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Acre

Mesmo em aperto financeiro, Governo do Estado gasta R$270 mil em carro de luxo e obras de arte

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Depois de cortar FG, CECs e reduzir os RPVs para economizar, o governo do Estado vai gastar R$ 270 mil em supérfluos

SW4 novo modelo /Foto: Reprodução

SW4 novo modelo /Foto: Reprodução

A Casa Civil do governo do Estado Acre não vem sendo afetada pela crise como os demais setores do poder. Tanto que vai adquirir uma utilitário de luxo com todos os opcionais por R$ 240 mil, além disso, também vai adquirir obras de arte no valor de R$ 33 mil. Só a picape custa mais que um trator 4×4 com motor diesel de seis cilindros adquirido pela Secretaria de Estado de Agropecuária (SEAP).

Consta no Diário Oficial do Estado (DOE) de sexta-feira (15) o extrato de ata de registro de preços nº 01/2016, processo nº 0008236-1/2016, pregão presencial para registro de preços Nº 334/2016 – CPL 03. No complemento da publicação estão as especificações do veículo: Toyota Hilux 4X4 CD SW4 A/T – 7 assentos, Motor Diesel turbo intercooler D-4D 3.0L 16V, 04 cilindros, com 177 CV de potência, Cor – Branca – padrão couro, Roda de Liga Leve com aro 18” – Pneus 265/60 R-18, computador de bordo. Tudo isso pela fábula de R$ 240.000,00.

Ocorre que no mesmo DOE está o extrato de ata de registro de preços nº. 07/2016/SEAP, pregão eletrônico (SRP) nº 200/2015, autuado no processo nº 0024715-1/2015, CEL 01, a aquisição de trator agrícola de pneus, fabricação nacional, marca New Holland, modelo T7.140, equipado com motor New Holland diesel, 6 cilindros, com o valor de R$ R$ 214.450,00. Ou seja, o luxo do carro custa mais que uma máquina que pode atender a dezenas de produtores rurais e auxiliar na geração de emprego e renda.

Os gastos do Gabinete Civil não param por aí, pois o extrato de contrato CC/Nº 11/2016, PROCESSO nº 0008810-8/2016, revela a aquisição de peças em marchetaria, de criação do artista plástico Maqueson Pereira da Silva, para atender as demandas da Diretoria de Recursos Logísticos da Casa Civil, no valor de R$ 33.705,00.

Apesar da gastança do gabinete civil do governador, os demais setores estão enfrentando contingenciamento nos gastos, tendo inclusive já ocorrido reduções no salários dos cargos comissionados e nas funções gratificadas, bem como redução do teto das requisições de pequeno valor (RPV) dos processos judiciais contra o Estado. Até o governador reduziu o seu próprio salário e também o dos secretários.

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Carnês do IPTU 2025 começam a ser entregues na próxima semana

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Foto: reprodução/cedida

Os contribuintes de Rio Branco terão mudanças no pagamento do IPTU 2025. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), anunciou que a cobrança deste ano trará prazos ampliados e menos parcelas, visando facilitar a quitação do imposto.

Os carnês começam a ser entregues na próxima semana pelos Correios, mas os contribuintes também poderão emitir os boletos pelo portal oficial da prefeitura, na sede da Sefin ou nos Centros de Atendimento ao Cidadão (CACs).

A principal alteração é a redução no número de parcelas, que passou de 10 para 8. Além disso, o vencimento da cota única e da primeira parcela foi prorrogado para 30 de abril, evitando transtornos comuns no período chuvoso da capital acreana.

 

Os descontos para pagamento à vista continuam: 20% para quem não tem pendências e 10% para aqueles com débitos, desde que quitem o valor total. Porém, quem já possui parcelamentos ativos não terá direito ao benefício. Outra novidade é a possibilidade de pagar a cota única no cartão de crédito, com opção de parcelamento em até três vezes sem juros.

O chefe da divisão de IPTU, Cláudio Romero, destacou que há diversas formas de emissão do imposto além dos carnês físicos:

“Independente dos carnês que vão começar a ser entregues, o contribuinte tem outras possibilidades e comodidades para emitir o seu IPTU. Ele pode vir até a prefeitura e pegar o carnê do IPTU, que nós emitimos; pode ir a algum dos CACs que a prefeitura tem espalhados pela cidade; ou pode usar o portal do contribuinte, que é muito simples e fácil de utilizar. Ele pode acessar na comodidade de sua casa, do seu trabalho ou pelo seu smartphone para emitir o IPTU deste ano”, explicou.

 

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Bairro Ayrton Senna começa a ser atingido pelas águas do Rio Acre na capital

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Foto: Defesa Civil/cedida

As águas do Rio Acre começaram a invadir ruas e quintais no bairro Ayrton Senna, em Rio Branco, no início da tarde deste sábado (8). O bairro é o primeiro a ser atingido pela cheia do manancial este ano, e os moradores já enfrentam dificuldades com o avanço da água, que se aproxima das casas.

Enquanto isso, o nível do Rio Acre segue subindo rapidamente. De acordo com a medição mais recente da Defesa Civil Municipal, realizada às 15h, o rio atingiu 13,29 metros, se aproximando da cota de alerta, que é de 13,50 metros. A expectativa é de que o rio ultrapasse essa marca ainda hoje.

As chuvas intensas dos últimos dias contribuíram para esse cenário. Na primeira semana de março, foram registrados 96,4 mm de chuva em Rio Branco, o que representa 33,6% do total esperado para o mês. Além disso, nas últimas 24 horas, foram acumulados 29 mm de precipitação, agravando ainda mais a situação.

Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador municipal da Defesa Civil, o Rio Acre sobe, em média, 4,7 centímetros por hora, aumentando o risco de alagamentos em outras regiões da cidade.

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“Já fiz sexo em troca de comida”: a pobreza e a prostituição no Acre

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Um estudo da Universidade de Harvard concluiu que a primeira profissão humana relatada na história foi a de cozinheiro, e teria surgido há cerca de 2 milhões de anos*, desmitificando a ideia de que a troca de dinheiro ou objetos por sexo fosse o trabalho mais antigo do mundo. Mas que a prostituição é antiga, é, e já foi muito mais fácil, especialmente para as mulheres.

Na Atenas do século 500-60 a.C., por exemplo, as meretrizes eram regulamentadas, reconhecidas como um serviço de utilidade pública, e pagavam rios de impostos ao Estado. Em 2025 no Brasil, apesar de a profissão de “profissional do sexo” estar incluída na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e ser uma alternativa à pobreza e à dependência financeira de programas sociais, mulheres com este trabalho em Rio Branco, no Acre, lamentam sofrer abusos e humilhações constantes por parte dos contratantes.

A reportagem do ac24horas entrevistou três mulheres profissionais do sexo de 34, 21 e 18 anos, na capital, para saber como é ser mulher no contexto de sua profissão. Elas não foram identificadas a pedido das entrevistadas, que serão mencionadas com nomes fictícios.

Laura (20) e Letícia (18) têm escolaridade incompleta, moram num bairro periférico de Rio Branco e, diante de uma vida difícil financeiramente e da falta de uma perspectiva de melhora, apostaram todas as fichas no trabalho com o corpo para mudar de vida. Elas alugaram um apartamento juntas e fazem o máximo de programas possível para conseguir pagar as contas e dividem até o mesmo celular.

Laura começou a trabalhar com o empréstimo do corpo com 16 anos e lamenta não ter conseguido a evolução financeira esperada. “Moro com uma amiga [Letícia] e fazemos ‘os corres’ juntas para dividirmos as despesas, mas tem meses em que as coisas são muito difíceis”, afirmou.

“O maior desafio para mim é quando não temos opção e precisamos fazer coisas que nunca imaginamos fazer, como sexo em troca de almoço ou janta, quando não há movimento”, disse Letícia.

Letícia opina que as dificuldades da profissão para uma mulher não são comparáveis à mesma realidade vivida por homens. “Não que um homem profissional do sexo não seria julgado, mas a forma como as pessoas olham pra eles é diferente de como olham pra nós”, explicou.

Olívia, de 34 anos, trabalha com sexo desde os 18 e, com a experiência, aprendeu a resistir aos abusos de parte dos clientes. “Não é fácil. A gente encara todo tipo de gente, do educado ao idiota, de todas as profissões. Como tenho experiência, o cliente já fica um pouco inibido, mas se a mulher for ‘bobinha’, ele quer montar”, explicou.

Sobre o motivo de ter feito carreira como profissional do sexo, Olívia diz que poder exigir de um homem uma troca pelo prazer feito por ela é um ato de empoderamento do qual ela não pretende se desfazer. “Não acho futuro uma mulher ter que servir um homem sem ter nada em troca. Pra mim isso não está mais nos meus planos. É assim: Quer? É tanto. Se não, pode me deixar quietinha no meu canto. Eu optei por isso. Não acho nada interessante servir um homem e precisar de alguma coisa, não ter”, disse.

*A fonte oficial do estudo se chama Energetic Consequences of Thermal and Nonthermal Food Processing, que foi publicado na revista acadêmica Proceedings of the National Academy of Science.

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