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Janelas partidárias abrem nesta quinta-feira; veja o que pode mudar no Acre

Por Tião Maia
A chamada janela partidária, período previsto em calendário eleitoral para que deputados estaduais e federais, visando às eleições de outubro, podem trocar de partido sem sofrer sanções ou a perda do mandato por “infidelidade partidária”, começa a valer nesta quinta-feira (3) e vai até o dia 1º de abril deste ano.
No Acre, a medida deverá permitir alterações no quadro partidário, fazendo com que pelo menos duas deputadas federais da bancada acreana – Mara Rocha e Vanda Milani – mudem oficialmente de sigla. A medida pode provocar mudanças também na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).
Outros políticos com mandatos, como o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, também podem aproveitar a oportunidade e migrar para outras siglas. Reeleito pelo MDB, o prefeito vinha anunciando que em abril, dentro de 30 dias, renunciaria ao cargo para ser candidato a deputado federal pelo PSD, partido de seu aliado Sérgio Petecão, senador reeleito em 2018 e que em 2022 quer chegar ao governo do Estado tentando atropelar o atual governador, Gladson Cameli, que é candidato à reeleição. O problema é que, nos últimos dias, Mazinho tem dito que, se houver chances de seu nome vir a ser aprovado em prévias internas do partido, ele permaneceria no MDB para disputar o Governo do Estado. Caso não seja indicado, ele deve voltar ao antigo plano de sair do MDB para o PSD e apoiar seu amigo Petecão, conforme já anunciou.
Mara Rocha, eleita pelo PSDB, embora continue filiada ao Partido, continua uma estranha no ninho tucano ao ponto de ter sido impedida de votar nas prévias que indicaram o governador de São Paulo, João Dória, como candidato à presidência, numa tumultuada convenção em Brasília, no ano passado. Imagens da convenção mostram a deputada batendo boca com Manuel Pedro Correia, o “Correinha”, seu ex-aliado e atual presidente regional da sigla, com o qual ela e seu irmão, o vice-governador Major Rocha (PSL), estão oficialmente rompidos.
Pré-candidata ao governo do Estado, Mara Rocha deve aproveitar a janela partidária para, enfim, se filiar ao PL (Partido Liberal). Mas, em relação a isso, Brasília acabou por despejar baldes de água no chope dos irmãos Rocha, com a filiação à sigla do presidente Jair Bolsonaro, que vai disputar à reeleiçao pelo Pl. É que o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, permitiu que o presidente Jair Bolsonaro entregue a sigla PL no Acre a grupo do senador Márcio Bttar (PSL), cuja ex-esposa, Márcia Bittar, é pré-candidata ao Senado e deve ter o PL como sua sigla. Neste caso, Mara Rocha ficaria mais uma vez com sérias dificuldades partidárias, mesmo se deixasse o PSDB. E permanecer no PSDB ela até poderia, mas sem poder disputar cargos, talvez nem mesmo à reeleição por ter quebrado todas as pontes com a direção local e nacional do Partido ao se revelar a mais bolsonarista de todos os bolsonaristas que integram a bancada do Acre no Congresso Nacional. Como diz a música de Paulinho da Viola, “Ninguém volta ao que acabou”.
A deputada Vania Milani, eleita pelo Solidariedade, tem uma situação mais tranquila. Pré-candidata ao Senado, ela deve disputar o cargo pelo Prós, partido ao qual deve se filiar levando também o filho, o médico e secretário de Meio Ambiente, Israel Milani, que deve ser candidato a deputado federal em seu lugar.
Na Assembleia Legislativa, também deverá haver mudanças partidárias com a abertura da chamada janela partidária. Uma delas deverá ser a saída da deputada estadual Maria Antônia, eleita pelo Prós, que passará a ser comandado no Estado pela família Milani, para algum partido da base do Governo Gladson Cameli na Assembleia.
A janela partidária também mexerá no tabuleiro das bancadas na Câmara dos deputados. Entre as mudanças aguardadas, deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro sinalizam que deixarão suas siglas para reforçar a base congressista do mandatário no pleito de outubro deste ano.
Nomes como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Éder Mauro (PSD-PA) e Stephanes Júnior (PSD-PR) são cotados para integrar o Partido Liberal (PL).
De acordo com o deputado federal Junior Bozzella (SP), vice-líder do PSL na Câmara e que já andou pelo Acre tentando aparar arestas locais da sigla, a expectativa é de que a ala bolsonarista que integra a sigla se converta ao PL. Ele relembra que além da oficialização do União Brasil, existe ainda um histórico de disputas internas dentro da sigla após confronto entre o presidente do partido, Luciano Bivar, e o chefe do Planalto.
“A expectativa é que toda a ala mais próxima do presidente deve deixar o PSL a partir de amanhã. É uma ‘dança das cadeiras’ natural da política. É necessário fazer as contas e avaliar cada território estadual, e por isso outros nomes devem aguardar até o final da janela partidária para se manifestar sobre uma saída”, afirmou.
Fortes aliados de Jair Bolsonaro, os congressistas Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis, Carla Zambelli já sinalizaram possível filiação à nova legenda, e devem se movimentar nos próximos dias.
A janle a partidária surgiu do fato de que, no voto proporcional, os mandatos pertencem às siglas. Portanto, mudanças fora do período de janela partidária podem produzir sanções aos políticos, chegando até mesmo à perda do mandato. Por isso, a Justiça Eleitoral estabelece um momento em que as trocas podem ocorrer sem o risco de tais consequências.
As maiores trocas que são esperadas agora referem-se à formação do União Brasil, partido resultante da fusão do DEM com o PSL. Todo o grupo bolsonarista que era filiado ao PSL deve deixar o novo partido, que tem uma posição de independência com relação ao governo.
Após a fusão, o União Brasil tornou-se o maior partido da Câmara, com 81 deputados. Mas se estima que pelo menos 25 deputados alinhados a Bolsonaro devam deixar a legenda rumo ao PL
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Buscas entram no segundo dia por criança de 2 anos desaparecida após colisão de barcos no Rio Tarauacá
Mergulhadores do Corpo de Bombeiros atuam em área de difícil acesso; menina caiu na água após acidente lateral entre embarcações e não foi localizada

Os militares fizeram alguns mergulhos quando perceberam que o nível do rio estava mais baixo ainda no fim da tarde de segunda. Ainda segundo o tenente, a criança ainda não havia sido encontrada até o final da manhã desta terça. Foto: captada
As buscas pela menina Emily Lorrany, de 2 anos, entraram no segundo dia nesta terça-feira (30) no Rio Tarauacá, no interior do Acre. A criança desapareceu após uma colisão entre duas embarcações na segunda-feira (29) no Seringal São Luís, região de difícil acesso entre os municípios de Tarauacá e Jordão.
De acordo com o tenente Marcelo Monteiro Dias, subcomandante do 7° Batalhão do Corpo de Bombeiros, a mãe e as duas crianças estavam em uma bajola (barco artesanal) que colidiu lateralmente com uma canoa. As duas crianças caíram no rio; uma foi resgatada, mas Emily afundou e não foi localizada. O rio está cheio e com muita vegetação flutuante, o que dificulta a operação.
“As duas crianças caíram no rio. Conseguiram tirar uma criança, e a outra, de dois anos, afundou”, acrescentou.
A equipe de mergulhadores chegou ao local apenas às 17h de segunda-feira devido à distância e às condições do rio. As buscas continuam durante todo o dia desta terça-feira na esperança de encontrar a criança.

O acidente foi no Seringal São Luís. Fica entre o Rio Tarauacá e Jordão. Já é a jurisdição de Jordão, mas o corpo de Bombeiros aqui de Tarauacá faz esse atendimento. Foto: captada
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Família pede ajuda para encontrar Raquel Nobre, 37 anos, desaparecida há 19 dias em Rio Branco
Mulher, que tem esquizofrenia e faz uso de medicamentos controlados, foi vista pela última vez no dia 11 de dezembro no bairro Ivete Vargas; parentes suspeitam que ela tenha saído acompanhada

Raquel Nobre não possui celular, o que impede tentativas de contato ou que a localização seja rastreada. A família afirma que a mulher sempre usa vestidos e óculos escuros. Foto: captada
Há 19 dias, a família de Raquel Nobre de Lima, 37 anos, vive um drama em Rio Branco: a mulher desapareceu sem deixar pistas. O último contato ocorreu no dia 11 de dezembro, e desde então ninguém sabe para onde ela foi. A irmã, Olivia Nobre, relatou ao Portal Acre que Raquel deixou a casa onde mora, no bairro Ivete Vargas, sem que ninguém a visse saindo.
Relatos da família:
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Raquel foi vista dias antes do desaparecimento com um senhor de idade no bairro João Eduardo;
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Ela levou alguns pertences, o que faz a família acreditar que possa ter saído acompanhada;
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Raquel é esquizofrênica e faz uso de medicamentos controlados. “Sem os remédios, ela surta”, alerta a irmã;
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Ela não possui celular, o que impede tentativas de rastreamento;
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Costuma usar vestidos e óculos escuros, mas não tem cicatrizes ou tatuagens aparentes.
Busca e apelo:
A família conta com o apoio da Polícia Civil, mas até o momento não há informações concretassobre o paradeiro de Raquel. Parentes e amigos fazem buscas próprias e pedem o apoio da população para qualquer informação que possa ajudar.
Contatos para informações:
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Olivia Nobre: (68) 99909-4108
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Fábio Nobre: (68) 99988-0511
Casos de desaparecimento de pessoas com transtornos mentais exigem agilidade nas buscas, já que podem estar vulneráveis a riscos ou sem condições de procurar ajuda sozinhas.
A Polícia Civil deve divulgar um boletim de ocorrência com a foto de Raquel para ampliar a divulgação. Enquanto isso, a família segue na esperança de que alguém a tenha visto nas ruas da capital ou em municípios vizinhos.
Qualquer informação, mesmo que pareça insignificante, pode ser crucial. A família pede que as pessoas fiquem atentas a mulheres com vestido e óculos escuros que pareçam desorientadas.

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Terça-feira será de calor, tempo abafado e chuvas pontuais em todo o Acre
Sol entre nuvens predomina no estado; temperaturas podem chegar a 34°C em algumas regiões

FOTO: SÉRGIO VALE
O tempo segue quente e abafado em todo o Acre nesta terça-feira (30), com predomínio de sol entre nuvens e ocorrência de chuvas rápidas e isoladas, segundo informações do portal O Tempo Aqui. A influência de instabilidades em áreas da Região Norte e Centro-Oeste do país, especialmente em Rondônia e Mato Grosso, contribui para o cenário climático observado no estado.
Condições por região
No leste e sul do Acre, que abrangem as microrregiões de Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o dia será marcado por sol, variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva, com baixa probabilidade de eventos intensos. A umidade relativa do ar deve variar entre 50% e 60% durante a tarde, chegando a 85% a 95% ao amanhecer. Os ventos sopram fracos ou calmos, predominando do norte, com variações de noroeste e nordeste.
No centro e oeste do estado, incluindo as microrregiões de Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o cenário é semelhante, com tempo quente, abafado e chuvas pontuais. A umidade mínima fica entre 60% e 70% à tarde, enquanto a máxima varia de 85% a 95% nas primeiras horas do dia. Os ventos seguem fracos a calmos, também predominando do quadrante norte.
Temperaturas nos municípios
Em Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, com máximas entre 31°C e 33°C.
Nos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba e Assis Brasil, as mínimas ficam entre 21°C e 23°C, e as máximas entre 31°C e 33°C.
Em Plácido de Castro e Acrelândia, os termômetros devem marcar mínimas de 22°C a 24°C e máximas de 31°C a 33°C.
Para Sena Madureira, Manuel Urbano e Santa Rosa do Purus, a previsão indica mínimas entre 22°C e 24°C, com máximas mais elevadas, podendo alcançar entre 32°C e 34°C.
Em Tarauacá e Feijó, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, e as máximas entre 31°C e 33°C.
No Vale do Juruá, que inclui Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as mínimas ficam entre 22°C e 24°C, com máximas de 31°C a 33°C.
Já em Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão, a previsão aponta mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 31°C e 33°C.

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