Policiais militares do Batalhão de Fronteiras estão no local para buscar informações detalhadas da chacina. Foram assassinados quatro homens e duas mulheres.
Acre
Jovem de 15 anos morto após sair de escola no AC teria feito símbolo de facção durante live: ‘Na inocência’, diz família
Familiar que preferiu não se identificar afirma que Júnior Henrique Miranda, de 15 anos, teria feito sinal de facção criminosa de brincadeira, e foi morto por grupo rival. Ainda segundo parente, o jovem teria pedido desculpas logo depois, mas ainda assim foi morto.
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Júnior Miranda, de 15 anos, foi morto após sair de escola em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal
O adolescente Júnior Henrique Miranda, de 15 anos, morto na última quarta-feira (12), depois de sair da aula, na Escola Estadual Antônia Fernandes, no bairro Santa Inês, em Rio Branco, foi vítima da violência entre facções criminosas. De acordo com um familiar do rapaz, que preferiu não se identificar, o jovem não tinha envolvimento com grupos, mas teria feito um gesto referente a um deles durante uma live com amigos em uma rede social.
Ainda segundo o parente, membros de um grupo teriam visto o conteúdo, e entraram em contato com o rapaz para questioná-lo. Ele chegou a pedir desculpas, mas ainda assim essa teria sido a causa do assassinato.
Não ficou claro se o símbolo feito pelos estudantes seria de um grupo rival ao que teria cometido o crime.
“Junto com uns amigos de escola, decidiram por conta própria fazer o gesto, mas foi brincadeira. Ele ainda pediu desculpas, tentou resolver do jeito dele, na inocência. Mas aí no dia, chamaram ele pra um canto, e ele, sem maldade, foi, porque convivia com essas pessoas que chamaram. Na verdade, ele teria dito que os amigos decidiram fazer a live com o celular dele”, contou.
O g1 entrou em contato com o delegado Alcino Junior, que coordena as investigações do caso, mas não recebeu retorno até esta publicação. Porém, de acordo com a família, a linha de investigação da Polícia Civil tem sido a de que a live teria motivado o crime.
Jovem era estudioso e trabalhador
De acordo com o familiar de Júnior, os pais do jovem são naturais do Paraná, onde a mãe dele ainda mora. Ainda conforme o relato, o jovem se dedicava aos estudos e no período da tarde trabalhava junto com o pai.
O parente também conta que o jovem já estava receoso após receber mensagens dos supostos criminosos por conta da live, e pediu para mudar de escola, mas não contou o motivo à família.
“Ele era muito estudioso, tinha a bicicleta dele, o telefone dele, e trabalhava à tarde, tinha o salário dele.”, disse.
A família espera por justiça, mas ressalta ainda que casos de violência como esse causam descrença.
“Essas pessoas não estão nem aí para nada. As famílias que têm a perder. A Justiça no Acre se acovardou e não dá resposta à altura. A polícia conhece esses bandidos, mas não adianta entregar na Justiça, porque o sistema é falho”, desabafou.
Crime
Júnior Miranda foi um dos estudantes mortos de forma violenta na última semana. O jovem morreu depois de sair da aula, na Escola Estadual Antônia Fernandes, por volta das 11h20.
Testemunhas que presenciaram o crime, entre elas estudantes e colegas da vítima, falaram que o adolescente foi chamado para um beco, onde há uma passarela que liga os bairros Santa Inês e Recanto dos Buritis, por alguns rapazes.
Essas pessoas teriam ouvido o aluno ser questionado sobre uma live. Contudo, o conteúdo dessa live não foi descoberto.
Na passarela, o adolescente levou um tiro na cabeça e morreu no local. Os criminosos fugiram antes da chegada da polícia, que foi acionada por populares.
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Acre
PM confirma chacina de 6 pessoas em assentamento da área rural de Porto Velho
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Acre
Amazonas, Acre e Rondônia estão em alerta laranja para chuvas intensas, ventos de 60-100 km/h e risco de alagamento
O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta laranja para chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h), com início nesta segunda-feira (03) e finalizando na terça-feira (04) às 10h00. Os riscos são: risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Região Norte
– Rondônia: Alto Paraíso, Buritis, Candeias do Jamari, Cujubim, Guajará-Mirim, Itapuã do Oeste, Nova Mamoré e Porto Velho;
– Amazonas: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Canutama, Carauari, Coari, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Manicoré, Pauini, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tapauá e Tefé;
– Acre: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Senador Guiomard, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.
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Acre
Técnicos do SGB fazem manutenção em pontos de monitoramento da bacia do rio Acre
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Foto: Sérgio Vale/ac24horas
Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB), subordinado ao Ministério das Minas e Energia, percorre desde o dia 17 de fevereiro todos os municípios da bacia do rio Acre para dar manutenção nos pontos de monitoramento responsáveis pela medição do nível do rio. Nesta segunda-feira de Carnaval, 3, a equipe do SGB, cuja sede é em Porto Velho, concluía a manutenção do Plataforma de Coleta de Dados (PCD) localizada junto à ponte Juscelino Kubitschek. No estado, o Serviço recebe apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Wladimir Gomes, responsável técnico pela manutenção dos pontos de monitoramento, diz que qualquer pessoa pode acompanhar as oscilações do rio Acre, de Assis Brasil a Rio Branco, e saber quando haverá elevação ou queda do nível das águas pelo aplicativo Hidroweb, disponível para sistemas Android ou iOS. O mesmo pode ser feito pelo site da Agência Nacional de Águas (ANA) ou pelo site do Serviço Geológico do Brasil.
“É preciso prestar atenção no nível das águas em Assis Brasil para saber quando o rio Acre irá subir. E isso é possível fazer acompanhando pelo aplicativo”, orienta Gomes. Há réguas de monitoramento dos níveis dos rios do Acre em cada um dos 22 municípios.
O Acre faz parte há 20 anos da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Um radar, instalado diretamente na ponte metálica também monitora o rio Acre, enviando dados para uma central, localizada no prédio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que os repete para o satélite.
O nível do rio Acre nesta segunda-feira na primeira medição do dia, às 05h19, era de 10,96m bem distante das cotas de alerta e de transbordamento, de 13,5 e 14 metros, respectivamente.
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