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Lula acusa Israel de aniquilar palestinos; Netanyahu repreende postura ‘vergonhosa’
Presidente brasileiro afirmou que o primeiro-ministro de Israel não tem interesse em resolver o conflito no território
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza neste sábado (15). O petista afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tem interesse em resolver o conflito no território e que “ele quer aniquilar os palestinos”. Netanyahu já condenou as falas de Lula sobre o conflito, e diz que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”.
Em fevereiro deste ano, Lula tinha afirmado que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio, e que algo semelhante na história do mundo só ocorreu quando Adolf Hitler resolveu matar os judeus durante o Holocausto. Neste sábado, Lula reforçou o pensamento dele.
“Eu mantenho 150% do que eu falei. Mantenho 150%. E isso aconteceu porque o primeiro-ministro de Israel não quer resolver o problema, ele quer aniquilar os palestinos. Isso é evidente em cada gesto dele, em cada ação dele. Vamos ver se ele vai cumprir a decisão do Tribunal Internacional. Vamos ver se ele vai cumprir a decisão tomada pela ONU [Organização das Nações Unidas] agora”, disse o presidente a jornalistas.
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Lula também disse que os palestinos devem construir sua pátria livremente e conviver “harmonicamente com o povo judeu. Ele voltou a dizer que o acontece hoje na Faixa de Gaza é um “genocídio contra mulheres e crianças”.
“E é triste, mas o tempo se encarregou de provar que eu tinha razão quando eu fiz a crítica no primeiro momento”, frisou.
A fala do presidente aconteceu durante coletiva de imprensa depois da agenda em Puglia, na Itália, com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
‘Lula deveria ter vergonha de si’
Desde a primeira acusação de Lula sobre um genocídio praticado por Israel, Netanyahu tem repreendido a postura do presidente brasileiro.
“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, afirmou o premiê de Israel em fevereiro.
Segundo ele, “comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha”. “Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e fará ao mesmo tempo que defende o direito internacional”, destacou o israelense.
Entidades judaicas
Em fevereiro deste ano, o presidente declarou que a reação de Israel aos ataques do grupo Hamas, na Faixa de Gaza, tem sido “mil vezes mais grave do que os terroristas fizeram”. A afirmação do líder brasileiro ocorreu durante uma entrevista à TV Al Jazeera. Na época, algumas entidades da comunidade judaica no Brasil criticaram Lula pela afirmação.
A fala rendeu uma crise diplomática, e o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, informou que o presidente brasileiro passou a ser “persona non grata” no país. Ele exigiu um pedido de desculpas de Lula, o que não foi feito. Desde então, as duas nações estão com a relação estremecida.
O IBI (Instituto Brasil-Israel) se posicionou por meio de nota. “O governo brasileiro, infelizmente, preferiu abdicar de uma posição firme, não condenou os ataques, não se solidarizou com as famílias israelenses e optou por dar margem para dúvidas sobre o que se passou na madrugada de ontem. Sob os olhos do mundo, não pairam dúvidas sobre o acontecido”, disse a entidade.
Já a Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou a fala. A instituição classificou a afirmação como “distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.
“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz a Conib.
A entidade criticou a posição do governo brasileiro em relação ao conflito. “Uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira”, afirma o texto.
O presidente do Yad Vashem (o memorial do Holocausto em Jerusalém), Dani Dayan, também se posicionou. Segundo ele, a declaração de Lula é uma “escandalosa combinação de ódio e ignorância”. Dayan disse que, segundo a definição da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), as falas do chefe do Executivo brasileiro são “clara expressão antissemita”.
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Homem atropela multidão em Carnaval; há pelo menos 2 mortos
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Cristiano não viaja ao Irã por risco de receber 99 chibatadas
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Cristiano Ronaldo está na rota de seu 100º gol – Instagram/@alnassr
Astro português será desfalque do Al-Nassr em Teerã por possível punição por adultério, de acordo as leis locais, informou o diário espanhol ‘Marca’
Placar
Cristiano Ronaldo será desfalque do Al-Nassr no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Ásia por um motivo inusitado. A equipe da Arábia Saudita encara nesta segunda-feira, dia 3, Esteghlal, do Irã, país onde o astro português pode ter problemas ao entrar.
De acordo com jornais estrangeiros como o Marca, da Espanha, Cristiano não viajou a Teerã, pois poderia ter de enfrentar uma punição de até 99 chibatadas por uma atitude que pode ser configurada como adultério nas leis locais.
Especial: O papel do futebol na abertura da Arábia Saudita ao mundo
O denúncia se refere a um caso de 2023, quando Cristiano Ronaldo, na véspera de uma partida contra outro clube iraniano, o Persépolis, foi gravado dando um abraço e um beijo na testa de Fatemeh Hammami Nasrabadi, uma artista iraniana que sofre de uma deficiência e pinta com os pés.
De acordo com a lei iraniana, o gesto pode ser considerado adultério, pois apenas o marido pode beijar sua esposa. PLACAR procurou o Al-Nassr para confirmar a história, mas não teve retorno até o momento. Titular absoluto e na rota de seu milésimo gol, CR7 não consta na lista de relacionados divulgada pela equipe de Riade.
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Batida entre dois ônibus deixa mais de 30 mortos na Bolívia
Um choque entre dois ônibus de passageiros deixou pelo menos 37 mortos e 30 feridos neste sábado (1º) em uma estrada próxima da cidade de Uyuni, em Potosí, no sul da Bolívia, informou a polícia à AFP.
O acidente, o mais grave deste ano, ocorreu em uma estrada estreita de mão dupla entre Potosí e Oruro na madrugada deste sábado.
“Até o momento, temos 37 mortes já confirmadas, 35 adultos e duas crianças”, afirmou o coronel Wilson Flores à AFP. São “30 feridos aproximadamente”, acrescentou o oficial.
As causas do acidente não foram confirmadas, mas a polícia detalhou que um dos veículos teria invadido a faixa contrária.
De acordo com as autoridades, um dos motoristas, que está em estado grave, apresentava “hálito alcoólico”, por isso foi submetido a um exame de sangue para comprovar se estava dirigindo embriagado.
Um dos veículos se dirigia à cidade de Oruro, onde se celebra neste fim de semana o Carnaval de Oruro, uma das maiores festas da América Latina, que atrai dezenas de milhares de pessoas.
Nas estradas da Bolívia morrem cerca de 1.400 pessoas por ano, principalmente por imprudência dos motoristas e falhas mecânicas, segundo números do Ministério de Governo.
Neste ano, 64 pessoas morreram em acidentes de trânsito até o final de fevereiro apenas em Potosí, informou a polícia em um relatório anterior ao acidente deste sábado.
Em fevereiro, 29 pessoas morreram quando um ônibus caiu por um abismo de 800 metros na localidade de Yocalla, também em Potosí.
Potosí concentra 10,6% de todos os acidentes de trânsito com mortos, de acordo com o Observatório Boliviano de Segurança Pública.
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