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Mãe denuncia negligência em atendimento de filha prematura que morreu no Acre
Maria Helena morreu aos dois meses na última quinta-feira (30) no Into-AC, onde funciona o Hospital da Criança. Na declaração de óbito consta que morte foi por choque séptico, sepse, diarreia aguda, desnutrição e prematuridade e mãe contesta.

Mãe denuncia negligência em atendimento de filha prematura que morreu no Acre — Foto: Arquivo pessoal
Revoltada e muito abalada com a perda da filha, a dona de casa Poliana Bezerra de Souza, de 28 anos, denunciou que houve negligência no atendimento de saúde prestado à pequena Maria Helena, de apenas 2 meses. A bebê morreu na última quinta-feira (30) no Into-AC, onde funciona atualmente leitos pediátricos do Hospital da Criança.
A Secretaria de Saúde informou que a bebê tinha história prévia de prematuridade e sequela neurológica e que se houver uma denúncia formal uma sindicância será aberta para apurar possível negligência.
A menina foi internada pela primeira vez em maio ainda no prédio do Hospital da Criança, onde chegou a ficar uns dias na UTI, segundo a mãe, por conta de uma bactéria no sangue. De lá, foi transferida para o Into-AC junto com outros pacientes, porque o prédio do hospital passa por obras. Como ela teve uma melhora, recebeu alta médica e voltou para casa.
Mas, a mãe conta que ainda no hospital, foi passado pra criança um leite para ajudar na nutrição dela, que estava muito magra, pesando pouco mais de 2 quilos. Acontece que ela começou a ter diarreia e Poliana diz que chegou a avisar para a equipe de saúde que poderia ser do leite, no entanto, mesmo assim, deram alta pra menina.
Em casa, passados poucos dias, a dona de casa lembra que a filha só piorava, continuava com diarreia e aparentava estar com dor. Foi então que decidiu procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e de lá foi para o Pronto-Socorro da capital. No PS, a menina começou a receber antibióticos e parecia que estava melhorando.
“Eu estava dando só peito pra ela, tinha suspendido aquele outro leite, estava ficando boa já, mas aí perderam o acesso dela, tentaram furar, mas ela era muito ruim de veia. Falaram que iam transferir para o Hospital da Criança, mas quando chegamos lá, tentaram furar ela várias vezes, mas não conseguiram achar veia. Falei que ela precisaria de um PICC [cateter usado para acesso], mas não tinha lá e depois encontraram um. Ela estava tão desnutrida que não conseguiram mais [colocar o acesso]”, conta.
Sem conseguir um diagnóstico e vendo a filha naquelas condições, a dona de casa disse que pediu para uma outra médica ir até o hospital para ver a bebê. Poliana diz que a nova profissional diagnosticou que a criança tinha intolerância à lactose e refluxo e disse que ela precisava ser hidratada com soro e seguir com os antibióticos.
Acontece que, segundo a mãe, a médica que já fazia o acompanhamento da criança na unidade não aceitou a recomendação. “No outro dia, ela chegou brava comigo e falou ‘olha, Poliana, se você não confia em mim como médica, procura outro profissional pra cuidar da sua filha’. E eu disse que só queria ouvir a avaliação de outro médico para saber o que minha filha tinha. Quando saiu, ela mandou tirar todos os antibióticos da Maria Helena e minha filha começou a piorar.”
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Maria Helena morreu aos dois meses na última quinta-feira (30) no Into-AC — Foto: Arquivo pessoal
Mãe contesta causa da morte e diz que vai acionar Justiça
Na quinta (30), o quadro da bebê ficou ainda pior, ela teve uma parada cardíaca e morreu. Na declaração de óbito consta que a morte foi por choque séptico, sepse, diarreia aguda, desnutrição e prematuridade e mãe contesta. Poliana diz que pretende acionar a Justiça e que vai procurar o Conselho Regional de Medicina para denunciar a profissional.
“Ela matou minha filha, ainda disse que fez tudo possível. Minha filha morreu inflamada por dentro, porque não deram antibiótico pra ela. Fui pegar o relatório na sexta [1], e ela escreveu que estava dando soro 30ml a cada 4h, mas é mentira, eu estava com ela todo tempo, disse que deu dipirona, mentira também. Aquela médica mentiu. Meu sentimento é de revolta e eu só quero justiça, porque senti dor do começo ao fim com minha filha”, declarou.
O CRM-AC informou que denúncias podem ser formalizadas por meio do portal da autarquia ou diretamente na sede, em Rio Branco e, que, em cumprimento ao Código de Processo Ético-Profissional Médico, não informa sobre a tramitação de denúncias/processos/sindicâncias no Regional.
Em nota, a gerente-geral do Sistema Assistencial a Saúde da Mulher e da Criança, Laura Pontes disse que a bebê tinha história prévia de prematuridade e sequela neurológica e que deu entrada no Into no dia 26 de julho.
“Deu entrada com quadro de distensão abdominal e vômitos. Durante a internação, estava em investigação para possível alergia à proteína de leite de vaca. Evoluiu com piora do quadro de vômitos e diarreia, gerando uma desidratação grave. Foi realizado um acesso venoso mas dadas as condições prévias delicadas, a criança veio a óbito nessa quinta-feira (30)”, diz.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.









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