Por Aline Nascimento
Em fase de reconhecimento como área livre da febre aftosa, o Acre não participa da primeira etapa da campanha de vacinação do rebanho marcada para maio. Mas, aguarda o resultado de uma auditoria para certificá-lo como área livre de aftosa sem vacinação.
É o que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a vacina nos estados do Bloco I do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-PNEFA), composto pelo Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso.
O governo federal já tinha anunciado a suspensão da campanha no início do mês e confirmou que a decisão foi tomada após reunião com representantes do bloco.
“Essa vacinação em maio foi suspensa e vamos adequar às exigências do Ministério para sofrer uma nova auditoria em julho e, dependendo do resultado, passaremos definitivamente a ser zona livre da aftosa”, o explicou o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), José Francisco Thum.
O presidente disse que o estado conseguiu a prorrogação do prazo que vai até o dia 31 de julho.
O presidente relembrou que a obrigatoriedade de declarar o rebanho permanece. O produtor e criador que não declarar, não retira a Guia de Trânsito Animal (GTA), por exemplo. O prazo para envio da declaração é do dia 1ª a 15 de maio.
“É uma das exigências que temos para cadastrar os produtores. Todos que temos são baseadas nas declarações de seus rebanhos”, aconselhou.
Em março deste ano, o estado passou por uma auditoria para se tornar área livre da aftosa sem vacinação. Mas, acabou não sendo aprovado e o Mapa adiou o relatório final para agosto.
Agora, o estado tem até o mês de julho para resolver os problemas burocráticos, passar por uma nova auditoria para poder receber o certificado.
Por quase 20 anos, o Acre fez uma intensa campanha de combate à febre aftosa e este ano pode ser reconhecido como área livre da doença sem vacinação.
Por ser considerado serviço essencial, o Idaf está funcionando mesmo durante a pandemia. O presidente explicou que a fiscalização permanece e uma sorologia deve ser feita no rebanho para garantir que nenhum animal tenha a doença e garantir a certificação do rebanho do estado.