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Justiça recebe denúncia do MP-AC contra policial penal que matou companheira com tiro na cabeça

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Acusado tem 10 dias para apresentar advogado de defesa contra acusação de feminicídio. Mulher foi morta no dia 11 de março.

Erlane foi morta com um tiro na cabeça disparado pelo marido — Foto: Arquivo pessoal

Por Tácita Muniz, G1 AC

Foi dado mais um passo no processo contra o policial penal Quenison Silva de Souza. A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público do Acre contra ele, que matou a companheira Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, com um tiro na cabeça no dia 11 de março

Os dois brigaram depois de chegar da casa de um amigo. O sobrinho dela, de 13 anos, que estava passando uma temporada com o casal, ouviu a briga e é testemunha do processo.

O acusado foi denunciado pelo MP por feminicídio e a juíza Luana Campo, da 1ª Vara Criminal, deu 10 dias para que o acusado apresente um advogado.

“Recebi a denúncia, agora ele vai ser citado para responder à acusação, que é aquela defesa preliminar. Pra isso, ele tem 10 dias, se ele não constituir um advogado nesses 10 dias, eu nomeio um dativo pra ele, que vai fazer sua defesa nas alegações preliminares e aí, se ele não alegar nada, a gente agenda a primeira audiência de instrução, onde serão ouvidas as testemunhas e ele será interrogado”, explica a magistrada.

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Passada esta primeira fase, as partes envolvidas no processo fazem as alegações finais e a juíza faz a pronúncia do acusado. “Depois da pronúncia, vem os recursos e só quando transita em julgado a decisão de pronúncia é que ele poderá ser levado a júri popular”, pontua.

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O laudo, anexado ao processo, aponta vários hematomas no corpo de Erlane. Além disso, revela que o tiro da pistola PT100 foi dado à uma curta distância.

O policial penal está preso no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco. Ele chegou a passar alguns dias internado no Hospital de Saúde Mental (Hosmac), mas a Justiça determinou que ele voltasse ao presídio.

O processo aponta que o acusado demonstra abalo emocional depois do ocorrido e que, por isso, foi atendido por um médico psiquiátrico e que toma medicação prescrita pelo profissional. a reportagem tentou ouvir novamente a família, que informou que não vai se posicionar sobre o caso.

Quenison Silva de Souza, de 39 anos, diz que tiro foi acidental durante discussão — Foto: Arquivo pessoal

O crime

O policial penal Quenison Silva de Souza foi preso e indiciado por feminicídio por matar a companheira Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, com um tiro na cabeça. O crime ocorreu na noite de 11 de março na casa do casal no bairro Estação Experimental, em Rio Branco.

À polícia, Souza afirmou que o tiro foi acidental. Dois dias após o crime, ele deu entrada no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac). Em ofício destinado à Justiça, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) justificava a internação do policial apenas por “necessidades psicológicas”, sem detalhar. Mas, a Justiça determinou que ele fosse recolhido novamente no presídio.

A reportagem teve acesso a um relatório psicossocial feito por uma psicóloga do Tribunal de Justiça, que aponta que:

“Seus sentimentos são de intensa dor e arrependimento no que diz respeito ao ocorrido. Se sente culpado e em extrema vergonha perante sua família e seus amigos. Não consegue aceitar que uma tragédia como essa teve sua pessoa como responsável, pois sempre foi muito responsável com sua arma e com suas obrigações de esposa e pai de família.”

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Justiça do Acre mantém condenação de integrantes da “Tropa do Mantém” por roubo de caminhonetes e sequestro

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Sete criminosos foram sentenciados a mais de 120 anos de prisão; quadrilha agia em Rio Branco e tinha conexões com outros estados, incluindo a Bolívia.

Foto: Reprodução/TV 5

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) confirmou a condenação de sete integrantes da quadrilha conhecida como “Tropa do Mantém”, especializada em roubos de caminhonetes na capital Rio Branco e com atuação interestadual. Os criminosos, condenados a mais de 120 anos de prisão, tiveram o recurso de defesa negado por unanimidade.

O caso remonta a 14 de dezembro de 2022, quando a quadrilha invadiu uma residência no bairro Cadeia Velha, rendendo quatro membros de uma família. Além de joias, dinheiro e celulares, os criminosos levaram dois veículos: um HB20 e uma caminhonete Hilux. As vítimas foram mantidas reféns por quase quatro horas em uma área de mata na estrada de Porto Acre, sendo libertadas somente após a Hilux ser levada para a Bolívia.

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões da Polícia Civil, resultaram na prisão e condenação de Juan Carlos Souza da Silva, Kennedy Ronaldo de Souza Moreira, José Paulo Germana Ferreira, Diego Silva Santos da Luz, Marco Nascimento de Freitas, Izaquiel Martins de Souza e Hudson de Belo Braga. Cada um foi sentenciado a 16 anos e 26 dias de prisão.

A defesa dos réus tentou reverter a decisão, alegando falta de provas, mas o recurso foi rejeitado. O desembargador Elcio Mendes, relator do processo, afirmou que as evidências apresentadas confirmam a participação dos acusados nos crimes, não havendo motivos para anular a sentença.

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Adolescente de 16 anos é morto na frente da namorada no bairro Taquari

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Foto: Davi Sahid/ ac24horas

José Ribeiro da Silva, de 16 anos, foi agredido e morto com um golpe de faca em via pública na noite desta segunda-feira (3), na Rua do Passeio, no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo informações da Polícia, José estava com sua namorada, identificada como Juliane, em frente a uma residência quando dois criminosos não identificados se aproximaram em uma motocicleta, pararam e começaram a agredi-lo com golpes de capacete. Em seguida, um dos agressores, insatisfeito, sacou uma faca e desferiu um golpe na lateral esquerda do abdômen da vítima. Após a ação, os criminosos fugiram.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, e tanto uma ambulância básica quanto uma de suporte avançado foram enviadas ao local. José recebeu os primeiros atendimentos, mas não resistiu ao ferimento e morreu dentro da viatura do SAMU.

O corpo de Ribeiro foi levado pela própria ambulância do SAMU ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavericos.

A área foi isolada por Policiais Militares do 2° Batalhão para a realização da perícia criminal. Em seguida, os Policiais colheram informações e realizaram patrulhamento na região em busca dos criminosos, mas eles não foram encontrados.

O caso segue sob investigação dos Agentes de Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, ficará sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Chacina em Porto Velho: Seis pessoas assassinadas em assentamento

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Na tarde desta segunda-feira (3), a Polícia Militar classificou a chacina ocorrida no assentamento Tiago Campim dos Santos, na zona rural de Porto Velho, como uma ação coordenada e premeditada. Os corpos de seis pessoas foram encontrados, todos com múltiplos ferimentos; cinco deles pertenciam à mesma família, enquanto uma vítima ainda não foi identificada. Entre os mortos estão Patrícia Krostrycki, sua filha Lorraine Krostrycki da Silva, o genro Rafael Garcia de Oliveira, além dos irmãos Thiago e Luan Krostrycki.

Ao chegarem ao local, os policiais relataram que a região é marcada pela presença de movimentos sociais, como a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e os Sem Terra, e possui um histórico de crimes violentos. As características das lesões nos corpos e a forma como foram dispostos indicam a atuação de um grupo organizado.

No local, foram encontradas duas motocicletas abandonadas, que podem estar relacionadas aos autores do crime. A Polícia Civil já iniciou investigações, coletando depoimentos de moradores e analisando câmeras de segurança para elucidar o caso. A comunidade vive um clima de medo e insegurança, pedindo justiça e medidas que garantam a proteção dos assentados. Organizações de direitos humanos também expressam preocupação com a crescente violência na região.

 

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