Brasil
Militares brasileiros começam a sair do Haiti
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Brasil começou o processo de redução do efetivo militar no Haiti. Na semana passada, cerca de 300 homens deixaram o país percorrendo o caminho de volta. O Ministério da Defesa informou à Agência Brasil que o objetivo é manter um contingente de 1.450 militares brasileiros compondo a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).
Os cerca de 300 militares pertencem ao 2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 2) e atuam no setor de engenharia. Os homens foram enviados para o Haiti a fim de apoiar as ações de reconstrução no país, atingido em janeiro de 2010 por um terremoto que destruiu prédios públicos e privados, provocou 300 mil mortos e atingiu 1,5 milhão de pessoas.
A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004, na tentativa de colaborar com o governo haitiano para a restauração da ordem no país. O Haiti sofre ainda as consequências de um longo período de instabilidade política, dificuldades econômicas e violência urbana.
A missão tem como metas estabilizar o Haiti, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e informadas, colaborar com o desenvolvimento institucional e econômico do país. Porém, diante da estabilização política e o controle da violência, a Organização das Nações Unidas trabalha para a retirada gradativa dos militares estrangeiros do Haiti.
O Ministério da Defesa informou que a retirada dos brasileiros considera o calendário da ONU para a redução do contingente militar estrangeiro no país. Em fevereiro de 2012, a presidenta Dilma Rousseff foi a Porto Príncipe, capital do Haiti. Na ocasião, ela confirmou a intenção de reduzir o número de militares.
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Estudantes do Acre encaram nova realidade com a proibição de celulares durante as aulas
Rede particular de ensino de Rio Branco iniciou o ano letivo de 2025 adotando a lei que proíbe o uso dos smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos, em todas as etapas da educação básica, com algumas exceções.
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Estudantes se adaptam sem o uso do celular dentro da sala de aula — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
As alunas Nicole Caetano e Giovanna Moncada tiveram uma surpresa ao chegar na sala de aula este ano. A classe foi informada de que o uso do celular está proibido durante as aulas. Com o ano letivo de 2025 iniciado, as escolas particulares da capital começam também a aderir as determinações da Lei Federal nº 15.100.
Sancionada pelo presidente Lula em 15 de janeiro, a lei que estabelece essa proibição abrange todas as turmas de educação básica (ou seja, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). A lei também determina que cada uma das redes de ensino e escolas, públicas e privadas, devem definir suas próprias estratégias de implementação.
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Celulares ficam guardados em um espaço reservado pela escola. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
A legislação surgiu como uma resposta a crescente preocupação de pais, especialistas e a população em geral sobre o uso desses aparelhos nas escolas por conta de possíveis impactos negativos no aprendizado, na concentração e na saúde mental do ser humano.
Na escola onde Nicole e Giovanna estudam, por exemplo, foram espalhadas placas por todos os corredores do prédio orientando os estudantes sobre a lei. A instituição fez ainda uma espécie de área de depósito para que os alunos deixem os aparelhos no local.
“No início a gente achou uma mudança bem drástica porque a gente já estava acostumada a andar o tempo todo com o celular. Mas, aqui na escola quando começou, a gente se viu mais produtivo. Então, ao invés de a gente ter o celular ali como ajuda, a gente foi, de certa forma, obrigada a anotar, a pesquisar mais por conta própria”, disse a estudante Nicole Caetano
De um modo geral, agora o uso do celular é proibido, com apenas algumas exceções. As amigas reconhecem que no início foi difícil aceitar e entender a restrição, mas depois observaram que, até agora, trouxe benefícios.
Além das mudanças nas interações e relacionamentos, houve também a mudança na metodologia de trabalho. Antes, alguns exercícios eram enviados pelos celulares. Agora os alunos precisam anotar tudo.
Mudança de rotina
A lei, inclusive, modificou a rotina dos professores. Antes, os docentes mandavam listas com questões e exercícios para resolução na sala por aplicativos de mensagens. “Então, a questão da adaptação ainda está sendo um pouco difícil, mas já vejo muita mudança, de fato. Aumentou muito a nossa produtividade e a gente debate entre a gente”, contou Giovanna Moncada.
O diretor da instituição, Tony de Luca, informou que a mudança é um processo de aprendizado. Mas os alunos já estão se adequando a essa nova rotina. “Aqui na escola não retemos os aparelhos, temos um recurso para guardar o celular. Quando o aluno chega na escola já é orientado para que desligue o telefone e, na sala, deposite no dispositivo que criamos para ficar armazenado, mas fica em sala”, explicou.
A proibição dos aparelhos celulares não ocorre em todas as aulas. Em casos que são necessárias pesquisas e extensão dos estudos, a utilização é permitida. Os professores confirmam que os alunos acharam estranho no início, mas com poucos dias de mudança, até a forma de interação melhorou.
A coordenadora pedagógica Priscila Melo destacou que os alunos estão sugerindo opções de entretenimento para passar o tempo durante os intervalos e e reinventando a cada novo momento. Eles têm me surpreendido porque, apesar de serem dependentes de certa forma do aparelho, também estão contribuindo com um leque de opções. Tenho um aluno que está pintando, outro trouxe algumas cartas, estão interagindo de outras formas sem usar o recurso digital”, celebrou.
Rede pública
Na rede pública, as aulas só retornam na próxima segunda-feira (10). Mas a Secretaria de Educação (SEE) já preparou as escolas para essas mudanças e deve emitir uma instrução normativa orientando sobre as regras do uso dos aparelhos.
Os alunos serão proibidos de utilizarem o celular dentro de sala. As regras valem para todas as unidades de ensino e quem descumprir será advertido. O secretário de Educação, Aberson Carvalho, afirmou que a orientação repassada é que o professor do primeiro horário já oriente os alunos a desligarem os aparelhos e guardarem na mochila.
“Se tocar ou receber mensagem, algum barulho sonoro, o professor tem a orientação de levar para a direção da escola para o aluno ser advertido e se isso ocorrer de forma rotineira, esse aluno pode até ser suspenso. Essa proibição ocorrerá no horário aula, ou seja, quando o aluno entra na escola, na sala de aula, até o final do seu horário aula. No intervalo também será suspensa a utilização”, pontuou.
A psicóloga Letícia Rodrigues alerta que a utilização exacerbada do uso de celular impacta de forma negativa no cérebro, visto que muito tempo nas redes sociais, que tem com o entretenimento vídeos curtos de 15 a 30 segundos, por exemplo, faz com que o jovem tenha dificuldade de manter a concentração durante muito tempo.
“Na verdade, não só os jovens, todo ser humano. Até porque isso ativa a área do cérebro, que é a área de motivação, fazendo com que a pessoa tenha uma dificuldade de se manter concentrada em determinadas tarefas”, ressaltou.
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Escola espalhou placas e cartazes com orientações para alunos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
O que prevê a nova lei
A lei sancionada pelo presidente Lula (PT) proíbe o uso dos smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos, em todas as etapas da educação básica, com algumas exceções.
Os aparelhos podem ser acessados em situações de perigo, necessidade ou casos de força maior. Os celulares também são permitidos para:
- garantir a acessibilidade;
- garantir a inclusão;
- atender às condições de saúde dos estudantes;
- garantir os direitos fundamentais.
Além disso, nas salas de aula, o uso de celulares é autorizado “para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação”.
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Desembargador Laudivon Nogueira toma posse como presidente do Tribunal de Justiça do Acre
O novo presidente do TJ-AC falou para a equipe da Rede Amazônica Acre sobre as expectativas para o mandado
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Desembargador Laudivon Nogueira tomou posso como presidente do TJ-AC nesta sexta-feira (7). Foto: Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre
O desembargador Laudivon Nogueira foi empossado como presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) nesta sexta-feira (7) em Rio Branco. A solenidade começou às 17h na sede-administrativa do tribunal. Ele assume o cargo que era da desembargadora Regina Ferrari.
Os desembargadores que formaram a gestão biênio 2025-2027 são: Laudivon Nogueira, como presidente, Waldirene Cordeiro, como vice-presidente, e Nonato Maia, como corregedor-geral.
A solenidade de posse teve a presença do prefeito Tião Bocalom, representantes do Ministério Público do Acre (MP-AC) e de outros órgãos do estado. O novo presidente do TJ-AC falou para a equipe da Rede Amazônica Acre sobre as expectativas para o mandado.
“Expectativas são muito boas, principalmente porque estamos na fase de implantação de um projeto, de modernização, que já vem sendo desenvolvido há alguns anos e agora que é capitaneado pela desembargadora Regina Ferrari. Temos muito a avançar com melhorias de nossos serviços, flexibilização de rotinas, retirar gargalos dos processos. Tem muita coisa a ser feita, principalmente com a adoção de novas tecnologias na área da informação”, destacou.
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Solenidade ocorreu nesta sexta-feira (7) no TJ-AC. Foto: Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre
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Hugo Motta quer acordo com STF para aumentar número de deputados
A Corte fixou prazo até 30 de junho deste ano para que o Congresso Nacional edite lei complementar para revisar a distribuição do número de cadeiras de deputados federais em relação à população de cada estado
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Câmara tem prazo até 30 de junho para aumentar número de deputados. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que pretende firmar um acordo com STF (Supremo Tribunal Federal) para alterar o número de deputados federais na Câmara. Pela sugestão de Motta, a Casa passaria a ter mais 14 deputados federais, além dos atuais 513, totalizando 527.
O STF decidiu que o número de deputados de cada estado deve ser revisto em razão do Censo de 2022. A Corte fixou prazo até 30 de junho deste ano para que o Congresso Nacional edite lei complementar para revisar a distribuição do número de cadeiras de deputados federais em relação à população de cada estado.
Motta deu a declaração em entrevista à Rádio Arapuan, em João Pessoa. Ele defendeu que, mesmo com as mudanças propostas, não haja aumento de despesa. “Penso que a solução seria um grande acordo para que aumentemos 14 vagas, para que nenhum estado perca”, propôs o presidente.
“Temos que fazer isso até junho, e tenho de ter a garantia de que o presidente Alcolumbre vote no Senado. Temos que fazer o dever de casa para que isso não represente aumento do custo da Casa”, acrescentou.
Projeção do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) mostra que as novas estimativas populacionais alterariam a composição de 14 estados: sete ganhariam cadeiras e sete perderiam.
Perderiam vagas: Rio de Janeiro (4), Rio Grande do Sul (2), Piauí (2), Paraíba (2), Bahia (2), Pernambuco (1) e Alagoas (1).
Ganhariam vagas: Santa Catarina (4), Pará (4), Amazonas (2), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1) e Mato Grosso (1).
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