Brasil
Ministério pretende reduzir número de médicos cubanos no Mais Médicos
Participação pode ter redução de 35% ao longo dos próximos três anos.
Meta é substituir parte dos médicos cubanos por médicos brasileiros.
G1

Ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante coletiva após anúncio de mudanças em Mais Médicos nesta terça-feira (20) (Foto: Gabriel Luiz/G1)
O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (20), que pretende reduzir em 35% a participação de médicos cubanos no Mais Médicos em três anos. A meta do governo federal é que a quantidade de médicos da ilha caribenha atuando no programa passe de 11,4 mil para 7,4 mil nesse período. Só em 2017, o ministério pretende preencher 2 mil vagas por profissionais brasileiros.
“Agradecemos a disponibilidade dos cubanos em estar nos apoiando mesmo sabendo que nosso objetivo não é manter ‘ad aeternum’ essa cooperação”, afirmou o ministro Ricardo Barros.
Segundo ele, a vinda dos profissionais cubanos correspondia, desde o princípio, a uma política temporária de saúde, e que a prioridade é contratar profissionais brasileiros. Caso as vagas não sejam preenchidas pelos brasileiros, porém, o programa continuará contratando médicos cubanos.
Barros afirmou que a substituição de médicos cubanos por brasileiros não deve gerar gastos adicionais para o governo porque o valor pago para a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), responsável pelo convênio com Cuba, é o mesmo que será pago aos médicos brasileiros. O convênio com a Opas deve perdurar por mais seis anos pelo menos, segundo o ministro.
Ao todo, existem 11.429 médicos cubanos atuando no Brasil. O número corresponde a 62,6% dos 18.240 médicos participantes no programa Mais Médicos. O índice de profissionais com registro médico brasileiro é de apenas 29%.
O ministro também anunciou que brasileiros formados em instituições de qualquer país podem trabalhar no Mais Médicos. A regra anterior só permitia inscrição de profissionais vindos de países com índice acima de 1,8 médico por mil habitantes. A expectativa é de que brasileiros formados na Bolívia e no Paraguai, antes impedidos, busquem participar do programa.
O Ministério da Saúde anunciou ainda que a bolsa dos profissionais atuando no programa passará a ter reajustes anuais seguindo a inflação. Até o momento, a remuneração ainda não tinha passado por aumentos. Em 2017, a bolsa de cada médico passará de R$ 10.570 para R$ 11.520 (aumento de 8,9%).
Segundo Ricardo Barros, o aumento representa impacto de R$ 300 milhões no orçamento de 2017. O gasto com o programa pulará de R$ 2,7 billhões para R$ 3 bilhões.
Permanência de cubanos
O governo informou que 4 mil vagas para médicos cubanos serão “renovadas” até o fim de 2016. Como o contrato de três anos deles venceu, os profissionais serão substituídos por outros médicos de Cuba.
Especialistas cubanos que tenham formado família no Brasil podem pedir para ficar por mais três anos. Ao fim do contrato, o profissional estrangeiro só pode continuar exercendo a medicina no Brasil se tiver o diploma revalidado.
Números
Os profissionais do Mais Médico trabalham em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas, informou o ministério. A pasta afirma que 63 milhões de brasileiros foram beneficiados pelo programa.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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