Acre
Medida que proíbe uso de viaturas abre “guerra” entre agentes e a Superintendência da PF no Acre

O diretor executivo do Sindicato dos Policiais Federais, Renato Santos, e o presidente Franklin Albuquerque
A medida da Polícia Federal de proibir o uso de viaturas para diligências no interior do Estado gera uma enorme revolta da categoria contra a superintendência do órgão no Acre.
Há duas semanas, o chefe da PF local, Araquém Tavares, argumentando contenção de gastos públicos, fez circular uma informação interna de que os agentes em serviço terão que se deslocar ao interior em ônibus intermunicipais e não mais em veículos policiais.
A medida, entretanto, é considerada absurda pelo presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Acre, Franklin Albuquerque, e o diretor executivo da entidade, Renato Santos.
“A revolta é total! A política do superintendente da Polícia Federal, Araquém Tavares, é uma política que não coaduna com a segurança pública ou com os menores requisitos da doutrina policial, que tem condão de beneficiar a classe dos delegados mesmo colocado em risco a segurança dos policiais federais. Então a gente observa que o compromisso da Superintendência da Polícia Federal não é com a segurança pública nem com o os policiais federais. É apena em beneficiar delegados”, desabafa Albuquerque.
A revolta dos representantes dos cerca de 180 agentes da PF no Acre ocorreu após uma reunião com Araquém Tavares, que não voltou atrás. Os agentes em serviço continuarão tendo que se dirigir aos municípios em ônibus de linha.
“A argumentação se manteve com a desculpa de economia mesmo a gente mostrando pra ele que não haveria essa economia haja vista que o que iria de economizar com combustível iria se gastar com diárias. E mesmo a gente mostrando o princípio da efetividade, porque o deslocamento que é feito daqui a Brasiléia vai ser feito de seis a sete horas de ônibus, mesmo assim ele não percebeu que na verdade não estaria economizando, estaria gastando mais e expondo os policiais a um risco desnecessário”, completa o presidente do Sindicato.
Medidas como essa, para Franklin Albuquerque, revelam um modelo de segurança falido comandado por pessoas que nunca tiveram “vivência policial”.
Franklin Albuquerque acrescenta que a argumentação de contenção dos gastos públicos não tem cabimento Ele denuncia que ao contrário dos agentes, os delegados federais continuam tendo os mesmos privilégios. Como em caso de transferências para outros Estados. Um delegado recém transferido de Rio Branco para Ponta Grossa, no Paraná, recebeu uma ajuda de custo de R$ 70 mil.
“Dos recursos do departamento mais de 98% dos recursos gastos com remoção é com classe dos delegados, uma classe que não representa sequer 10% da nossa categoria. O policial federal para ser removido, ele tem que abrir mão das ajudas de custo da indenização prevista na lei 8.112 os delegados não precisam. Então eles aparecem com medidas como essa para alegar economia. E o ânimo do departamento se acirrou muito com essa medida. Isso é reflexo de um modelo de segurança falido onde aquele que chefia a polícia nunca foi policial. Foi o que nós dissemos em reunião com o superintendente. Se o delegado tivesse tido uma vivência policial jamais ele teria tido uma atitude como essa. Esse é um modelo de segurança que só existe no Brasil. Só no Brasil um chefe de polícia nunca foi polícia. Os cargos de gestão ocupados no DPF têm que ser ocupados por policiais experientes e não por burocratas. Nesses último dois anos nós não obtivemos nenhum benefício para a nossa categoria no Acre. São índices pífios e um descontentamento total da categoria.”
Para o diretor executivo do Sindicato dos Policiais Federais, Renato Santos, a chefia da PF no Acre mostra acomodação. “Ao invés de eles pressionarem em Brasília por mais recursos, eles preferem não incomodar, não desagradar a política nacional pedindo mais recurso, pressionando. Porque se o policial não pode fazer o seu serviço, então ele não faz. Sem não tem segurança para realizar o trabalho, o trabalho não deve ser realizado. Porque em primeiro lugar vem a integridade física do policial. Isso é pra qualquer polícia do mundo”, conclui.
Com informações do ac24horas.com
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Acre
Associação Família Azul deve suspender atendimentos e cobra apoio do poder público ao autismo; mais de 100 crianças ficarão sem acompanhamento
Dell Pinheiro
A falta de recursos financeiros levou a Associação Família Azul do Acre a suspender integralmente seus atendimentos a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O anúncio foi feito pela presidente da entidade, Heloneida da Gama, em um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual ela faz um apelo direto às autoridades e denuncia a ausência de apoio do poder público à causa do autismo no Estado.
Segundo Heloneida, o encerramento das atividades deixou mais de 100 crianças sem acompanhamento especializado, sem qualquer previsão de retomada. A dirigente afirma que, apesar da relevância social do trabalho desenvolvido pela associação, não houve até o momento articulação concreta para garantir a continuidade dos serviços.
Durante o desabafo, a presidente questionou a destinação das emendas parlamentares dos deputados estaduais. De acordo com ela, cada parlamentar dispõe de aproximadamente R$ 4,5 milhões, sendo cerca de R$ 2,5 milhões obrigatoriamente direcionados à saúde e à Educação, enquanto o restante pode ser aplicado conforme a escolha de cada deputado.
Para Heloneida, pequenas parcelas desses recursos seriam suficientes para manter o atendimento de entidades que atuam diretamente com famílias atípicas. “O que custa combinar com outro deputado e dizer: cada um contribui com R$ 50 mil ou R$ 80 mil?”, questiona, ao destacar que valores considerados modestos dentro do orçamento parlamentar poderiam assegurar a continuidade de serviços essenciais.
A presidente também fez um apelo às famílias e aos eleitores, lembrando que 2026 será ano eleitoral. Ela orienta que a população cobre dos candidatos, durante a campanha, quais ações efetivas foram realizadas em favor do autismo e se houve destinação concreta de recursos para associações como a Família Azul.
Outro ponto levantado foi a fragilidade da rede pública de atendimento no Acre. Segundo Heloneida, atualmente há mais de 5 mil crianças e adolescentes aguardando a primeira consulta, além de outras 4 mil na fila da segunda avaliação. Ela também denuncia a escassez de psiquiatras, especialmente para o acompanhamento de adolescentes acima dos 17 anos, e a demora excessiva no diagnóstico, fatores que comprometem o tratamento precoce.
A dirigente destacou ainda o peso financeiro enfrentado pelas famílias e pela própria associação. Somente a folha de pagamento mensal da entidade gira em torno de R$ 20 mil, valor inviável de manter sem apoio institucional. Mesmo diante do fechamento dos atendimentos, segundo ela, nenhum deputado estadual se manifestou publicamente em defesa da associação.
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Ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, morre aos 63 anos
O ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, morreu no final da tarde deste domingo (14), aos 63 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Ele estava internado no Hospital João Câncio Fernandes, onde realizava tratamento contra um câncer de pulmão. O óbito foi confirmado por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atenderam a ocorrência na unidade hospitalar.
Nilson Areal teve trajetória marcante na política acreana. Foi prefeito de Sena Madureira por dois mandatos consecutivos, entre 2005 e 2012, período em que conduziu importantes ações administrativas no município. Além da atuação no Executivo municipal, também exerceu o cargo de deputado estadual.
O ex-prefeito deixa esposa, dois filhos e três netos. A morte causou grande comoção em Sena Madureira e entre lideranças políticas do Acre.
O governador Gladson Cameli divulgou uma nota de pesar, na qual lamentou a morte do amigo de longa data e destacou a contribuição de Nilson Areal para a vida pública e o desenvolvimento do município.
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Mailza arrecada mais de 2 mil brinquedos para crianças com Corrida Solidária
A Corrida Solidária com Mailza, realizada neste sábado, 13, reuniu milhares de corredores em um grande ato de solidariedade, esporte e celebração da vida. Promovida pela vice-governadora Mailza Assis, em comemoração ao seu aniversário, a iniciativa arrecadou mais de 2 mil brinquedos, que serão destinados a crianças em situação de vulnerabilidade neste Natal.
Com clima favorável, sol aparecendo ao longo do percurso e muita animação, a corrida transformou-se em uma verdadeira festa popular. Antes da largada, os participantes cantaram parabéns para a vice-governadora. Ao final, além da entrega das medalhas, teve bolo de aniversário e um animado banho de mangueira garantido pelo Corpo de Bombeiros, fechando o evento em clima de alegria e confraternização.
Mailza agradeceu a participação do público e destacou o significado da ação. “Quero agradecer a cada pessoa que colaborou, que sonhou comigo esse momento, que trouxe um brinquedo e participou dessa corrida. É um gesto que simboliza compartilhar, solidarizar com as famílias que mais precisam, especialmente as nossas crianças. Também é cuidar da saúde, rever amigos e viver um momento de descontração. Esse evento foi preparado com muito amor e carinho, e juntos vamos fazer um Natal diferente para muitas crianças”, afirmou ela que também é secretária de Assistência Social e Direitos Humanos.
Entre os participantes, histórias de inclusão e afeto marcaram o evento. Regimar Souza do Nascimento e Leide Fernandes prestigiaram a corrida acompanhados da filha Jayane, de 24 anos, que tem paralisia cerebral.
“Ela quis vir, disse: ‘mãe, eu quero ir’. Trouxemos ela para participar e também homenagear o aniversário da vice-governadora”, contou Leide.
Regimar também parabenizou a iniciativa. “É uma ação linda. Ela transforma o próprio aniversário em um presente para quem mais precisa, para as crianças. Isso é algo que Deus abençoa, e que inspira outras pessoas a fazerem o bem”, afirmou.
Entre os grupos que mais chamaram atenção pelo entusiasmo esteve o Funcional da Polícia Militar do Acre, formado exclusivamente por mulheres, que chegaram animadas e abrilhantaram ainda mais a festa.
“Foram mais de 100 mulheres aqui. As meninas estavam muito ansiosas para participar, porque é um evento solidário. Nós trabalhamos em bairros periféricos, como Cidade do Povo, Taquari e também na Arena da Floresta. Ao todo, são 106 mulheres, todas muito alegres e felizes por estarem aqui hoje”, relatou a instrutora Halida Prado.
Resultados da corrida
Na categoria masculina, o grande vencedor foi Kauan Vitor, seguido por Jefferson Ramos em segundo lugar e Manoel Cunha em terceiro.
Kauan parabenizou a vice-governadora e ressaltou a importância do esporte aliado à solidariedade.
“Sou da corrida amadora há dois anos. Além de promover o esporte, essa ação ajuda as crianças do nosso Acre. Nem todo mundo consegue dar um presente no Natal, então é maravilhoso poder ajudar fazendo o que a gente ama”, disse.
Jefferson Ramos, corredor amador há dez anos, destacou os benefícios da prática esportiva.
“Qualquer esporte é importante para a nossa saúde. Depois da pandemia, as pessoas passaram a se cuidar mais. E hoje, além disso, estamos fazendo o bem”, ressaltou.
Na categoria feminina, Dalvanir Alves conquistou o primeiro lugar, seguida por Fran Melo em segundo e Juliane Souza em terceiro. Dalvanir celebrou a iniciativa.
“Uma oportunidade maravilhosa de incentivar o exercício físico e, ao mesmo tempo, proporcionar um Natal mais feliz para as crianças. A vice-governadora festejou seu aniversário da melhor forma, junto à população”, destacou.
Fran Melo, corredora profissional há oito anos, também elogiou o evento. “Foi uma ação linda. Quem ganha de verdade são as crianças, porque as doações foram brinquedos. Parabéns à vice-governadora por essa iniciativa”, afirmou.

















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