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Militar de Rondônia foragido por tráfico de drogas continua recebendo salário da PM
Servidor possui dois mandados de prisão em aberto. Segundo a PRF, ele e outro agente transportavam mais de 500kg de drogas em uma caminhonete.

Agentes de segurança pública são presos transpostando drogas em RO. Foto: Divulgação/PRF
A Polícia Militar de Rondônia (PM-RO) continua pagando o salário de um cabo da PM, identificado como Roberte Paulo Aguiar Souza, que está foragido da Justiça. O militar foi condenado por tráfico de drogas.
As informações foram obtidas através do Portal da Transparência do Governo do Estado. Roberte foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em janeiro de 2023, na BR-364, próximo ao KM 16, no município de Vilhena (RO).
Segundo a PRF, ele e outro agente de segurança pública transportavam mais de 500 kg de drogas em uma caminhonete. Os servidores foram conduzidos à Polícia Federal.
O militar ficou preso na Unidade Provisória Especial de Segurança (UPES), do Complexo de Correição da Polícia Militar de Rondônia, mas fugiu sem cumprir a pena.
Roberte possui dois mandados de prisão em aberto. O cabo que está foragido continua recebendo o salário de R$ 6.195,79 da Polícia Militar, de acordo com o Portal da Transparência do Governo de Rondônia.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Roberte, mas até o momento não obteve retorno.
O Governo de Rondônia confirmou, por meio de nota, que o servidor foi condenado em primeira instância e recorre da decisão em segunda instância. O Governo também informou que ele perdeu o cargo e que solicitou o bloqueio do pagamento e o reembolso de valores pagos indevidamente.
Confira a nota na íntegra:
“No caso em questão, o militar foi condenado em primeira instância, o que resultou na perda de função e cargo, acarretando a suspensão total de seu salário. Após a condenação, as informações foram encaminhadas à Corregedoria e à Coordenadoria de Pessoal, e foi solicitado formalmente o bloqueio do pagamento junto à Folha de Pagamento do Estado, procedimento que está devidamente registrado no sistema. É importante esclarecer que o militar continuou recebendo o salário durante o período em que aguardava o julgamento de primeira instância. Após ser declarado foragido, a Polícia Militar tomou providências para que fosse analisado o reembolso de eventuais valores pagos indevidamente. Atualmente, o militar está recorrendo da decisão em segunda instância, onde o juiz responsável avaliará se manterá ou reformará a sentença. Conforme a sentença vigente, o militar não tem direito ao recebimento do salário. A Polícia Militar já solicitou o bloqueio junto ao órgão competente e reitera que as medidas administrativas estão sendo tomadas com base nos trâmites legais. A instituição também formalizou o pedido de desligamento do militar, reforçando o compromisso com a transparência e a legalidade. Ressalta-se que, caso a sentença seja reformada em segunda instância, a situação será reavaliada e ajustada conforme a nova decisão judicial.”
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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