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Ligação com PCC: operação prende dirigentes de empresas de ônibus
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) realiza nesta terça-feira (9) uma operação contra duas organizações criminosas suspeitas de lavar dinheiro para o PCC por meio do transporte público na capital paulista. Quatro dirigentes de empresas de ônibus foram presos.
A operação intitulada “Fim da Linha” investiga duas empresas de ônibus, a Upbus e a Transwolff (também conhecida como TW), que transportam quase 700 mil pessoas por dia e que receberam mais de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo.
Agentes tentam cumprir quatro mandados de prisão e 52 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª e pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
Até o momento, foram presos Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, dono da Transwolff; Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff; e Joelson Santos da Silva e Elio Rodrigues dos Santos, presos em flagrante por porte de arma.
A Prefeitura de São Paulo informou que as operações das empresas investigadas serão mantidas normalmente e os empregos serão preservados. A SPTrans deverá assumir as linhas.
“Hoje a operação [de ônibus] está 100% ativa na cidade de São Paulo desde a manhã, uma vez que também as autoridades policiais não retiveram os veículos, pelo contrário, colaboraram com a cidade de São Paulo permitindo a saída de todos os veículos que estavam nas garagens dos três contratos”, disse Gilmar Pereira Miranda, secretário Executivo de Transporte e Mobilidade Urbana.
“A prefeitura está atuando para que não haja prejuízo no transporte aos passageiros e reitera que já havia pedido para que a CGM (Controladoria Geral do Município) apurasse o envolvimento dessas empresas com o crime organizado”, afirmou.
O MPSP estima que são 29 pessoas envolvidas, dentre as quais a Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões para pagamento de danos morais coletivos.
A operação é uma força-tarefa que envolve o MPSP, junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Polícia Militar (PM), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Receita Federal, e mobilizou 64 membros do MPSP, 43 da Receita Federal, 20 viaturas, dois agentes do CADE e 340 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque, com 106 viaturas, além de agentes de inteligência da PM.
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Fonte: Nacional
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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