Acre
Justiça mantém penalidade a PM que postou ofensas em redes sociais contra autoridades públicas
Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco apontou a transgressão disciplinar de natureza grave, com a publicação de comentários desrespeitosos.
O autor do Processo n°0710256-03.2013.8.01.0001, I.B.B., teve seus pedidos de anulação de penalidade administrativa e indenização por danos morais negados, pois, o Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco compreendeu ter sido proporcional a penalidade administrativa aplicada, em função de o policial militar ter descumprindo normatizações que regem a sua profissão, quando no seu perfil pessoal de sites de relacionamento social foram publicadas mensagens ofendendo autoridades públicas.
A sentença, publicada na edição n°5.929 do Diário da Justiça Eletrônico (fls.60 e 61), da terça-feira (25), é do juiz de Direito Alesson Braz. O magistrado considerou que “(…) cabia ao autor, nos termos do art. 28 da Lei Complementar Estadual nº 164 (Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Acre), ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada, o que não aconteceu na postagem dele na sua página do Facebook. Ele não foi discreto em suas atitudes, nem muito menos na sua linguagem escrita”.
Entenda o Caso
Conforme os autos, o autor foi punido administrativamente a cinco dias prisão disciplinar, por ter cometido transgressão disciplinar de natureza grave, com a publicação de comentários desrespeitosos ao Chefe do Executivo Estadual e a um senador da República. Mas, alegando ter sido injusta tal penalidade administrativa, o policial militar entrou com processo pedindo a anulação da punição administrativa disciplinar e danos morais.
O autor expôs terem sido insuficientes às provas colhidas administrativamente para embasar a penalidade aplicada, pois de acordo com o requerente, foi seu sobrinho o responsável por publicar as mensagens, usando o perfil dele.
O Estado do Acre contestou os pedidos autorais, argumentando ter sido correta a aplicação da penalidade ao autor. O Ente Público considerou proporcional a punição, afirmando “que cabia ao autor o zelo pela sua senha nas redes sociais” e também discorreu sobre a necessidade de disciplina e hierarquia de policiais militares.
Sentença
O juiz de Direito Alesson Braz, titular da unidade judiciária, julgou ser responsabilidade do policial pelo conteúdo publicado por meio de sua conta pessoal. “Comungo do mesmo pensamento da autoridade sindicante, a responsabilidade é do autor de preservar a sua senha, quer que não seja ele que tenha postado as mensagens na sua rede social. Se não foi ele que postou, cabia ao mesmo toda a responsabilidade pelo conteúdo de sua página”, disse Braz.
Na sentença, o magistrado citou as regulamentações que determinam ao militar a subordinação ao governador. “Não há dúvida de que a Polícia Militar é subordinada ao Governador do Estado, conforme previsão do art. art. 144, § 6º, Constituição Federal. Ainda de acordo com o Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Acre, cabia ao autor acatar as autoridades civis, acatar a autoridade do governador do Estado do Acre, chefe da Polícia Militar, bem como a autoridade de um senador República”, concluiu o juiz de Direito.
GECOM – TJAC
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Desde a meia-noite, riozinho do Rôla e rio Acre, em Brasiléia, não param de subir

Foto: Rio Acre em Brasiléia I Defesa Civil Municipal/divulgação
O rio Acre, em Brasiléia, e o riozinho do Rôla, em Rio Branco, continuam em ascensão neste sábado (15), influindo diretamente no volume das águas em Rio Branco. As informações são do Sistema de Alerta de Eventos Críticos – SACE, do Serviço Geológico do Brasil – SGB.
De acordo com os dados da plataforma, à meia-noite de hoje (15), na estação da comunidade do Espalha, o riozinho do Rôla mediu 10,07m, enquanto às 8h15 já media 10,14m, o que representa subida de 7 centímetros. Já na estação de monitoramento mais próxima a Rio Branco, o manancial media 15,59m à meia noite, enquanto às 8h15 chegou a 15,83m, um aumento de 24 centímetros.
O rio Acre em Brasiléia, cujo as águas chegam à Rio Branco, media 7,91m às 00h00, mas às 11h15 chegou a 8,68m, uma diferença de 77cm, resultando numa aproximação da cota de atenção, que é de 8,80m.
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Moradores do bairro 6 de Agosto apelam às autoridades: “estamos abandonados”
O Bairro Seis de Agosto, localizado na capital acreana, está entre as áreas mais atingidas pela cheia do Rio Acre. No Beco Travessa da Nossa Senhora de Nazaré, situado na Rua Primeiro de Maio, famílias enfrentam a subida das águas, que já invadem quintais e casas, colocando em risco a vida de moradores, incluindo crianças, idosos e animais.
Jonatas, morador do beco, entrou em contato com o ac24horas neste sábado, 15, para pedir socorro às autoridades. Ele conta que sua família, incluindo um sobrinho de 4 anos, uma irmã de 13 e sua mãe, estão em perigo. “Meu pai se recusa a sair de casa, mas o resto de nós precisa de ajuda. Ligamos para os bombeiros, mas ninguém vem. Estamos abandonados”, desabafa.
O morador enviou um vídeo ao ac24horas para mostrar a situação. No vídeo, é possível constatar que apesar da casa ser elevada às águas do rio Acre já invadiram o terreno.
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Mais de 140 pessoas já estão no abrigo do Parque de Exposições neste sábado
Com a elevação do nível do Rio Acre, que na manhã deste sábado, 15, atingiu 15,64 metros, a movimentação no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, aumentou significativamente. O local, que funciona como abrigo para as famílias afetadas pela cheia, recebeu um grande fluxo de novos desabrigados durante a madrugada.
O diretor de Assistência Social e coordenador das equipes no Parque de Exposições, Ivan Ferreira, destacou em entrevista ao ac24horas Play a atuação da Prefeitura de Rio Branco no acolhimento dessas famílias.

Foto: David Medeiros/ac24horas
“Nós tivemos uma subida significativa do rio de ontem pra hoje e, durante a madrugada, recebemos quase 15 famílias de vários bairros de Rio Branco. Gostaria de destacar aqui o bairro Ayrton Senna, Cadeia Velha e Seis de Agosto, que estão com maior frequência aqui no Parque. Isso demonstra o compromisso do secretário João Marcos Luz e do prefeito Bocalom no acolhimento imediato às famílias afetadas pela cheia do Rio Acre”, afirmou.
Atualmente, o abrigo conta com 51 famílias, totalizando 143 pessoas, incluindo cinco cadeirantes, que necessitam de atendimento especializado. Segundo Ivan, além do espaço seguro, a Prefeitura também garante refeições e kits de higiene para os desabrigados.
“Além de acolher, a Prefeitura de Rio Branco, por intermédio da nossa secretaria, também garante café da manhã, almoço, jantar, kits de limpeza e de higiene, além de fraldas para as crianças. Toda a equipe de benefícios está mobilizada para oferecer o necessário e garantir dignidade às famílias abrigadas no Parque” acrescentou.
O número de famílias no abrigo cresceu rapidamente. Somente nesta manhã deste sábado, 15, a Defesa Civil registrou mais de 60 chamados, indicando que mais pessoas precisarão de assistência nas próximas horas.
“Na medida em que o número de famílias aumenta, reforçamos também o efetivo da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. Temos duas equipes atuando 24 horas, uma no turno das 7h às 19h e outra das 19h às 7h. Cada equipe conta com assistentes sociais e psicólogos para garantir atendimento imediato. Ao chegar, as famílias passam por triagem, fazemos um levantamento socioeconômico e, se houver animais, encaminhamos para os abrigos apropriados” explicou o coordenador.
Muitas famílias conseguiram trazer alguns de seus móveis e pertences, que estão sendo armazenados no Parque de Exposições com identificação e segurança. “Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer aos servidores da Emurb, que estão aqui 24 horas por dia. Ao chegarem, os móveis são inventariados, embalados e armazenados corretamente, garantindo segurança para as famílias que trazem seus pertences”, disse Ivan Ferreira.
Outro ponto de atenção foi o acolhimento de animais de estimação e de criação, como galinhas e patos. Ferreira explicou que a Prefeitura organizou um espaço específico para esses animais.
“A senhora que você citou, que tinha várias galinhas, já foi acomodada no espaço da Zoonoses. Abrimos um local apropriado, e as aves já estão todas acomodadas lá”, afirmou.
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