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Major Rocha recebe diagnóstico de secretarias e órgãos do Governo
Irregularidades cometidas por administrações passadas serão denunciadas aos órgãos de controle e responsabilização cível e criminal não está descartada
O governador do Acre em exercício, Major Rocha, recebeu na tarde desta terça-feira, 30, o diagnóstico detalhado da real situação em que se encontram as secretarias e demais órgãos do Estado. A apresentação foi feita pelos próprios gestores das pastas que identificaram uma série de irregularidades cometidas, insistentemente, por governos autoritários que não tinham nenhum compromisso com a administração responsável do Poder Executivo.
O secretário de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), Paulo Wadt, definiu como caótico o cenário encontrado na pasta. “Muita coisa se perdeu pela falta de planejamento, produtos mal utilizados, encontramos ainda tratores e equipamentos sucateados, em posse de pessoas que sequer se encaixavam no perfil estabelecido e que, na maioria das vezes, eram apadrinhados políticos”, explicou.
Wadt ainda afirmou que até mesmo indícios de corrupção foram notados na pasta responsável pelo setor produtivo acreano. “Vimos casos de tratores que eram cedidos para fazer serviços de seis horas e gastavam diesel para mil horas de trabalho”, argumentou.
Gestão passada desobedece limite de gastos públicos e Acre terá que devolver R$ 200 milhões ao Governo Federal
Na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) foram identificadas despesas que, além de não serem devidamente registradas, não foram quitadas por insuficiência financeira. A mais grave infração registrada na pasta foi o desdém da gestão passada em não cumprir o limite estabelecido pela Secretaria do Tesouro Nacional no que se refere ao teto de gastos públicos. Por conta desta falta de comprometimento, o Estado do Acre terá que devolver R$ 200 milhões aos cofres da União, acentuando, ainda mais, a crise já existente.
Outros desmandos constatados estão na Secretaria de Estado de Gestão Administrativa (SGA). Contratos com empresas prestadoras de serviços não foram financeiramente empenhados entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, acumulando, desta maneira, uma dívida milionária.
A atual gestão herdou um débito com os servidores públicos na ordem de R$ 106 milhões deixado de forma irresponsável pelo governo passado. A dívida refere-se a segunda parcela do 13º salário, não pagamento de titulações, promoções e verbas recisórias que, em vários casos, já não vinham sendo remuneradas desde 2016. Diante da crítica situação descoberta, a titular da pasta, Maria Alice Araújo, recomendou a não aprovação da prestação de contas da SGA.
Na Educação, diárias de funcionários públicos eram pagas com empréstimos
Umas das medidas adotadas pelo secretário Mauro Sérgio Cruz ao assumir o comando da Educação foi a solicitação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) de um relatório sobre os gastos com a merenda escolar na Rede Pública de Ensino, onde há probabilidade de constatação de irregularidades cometidas nos últimos anos.
Cruz disse ainda que 20 mil cartilhas e outros 20 mil uniformes do programa de alfabetização ‘Quero Ler’, criado na antiga gestão, foram encontrados armazenados em um galpão. O titular da pasta revelou ainda que diárias estavam sendo pagas aos servidores com empréstimos realizados junto ao Banco Mundial.
Durante a reunião, Major Rocha citou algumas situações suspeitas realizadas pela administração passada, como, por exemplo, a aquisição de R$ 41 mil em sacos para lixo e outros R$ 13 mil em aromatizadores de ambientes somente para o gabinete da vice-governadora.
O governador em exercício ressaltou que a situação em que a máquina pública estadual se encontra é extremamente grave e requer, em muitos casos, a responsabilização cível e criminal. Major Rocha solicitou que os atuais gestores elaborem relatórios e façam o acionamento imediato dos órgãos de controle.
“Tínhamos noção do que iríamos encontrar, mas a situação é bem mais grave do que imaginamos. Quero deixar bem claro que essa responsabilidade não é nossa e não vamos ficar de braços cruzados. A minha orientação é que devemos acionar o Ministério Público e outras instituições fiscalizadoras para que esta culpa não recaia sobre nós”, pontuou.
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ApexBrasil e Banco da Amazônia firmam parceria estratégica para impulsionar exportações no Acre

Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, estará na cerimônia de assinatura.
Convênio de R$ 82 milhões vai fortalecer cadeias produtivas de suínos e aves no Alto Acre, com foco na agricultura familiar e no mercado internacional
RIO BRANCO (AC) – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco da Amazônia (Basa) anunciam nesta quarta-feira (9), em Rio Branco, uma parceria estratégica para fomentar as exportações e fortalecer a economia da região amazônica. O convênio prevê a liberação de R$ 82 milhões em recursos destinados à ampliação das cadeias produtivas da suinocultura e avicultura no Acre, especialmente voltadas à agricultura familiar.
A cerimônia de assinatura contará com a presença do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e do presidente do Banco da Amazônia, Luiz Cláudio Moreira Lessa, e será realizada às 15h na sede do Basa, na capital acreana.

Presidente do Banco da Amazônia, Luiz Cláudio Moreira Lessa.
O investimento inicial será voltado para a construção de 70 galpões de produção – 50 para suínos e 20 para aves – que atenderão produtores vinculados às empresas Dom Porquito e Acre Aves, ambas sediadas no município de Brasiléia. Ao todo, a meta é construir 250 estruturas, com vistas a ampliar a capacidade produtiva e, consequentemente, o volume de exportações para mercados internacionais.
A iniciativa reforça o compromisso das instituições com o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal, estimulando a geração de emprego e renda e promovendo a competitividade dos produtos regionais no comércio exterior.
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Brasileia garante auxílio-alimentação de R$ 600 a servidores e vereadores
A Prefeitura de Brasiléia sancionou nesta terça-feira, 8, a Lei Municipal nº 1.190/2025, que autoriza a concessão de auxílio-alimentação no valor de R$ 600 para servidores efetivos, comissionados e vereadores da Câmara Municipal. A medida já está em vigor.
De acordo com o texto da lei, o benefício será pago mensalmente e poderá ser concedido na forma de pecúnia (em dinheiro) ou por meio de cartão alimentação, com recursos oriundos da Lei Orçamentária Anual (LOA). A legislação ainda prevê que o valor será reajustado anualmente conforme o índice de inflação oficial, calculado pelo IPCA da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
O auxílio tem caráter indenizatório e não será incorporado ao salário dos beneficiários, nem servirá de base para cálculo de tributos ou contribuições previdenciárias. Além disso, o benefício não poderá ser acumulado por servidores com mais de um vínculo com o município e será suspenso em casos como licença sem vencimento, aposentadoria ou punição administrativa.
A norma também veda o uso do cartão alimentação para a compra de bebidas alcoólicas e produtos relacionados ao tabagismo. Até a finalização do processo licitatório para a aquisição dos cartões magnéticos, o benefício será concedido em dinheiro.
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Vereador Zemar propõe lei para proibir corte de energia fora do horário bancário em Brasiléia
Durante a sessão desta terça-feira, 8, o vereador Zemar Jerônimo (PL) apresentou uma proposta de lei que visa proibir o corte no fornecimento de energia elétrica fora do horário de expediente das agências bancárias em Brasiléia.
Segundo o parlamentar, a medida tem como objetivo proteger os consumidores que não utilizam aplicativos bancários e ainda dependem dos meios tradicionais para quitar suas contas, como o atendimento presencial em bancos e casas lotéricas. Zemar destacou que muitos moradores do município enfrentam dificuldades para realizar pagamentos em horários alternativos, especialmente em períodos de feriados ou pontos facultativos.
“A proposta tem respaldo legal e busca facilitar a vida da população, garantindo que os cortes não ocorram em momentos nos quais o cidadão não tem como regularizar sua situação por falta de atendimento bancário”, afirmou o vereador.
A matéria agora seguirá para análise das comissões da Câmara Municipal.
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