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Mensagens denunciadas no WhatsApp são revisadas por mais de 1.000 moderadores, diz site
Funcionários podem analisar suspeitas de violação das regras do aplicativo. Devido a criptografia de ponta a ponta, conteúdo precisa ser compartilhado por uma das pessoas da conversa.

O WhatsApp conta com mais de 1.000 funcionários terceirizados para analisar denúncias enviadas por usuários, segundo reportagem publicada na última terça-feira (7) pelo site “ProPublica”.
A apuração apontou que o Facebook, proprietário do aplicativo de mensagens, tem equipes em Austin (Estados Unidos), Dublin (Irlanda) e Singapura para revisar mensagens de texto, imagens e vídeos que podem violar suas regras.
Segundo fontes ouvidas pela ProPublica, cada funcionário analisa cerca de 600 denúncias por dia, o que dá menos de um minuto, em média, para cada uma delas ser verificada.
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As análises envolvem denúncias por motivos como fraude, spam, pornografia infantil e conspiração terrorista no WhatsApp.
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Devido à criptografia de ponta a ponta do aplicativo, os moderadores só podem analisar mensagens compartilhadas pelos usuários por meio da opção “denunciar”, disponível nas conversas.
Como funciona a moderação do WhatsApp
A reportagem apontou que os moderadores do WhatsApp analisam casos “reativos”, iniciados pelos usuários, e “proativos”, reunidos pela inteligência artificial do aplicativo.
Nos casos “reativos”, após usuários denunciarem um contato, os moderadores acessam a mensagem que supostamente violou as regras e as quatro mensagens anteriores, incluindo imagens e vídeos.
Já em casos “proativos”, o serviço busca por padrões suspeitos, como o envio de muitas mensagens em uma nova conta. A ferramenta verifica outros dados que não são criptografados, como nomes e fotos de grupos, números de telefone, fotos de perfil, histórico de violações da conta, entre outros. Neste caso, o serviço não acessa o conteúdo das mensagens.
Ao revisarem uma denúncia, os moderadores escolhem entre três opções: não fazer nada, manter usuário sob análise ou banir a conta.
Ainda de acordo com a ProPublica, o WhatsApp afirmou que os funcionários não são moderadores de conteúdo porque não interferem no teor da conversa. Para a plataforma, o modelo é diferente em relação ao que é adotado no Instagram e no Facebook, onde a moderação pode tirar publicações do ar.
Procurado pelo pela reportagem o WhatsApp afirmou que fornece uma forma de usuários denunciarem spam ou abuso na plataforma, o que inclui o compartilhamento de algumas mensagens de uma conversa.
“Essa funcionalidade é importante para prevenir os piores abusos na internet. O WhatsApp discorda fortemente da ideia de que aceitar denúncias que os usuários escolhem enviar para o aplicativo é incompatível com criptografia de ponta a ponta”, afirmou, em nota, o serviço.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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