Brasil
Mercado eleva previsão da inflação de 3,8% para 3,86% em 2024
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,8% para 3,86% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2025, a projeção da inflação também variou de 3,74% para 3,75%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,58% e 3,5% para os dois anos.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.
Em abril, pressionada pelos preços de alimentos e gastos com saúde e cuidados pessoais , a inflação do país foi 0,38%, acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%). De acordo com o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula 3,69%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic , definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o BC diminuir o ritmo do corte de juros, que vinham sendo de 0,5 ponto percentual, para 0,25 ponto.
Além disso, com as expectativas de inflação acima da meta e, em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente, o Copom decidiu não prever novos cortes na Selic.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 10% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9% ao ano, se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 2,05%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.
Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9% , com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,05 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique no mesmo patamar.
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Fonte: Nacional
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Brasil
Bicho-preguiça carbonizado no RJ retrata as consequências catastróficas das queimadas; saiba como denunciar
Animal estava em área devastada pelo fogo na Reserva Biológica do Tinguá. A espécie, de metabolismo lento, está entre as que possuem menores chances de fuga
O incêndio começou na sexta (13) e só foi extinto no dia seguinte. Segundo o ICMbio, foi criminoso, mas até o momento não foi possível identificar a autoria. Ao longo da semana, o instituto vai tentar dimensionar o tamanho da área afetada.
Segundo o corpo de bombeiros, só neste sábado (14) foram registrados sete focos de incêndio florestal em Petrópolis. Os casos mais críticos são em Cascatinha, no Monumento Natural da Serra da Maria Comprida, Na Vila de Secretário e no Caxambu, região que fica dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Ao todo, o corpo de bombeiros informou que extinguiu mais de 1 mil incêndios florestais, no Estado do Rio desde a criação do gabinete de gestão de crise, na última quinta-feira (12). Até o momento, em números absolutos, já foram eliminados 1.162 dos 1.199 focos registrados nos últimos três dias. Neste domingo (15), 29 focos de incêndio em vegetação ainda estão ativos e estão sendo combatidos pelos militares.
Como o tempo está muito seco, o ICMBio reforça que a população não deve usar o fogo para queima de lixo ou limpeza de terreno. O cenário tem sido considerado catastrófico para as reservas florestais e qualquer fagulha pode provocar um grande incêndio.
Como a população pode denunciar queimadas
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) reforçam que provocar incêndios florestais é crime e orientam a população sobre como agir para evitar queimadas durante o período de estiagem. O alerta é importante tendo em vista dados do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro que apontam que mais de 95% destas ocorrências tem causa humana – acidental ou proposital.
A população deve estar atenta, evitar descartar guimbas de cigarro acesas próximo a áreas verdes e beiras de estradas; não fazer queima de lixo ou para limpeza de terreno, assim como também evitar acender fogueiras e soltar fogos de artifício. Também importante lembrar que soltar balões é crime.
Quem quiser denunciar de forma anônima pode entrar em contato com o Linha Verde pelos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local) ou 2253-1177 (capital). No aplicativo para celular “Disque Denúncia Rio”, os usuários com sistema operacional Android ou iOS, podem denunciar anexando fotos e vídeos, também com a garantia de anonimato.
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Brasil
Tabela do Brasileirão 2024 Série A
Os jogos deste segundo turno serão realizados na mesma ordem do primeiro, apenas com o mando de campo invertido.
A Série A de 2024 é disputada por vinte clubes em dois turnos. Em cada turno, todos os clubes jogam entre si uma única vez. Os jogos do segundo turno serão realizados na mesma ordem do primeiro, apenas com o mando de campo invertido.
A tabela do Brasileirão 2024 promete não apenas continuar a tradição de excelência no futebol brasileiro, mas também entusiasmar os torcedores com jogos memoráveis e histórias inspiradoras de triunfo e superação. Prepare-se para marcar no seu calendário as partidas imperdíveis desta temporada!
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Rio Madeira atinge nova mínima histórica e ribeirinhos enfrentam longa jornada para chegar à escola
Rio Madeira registra mínimas históricas desde julho e registrou 41 centímetros pela primeira vez em Porto Velho neste sábado (14). Margem do rio “sumiu” e embarcações não conseguem mais chegar em algumas comunidades.
O Rio Madeira atingiu a cota de 41 centímetros durante a manhã deste sábado (14), em Porto Velho, de acordo com o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Esse é o menor nível registrado desde que o nível do rio começou a ser observado, em 1967.
Isolados por bancos de areia e montanhas de pedras, estudantes ribeirinhos agora precisam percorrer um longo caminho a pé para conseguir chegar à escola. Isso porque os barcos não acessam mais as comunidades devido à seca.
O rio Madeira possui quase 1,5 mil quilômetros de extensão em água doce e é um dos maiores do Brasil e do mundo, além do mais longo e importante afluente do rio Amazonas. Em suas margens, vivem mais de 50 comunidades ribeirinhas, somente em Porto Velho.
Desde julho o nível do rio Madeira vem descendo e atingido mínimas históricas.No Dia da Amazônia, dia 5 de setembro, o Madeira ficou abaixo de 1 metro pela 1ª vez na história. Em pouco mais de uma semana, o nível do rio desceu 55 centímetros.
A imensidão de água do Madeira foi substituída por bancos de areias e montanhas de pedras que prejudicam a navegabilidade de ribeirinhos e de embarcações comerciais.
Isolados pela seca
Ana Paula, mãe do Marcos e do Pedro, mora na comunidade ribeirinha Brasileira, a cerca de 54 km da zona urbana de Porto Velho. A comerciante enviou para o g1 o registro do cenário em frente de sua casa: o que antes era coberto por água, virou uma “praia”.
A margem do rio se distanciou por quilômetros e as voadeiras (embarcações que transportam os alunos), não conseguem chegar até as comunidades.
“Os meus meninos percorrem cerca de 3 km na estrada empoeirada até chegarem em uma região que o barco consegue navegar. Eles costumam ir de bicicleta, mas quando não tem, vão a pé mesmo. A mercê da poeira, chegam sujos na escola”, revela Ana Paula
Elisa Regina, também moradora da comunidade Brasileira, relata que os alunos caminham pela estrada quente e empoeirada e precisam pular uma porteira para chegar na região que o barco escolar consegue acessar.
“O barco buscava ela na porta da minha casa, mas agora está tudo seco. Minha filha e as outras crianças pequenas precisam andar por essa estrada para conseguir chegar até a escola. Além disso, o percurso que o barco escolar faz ao longo do rio é muito difícil por conta da seca. As crianças chegam atrasadas na escola”, relata Elisa.
A caminhada por terra também é vivida pelos estudantes da comunidade de Prosperidade. A agricultora Cristiane e seus dois filhos, percorrem cerca de 6km de bicicleta pela estrada, até um ponto onde ainda tem água. A mãe conta que o barco escolar não entra na região há dois meses.
“Estamos presos, praticamente. Falta comida e água potável; nossa vida já era difícil, agora as dificuldades aumentaram. Às vezes precisamos descer o barranco e pegar um pouco de água que ainda resta do Rio Madeira para poder consumir”, diz Cristiane.
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