Cotidiano
Juiz determina reconstituição da morte de vendedor de picolé baleado por policial penal no Acre
Após audiência instrução na segunda-feira (5), juiz deferiu pedido da defesa do policial Alessandro Rosas Lopes para que seja feita reprodução simulada dos fatos e deu prazo de 15 dias para cumprimento.

Policial penal que matou vendedor de picolé segue preso no Bope — Foto: Arquivo
Por Iryá Rodrigues
O juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, determinou a reconstituição da cena de crime que resultou na morte do vendedor de picolé Gilcimar da Silva Honorato, de 38 anos, no dia 12 de dezembro do ano passado, no Conjunto Esperança, em Rio Branco.
A decisão foi publicada após audiência de instrução e julgamento que ocorreu na segunda-feira (5). O pedido de reconstituição foi feito pela defesa do policial penal Alessandro Rosas Lopes, denunciado pelo Ministério Público (MP-AC) e apontado como responsável pelos disparos que mataram o picolezeiro.
O magistrado atendeu ao pedido e determinou que o Instituto Criminalista seja notificado para elaboração da reprodução simulada dos fatos em um prazo de 15 dias. Na decisão, o juiz pediu ainda que os vídeos das testemunhas ouvidas nas audiências sejam encaminhados ao instituto para embasar a reconstituição e determinou que o acusado continue preso.
A reportagem entrou em contato com o advogado do policial penal, Maxsuel Maia, que informou que deve comentar sobre o caso ainda nesta quinta (8).
Na última audiência, que ocorreu nessa segunda, foram ouvidas duas testemunhas de defesa do caso. Por conta da pandemia da Covid-19, a audiência ocorreu por videoconferência. O réu só deve ser ouvido em juízo após a conclusão da reprodução dos fatos. No dia 22 de março já havia ocorrido uma audiência do caso, onde foram ouvidas sete testemunhas. Por conta do tempo, foi preciso marcar a segunda audiência do dia 5 de abril.
Habeas corpus negado
A Câmara Criminal negou novamente, por unanimidade, o pedido de habeas corpus feito pela defesa do policial penal Alessandro Rosas Lopes. O recurso foi julgado na sessão do último dia 4 de março. O relator da matéria, desembargador Pedro Ranzi, pontuou que a prisão preventiva imposta ao policial está “devidamente fundamentada” e, segundo o magistrado, se apresenta como “adequada, útil e necessária”.
O pedido liminar de habeas corpus já havia sido negado pela Câmara Criminal no último dia 8 de fevereiro. No julgamento, o voto do relator foi acompanhado pelos demais magistrados. O policial segue preso no Batalhão de Operações Especais (Bope).
Em matéria publicada no último dia 10 de fevereiro, o advogado de Lopes, Maxsuel Maia chegou a dizer que a defesa iria entrar com um novo habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Na visão da defesa, a prisão é desnecessária e ilegal. O Alessandro é tecnicamente primário, possui residência fixa, é servidor público há mais de 12 anos e sua liberdade não representa risco algum ao processo. O desembargador Pedro Ranzi é o relator do pedido e acaba de negar a liminar. Contra essa medida, subiremos um novo habeas corpus ao STJ, pedindo a superação da súmula 691 do STF, já que a decisão afronta os entendimentos pacificados do STJ e STF. Depois disso, faremos a sustentação oral do mérito aqui na Câmara Criminal. Temos ciência de que o caso envolve grande repercussão, mas não mediremos esforços para que a Justiça seja feita. É o que queremos: Justiça”, disse o advogado.

Vendedor de picolé Gilcimar Honorato foi morto no último dia 12 de dezembro do ano passado em Rio Branco — Foto: Arquivo
Conclusão do inquérito
O inquérito sobre o crime foi encaminhado à Justiça no final de dezembro do ano passado e a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Acre (MP-AC), no dia 12 de janeiro. O processo corre na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. A denúncia acusa Lopes por homicídio por motivo torpe e crime hediondo.
Em decisão assinada da pelo juiz Alesson Braz, no dia 14 de janeiro, a justiça recebeu a denúncia contra o policial e determinou a citação dele para responder às acusações.
Denúncia do MP
Na denúncia, o MP aponta que, segundo os autos, nos momentos que antecederam a morte do vendedor de picolé, ele e o policial discutiram dentro de um bar, o que motivou a vítima a se armar com uma faca.
“Somente depois de ser esbofeteado pelo denunciado, veio a investir contra ele, atingindo o ombro, provocando a lesão de natureza leve e empreendendo fuga em seguida. Por sua vez, enquanto a vítima já se encontrava em fuga, o denunciado buscou uma arma de fogo em seu veículo e iniciou uma perseguição à vítima, vindo a alcançá-la, efetuando contra ela dois disparos na região posterior do corpo (costas)”, destacou o promotor na denúncia.
“A vítima foi encaminhada para o Pronto Socorro, todavia, não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito. O denunciado agiu com torpeza, eis que motivado por vingança relativa a uma agressão pretérita e no momento em que a vítima já se encontrava em fuga, não mais oferecendo-lhe qualquer perigo atual ou eminente”, continuou.
O documento do MP destacou ainda que as evidências para enquadrar o policial penal estão no inquérito policial, assim como no laudo cadavérico. Ainda segundo o MP, o policial se manteve calado durante depoimento policial.
Dois dias após o crime, a Justiça converteu para preventiva a prisão em flagrante do policial penal.
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Preso por rebelião e homicídios, “Marechal” tem nova preventiva decretada por execução em lanchonete
Railan Silva dos Santos, que cumpre pena em presídio federal, é acusado de mandar matar Tássio Cleiton Ferreira em crime ocorrido em 2017; Justiça nega habeas corpus
O detento Railan Silva dos Santos, conhecido como “Marechal”, teve a prisão preventiva decretada no último dia 10 por envolvimento na execução de Tássio Cleiton Ferreira, assassinado a tiros enquanto trabalhava em uma lanchonete no bairro São Francisco, em Rio Branco, no ano de 2017. A ação criminosa ocorreu diante de clientes, da esposa e dos filhos da vítima.
Segundo investigação da Delegacia de Homicídios, Railan e Selmir da Silva Almeida teriam sido os mandantes do crime. O mandado foi cumprido no Presídio Federal da Papuda, em Brasília, onde Railan já está detido por outras acusações.
A defesa de Railan ingressou com pedido de liminar em habeas corpus contra a decisão do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, alegando que ele nega envolvimento no homicídio e que a denúncia partiu da delação de um integrante de facção criminosa ligada ao tráfico. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça do Acre, que considerou ausentes os requisitos legais para concessão da liminar.
De acordo com o Ministério Público do Acre, Railan também foi apontado como líder da rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco. O motim deixou cinco mortos, três deles decapitados. Imagens do circuito interno mostram o detento portando armas e articulando com outros presos.
Em setembro do mesmo ano, Railan e mais 13 envolvidos na rebelião foram transferidos para o presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
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Flamengo: desempenho ofensivo diminui drasticamente após o Carioca
Equipe passa dois jogos sem marcar gols pela primeira vez em 2025 sob comando de Filipe Luís

LDU e Flamengo se enfrentaram em Quito, pela Libertadores • Divulgação/ X Libertadores
A falta de eficiência na “hora H” tem sido apontado como um dos problemas do Flamengo nos inícios de Brasileirão e Libertadores.
Nos últimos dois jogos, por exemplo, o time de Filipe Luís não fez gols contra Vasco e LDU-EQU pelas respectivas competições. Os números apontam a queda na efetividade do setor ofensivo desde o fim do Campeonato Carioca.
Desde o título estadual, o Flamengo disputou oito partidas e marcou 13 gols, uma média de 1,63 por jogo. Desses oito compromissos, cinco foram pelo Brasileirão e três pela Libertadores.
Na primeira parte da temporada, que inclui 10 jogos do Carioca com o time principal e a Supercopa do Brasil, foram 25 gols em 11 partidas, o que representa uma média de 2,27 gols por jogo.
O nível de enfrentamento na Série A e na Copa, é claro, ajuda a explicar a queda. Contra o Vasco, Filipe Luís ressaltou a atuação de Léo Jardim, que fez defesas importantes no Maracanã.
Diante da LDU, em Quito, o time adotou uma postura diferente ao longo da partida no Casa Blanca por conta do desgaste proporcionado pelos 2.850 metros acima do nível do mar.
A série contra Vasco, pelo Brasileirão, e LDU, pela Libertadores, marca apenas a segunda vez desde o início do trabalho de Filipe Luís sem o Flamengo marcar gols em jogos consecutivos.
A primeira sequência foi ainda em outubro de 2024. Na terceira e quarta partida de Filipe Luís no comando do time, o Flamengo perdeu para o Fluminense por 2 a 0 pelo Brasileirão, e, na sequência, empatou sem gols com o Corinthians, pela Copa do Brasil.
Os próximos jogos do Flamengo
- 27/4 – Flamengo x Corinthians, no Maracanã (Brasileirão)
- 1/5 – Botafogo-PB x Flamengo, no Castelão (Copa do Brasil)
- 4/5 – Cruzeiro x Flamengo, no Mineirão (Brasileirão)
- 7/5 – Central Córdoba, em Santiago del Estero (Libertadores)
- 10/5 – Flamengo x Bahia, no Maracanã (Brasileirão)
- 15/5 – Flamengo x LDU, no Maracanã (Libertadores)
Fonte: CNN
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Entenda por que Neymar é crucial em negociação por novo técnico da Seleção
Meia-atacante do Santos terá papel na escolha do nome

Neymar segue em recuperação de lesão na coxa • Vitor Silva/CBF
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vive dias decisivos pela escolha do novo treinador da Seleção Brasileira.
Ancelotti e Jorge Jesus são os principais cotados para assumirem o cargo, deixando por Dorival Júnior no início de março, após sequência de resultados negativos.
Quem está de olho na contratação é Neymar, lesionado no momento, mas esperança do Brasil para a próxima Copa do Mundo. O jogador, inclusive, terá papel importante na escolha.
Como Neymar influencia na escolha?
O CNN Esportes apurou que o camisa 10 foi consultado pela CBF sobre o novo treinador da Seleção. O movimento é visto como natural, diante do status de referência do craque na Amarelinha, mas também é válido destacar que jogador não tem o poder do veto nas negociações.
Neymar prefere a escolha de Ancelotti, que também é o preferido do presidente Ednaldo Rodrigues.
A relação estremecida do meia-atacante com Jorge Jesus, com quem teve poucas oportunidades e viveu cenário “frio” nos bastidores do Al-Hilal, naturalmente, pesou na hora de opinar.
Momento de definição
Os próximos dois dias serão fundamentais para a CBF, que segue em compasso de espera para abrir negociações com os nomes escolhidos.
Na sexta-feira (25), Jorge Jesus disputa as quartas de final da Champions Asiática pelo Al-Hilal, enquanto Ancelotti encara o Barcelona na final da Copa do Rei da Espanha, no sábado (26).
Quem perder primeiro, certamente, será consultado para entender os próximos passos das tratativas.
Fonte: CNN
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