haver sobrevivência, mas a probabilidade de qualidade de vida é discutida. Considera-se o feto não viável até a 22ª semana de gestação.
Para o CFM, ultrapassado o marco temporal das 22 semanas de gestação, deve-se preservar o direito da gestante vítima de estupro à interrupção da gravidez e o direito do nascituro à vida por meio do parto prematuro.
Entidades que defendem a realização do aborto previsto em lei receiam que a resolução do CFM seja um obstáculo para vítimas de violência sexual que buscam meios seguros para realização do procedimento.
Fonte: EBC SAÚDE
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Trânsito no Acre registra queda nas mortes, mas sinistros seguem estáveis entre 2024 e 2025
Dados do Detran mostram redução de óbitos no estado e em Rio Branco, apesar de aumento pontual de ocorrências no comparativo anual

Domingo no Acre será de calor e céu parcialmente nublado, com chuvas pontuais em algumas regiões, sem previsão de chuvas fortes/Foto: Raylanderson Frota
Dados da Coordenadoria de Engenharia e Estatística de Trânsito (CEET), do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC), apontam mudanças no cenário dos sinistros e das mortes no trânsito no estado e na capital entre 2024 e 2025.
No Acre, foram registrados 4.410 sinistros de trânsito em 2024. Em 2025, o total caiu para 4.116 ocorrências, considerando os meses de janeiro a novembro. Apesar da redução no comparativo geral, os dados indicam estabilidade com leve aumento quando analisado o mesmo período: de 4.016 sinistros em 2024 para 4.116 em 2025.
O índice de sinistros por 10 mil veículos apresentou queda, passando de 109,84 em 2024 para 106,81 em 2025. O resultado reflete o crescimento da frota estadual aliado à redução proporcional das ocorrências.
Em relação às vítimas fatais, o Acre contabilizou 91 mortes no trânsito em 2024, contra 76 em 2025. No recorte de janeiro a novembro, os óbitos caíram de 86 para 76. O índice de mortes por 10 mil veículos também recuou, de 2,35 para 1,97, acompanhando o aumento da frota, que passou de 340.544 para 356.853 veículos.
Dados de Rio Branco
Na capital acreana, os números seguem tendência semelhante. Em 2024, Rio Branco registrou 2.935 sinistros de trânsito, enquanto em 2025 foram 2.873 ocorrências. No comparativo de janeiro a novembro, houve aumento, com os registros passando de 2.663 em 2024 para 2.873 em 2025.
O índice de sinistros por 10 mil veículos em Rio Branco subiu de 119,59 em 2024 para 123,92 em 2025, indicando maior concentração de ocorrências em relação ao crescimento da frota.
Quanto às vítimas fatais, a capital registrou 42 mortes no trânsito em 2024 e 32 em 2025. No período de janeiro a novembro, os óbitos também recuaram de 42 para 32. O índice de mortes por 10 mil veículos apresentou melhora, caindo de 1,89 para 1,38, enquanto a frota aumentou de 210.697 para 218.343 veículos.
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Em Sena Madureira, ribeirinha encontra motor preso a estacas após repiquete

Moradora da zona ribeirinha do Rio Macauã, em Sena Madureira (AC), encontrou neste domingo (28) um motor que teria sido arrastado pela correnteza e acabou ficando apoiado sobre estacas cravadas no leito do rio. O achado chamou a atenção para os efeitos da elevação do nível das águas na região.
Segundo o relato, o objeto foi localizado após as chuvas registradas nos últimos dias, que provocaram um repiquete, subida temporária do nível dos rios. No caso do Rio Macauã, apesar do aumento, o volume de água ainda permanece abaixo da cota de alerta.
Mesmo assim, a elevação já tem sido suficiente para provocar situações atípicas e impactar a rotina das comunidades que vivem às margens do rio, evidenciando a força da correnteza e os desafios enfrentados pelos ribeirinhos durante o período de chuvas.
Com informações do YacoNews
VEJA O VÍDEO/YACONEWS:
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Tribunal de Contas do Acre monitora cheia do Igarapé São Francisco e reforça acompanhamento das ações públicas
O Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) realizou, neste sábado, 27 de dezembro, monitoramento in loco da situação do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, após chuvas intensas registradas nos últimos dias, que provocaram rápida elevação do nível das águas e pontos de transbordamento em áreas urbanas sensíveis da capital.
A ação foi liderada pela presidente Dulce Benício, com participação da conselheira Naluh Gouveia, e de auditoras e auditores da Secretaria de Controle Externo do Tribunal. As vistorias integram o acompanhamento contínuo do TCE-AC às respostas públicas diante de eventos climáticos extremos, com foco na indução de medidas preventivas, articulação interinstitucional e amparo às populações vulnerabilizadas.
Atuação integrada garante interdição de áreas perigosas e assistência emergencial às famílias vulneráveis, disse Dulce Benício, presidente do TCE-AC

Foram encaminhamos pedido emergencial à Prefeitura para prestar assistência a seis famílias/ Foto: Ascom
“O Tribunal mantém monitoramento permanente em mais de 27 bairros da capital, em atuação integrada com a Prefeitura e a Defesa Civil. Diante da elevação acelerada das águas, solicitamos providências imediatas para resguardar e isolar as áreas de maior risco, impedindo a circulação de pessoas, especialmente crianças, em trechos comprometidos.
Também encaminhamos pedido emergencial à Prefeitura para prestar assistência a seis famílias que vivem embaixo da ponte, totalizando 24 pessoas em extrema vulnerabilidade.
Agradecemos o trabalho da equipe da Defesa Civil, que prontamente atendeu ao nosso chamado e interditou um ponto de desmoronamento na Praça do Relógio, assegurando a proteção de moradores e visitantes da área que oferecia risco iminente. Esse acompanhamento é a forma de o Tribunal estar ao lado da população que, todos os anos, enfrenta esse drama, contribuindo para a proteção das comunidades neste momento difícil e sofrido.”
Alerta à população e mobilização institucional diante da cheia

Criado em 2023, o GT São Francisco consolidou o TCE-AC como agente indutor do diálogo interinstitucional na agenda climática e ambiental urbana do Acre/ Foto: Ascom
A conselheira Naluh Gouveia reforçou a gravidade da situação e a necessidade de resposta coordenada.
A partir das articulações do GT, o Tribunal firmou acordos de cooperação técnica com o Governo do Estado e a UFAC, aproximando controle externo e ciência para o enfrentamento dos impactos climáticos em áreas sensíveis da capital.
Entre os marcos da atuação do grupo, destaca-se a grande ação de limpeza do Igarapé São Francisco, realizada em outubro de 2023. A operação, teve duração de 30 dias e percorreu os 22 quilômetros da bacia, resultando na retirada de 20 mil toneladas de resíduos sólidos, entulhos e balseiros.


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