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Marina diz em entrevista que não será candidata em 2016

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O Estado de S. Paulo

Ainda sem partido próprio, ex-ministra descarta disputar cargos nas próximas eleições, mas deixa em aberto planos para 2018

Ex-ministra Marina Silva

Ex-ministra Marina Silva

São Paulo – A ex-ministra Marina Silva afirmou que não vai concorrer a nenhum cargo nas eleições municipais de 2016. A ex-senadora e candidata à Presidência nas eleições de 2014 e 2010, no entanto, deixou em aberto seus planos para 2018, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, publicada nesta segunda-feira, 8.

Com as últimas assinaturas para a criação da Rede Sustentabilidade entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cresce a expectativa de que a Corte dê o aval para a criação formal do partido de Marina e que a ex-senadora volte ao cenário político. Nos bastidores, falou-se até na possibilidade de ela disputar alguma prefeitura no ano que vem, como a do Rio de Janeiro, onde obteve bons resultados nas urnas no ano passado. Ela agora refuta claramente essa hipótese.

A ex-ministra Marina Silva

Sobre a eleição presidencial de 2018, Marina disse não saber ainda se será novamente candidata – depois de ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2010 e 2014. “Ainda não sei, sinceramente não sei, não sei qual é a melhor maneira de contribuir com o Brasil”, afirmou. Marina repetiu que seu “objetivo de vida” não é ser presidente da República, mas contribuir para o País prosperar socialmente, economicamente e com desenvolvimento sustentável. “Quero contribuir para o Brasil ser melhor.”

Rede Sustentabilidade. Marina disse ter ciência de que a Rede nascerá com uma estrutura pequena, mas que terá legitimidade. “Vamos ser um partido pequeno do ponto de vista das estruturas, grande do ponto de vista da legitimidade e da inserção social, mas obviamente que as estruturas nos impedirão de poder lançar um número significativo de candidatos”, disse ao admitir que a legenda não deve conseguir apresentar candidaturas próprias em todas as 26 capitais no ano que vem. Ela disse ainda que a legenda deve se valer do arco de alianças formado em torno de Eduardo Campos (PSB) em 2014, principalmente com PSB e PPS, mas que o “processo de construção” dependerá da realidade em cada Estado e em cada município, a partir de uma “discussão programática”.

Campanha de 2014. A ex-senadora disse na entrevista que a campanha eleitoral de 2014 “extrapolou todos os limites da ética”, numa referência aos ataques que recebeu da campanha petista quando foi alçada ao posto de favorita na corrida eleitoral, após a trágica morte de Eduardo Campos. Marina citou o comercial da campanha de Dilma Rousseff que mostrava a comida sumindo da mesa de uma família e o dinheiro indo para banqueiros. “Tirar a comida da mesa dos trabalhadores é o que está acontecendo agora, quando você vê milhares e milhares de empregos desaparecendo”, afirmou.

Para Marina, a presidente Dilma hoje denuncia a si mesma, aos erros que cometeu no primeiro mandato. Ela argumentou que o ajuste fiscal é necessário para corrigir todos os erros cometidos pela própria presidente, que logo após ter sido reeleita passou a impor sacrifícios à população, como a restrição ao acesso ao seguro desemprego.

Sobre o impeachment, Marina repetiu o que disse em outras ocasiões de que não vê elementos para pedir hoje o afastamento de Dilma. Ela elogiou a postura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “O presidente Fernando Henrique está tendo uma atitude de respeito com o País. Se fosse qualquer outro à frente da presidência da República do País, com o PT na oposição, com a crise política, a crise econômica, a crise da corrupção que temos hoje, com baixíssimos índices de popularidade, esse governo já teria ido ao chão.”

Reforma Política. Marina lamentou a movimentação do Congresso Nacional em torno da Reforma Política. Ela disse que estão sendo feitos “ajustes eleitorais para dar mais poderes aos partidos”, o que, segundo ela, vai na contramão do que demanda a sociedade.

Marina se disse favorável às candidaturas independentes e ao financiamento público misto de campanha, com contribuição individual limitada por um teto. A ex-senadora deu também um recado ao PT, sobre a defesa do fim do financiamento empresarial. “Os partidos que defendem isso não devem agora dizer ”fui derrotado, pois a lei diz que tem que ser (doação) de empresas””, argumentou.

Em abril, o diretório nacional do PT decidiu que o partido não receberia mais doações de empresas e não firmou posição quanto às doações de pessoa jurídica para candidatos. A questão seria tratada no quinto congresso da legenda, que acontece em Salvador nesta semana. Com o movimento da Câmara de aprovar a PEC que constitucionaliza a doação empresarial a partidos, o PT decidiu adiar a decisão e dirigentes admitem que, se a PEC não for revertida, o partido pode se ver obrigado a voltar atrás na decisão de não receber doação empresarial.

A ex-senadora respondeu ainda sobre a proposta de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos, à qual se disse contrária. “Criminalizar a infância não é a solução para nos dar segurança.”

 

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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça

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• Imagem gerada por IA

A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.

As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).

O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.

Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.

Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.  

As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.

Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.

A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.

A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.

O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.

BRB quis comprar Master

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.

A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.

No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.

Compliance Zero

A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.

As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027

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Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada 

O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.

Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento

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Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada 

Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.

Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.

A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.

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