Acre
Invasores são retirados de área invadida em Assis Brasil após decisão judicial
A desocupação do local foi pacífica e todos foram notificados do prazo para que retirassem seus pertences do local.

Oficial de justiça contou com o apoio de policiais militares na reintegração de posse da área – Foto: Francisco Manchineri
Com informações de Almir Andrade
Algumas das 280 famílias sem-terra, que ocupavam uma propriedade em Assis Brasil, município distante 342 km da capital Rio Branco, tiveram que desmontar as casas de palafitas e juntaram os pertences, foram obrigadas a deixar o local devido uma liminar que determina a reintegração de posse. A área de terra, de aproximadamente cinco hectares, é de propriedade da Associação de Moradores e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes (Amopreab).
Um oficial de justiça munido de documento assinado pelo Juiz, Dr. Clovis Lodi, após entender que a Associação de Moradores e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes (Amopreab), detém os direitos sobre a área, determinou a reintegração.

Morador diz que famílias foram informadas sobre a reintegração de posse na quarta-feira (30) (Foto: Francisco Manchineri)
A desocupação aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 2. Máquinas e caminhões foram disponibilizados para que retirassem os invasores, para depois derrubasse os que fosse deixado para trás. Todo o trabalho dos oficiais foram acompanhados por homens da Polícia Militar, que garantiu a integridade física dos mesmos. A desocupação do local foi pacífica e todos foram notificados do prazo para que retirassem seus pertences do local.
O prefeito do Município, Humberto Filho, foi até o local e lamentou o caso, uma vez que tentou negociar uma outra área com a Amopreab, para que deixasse os moradores no local. “Se fosse cerca de 10 famílias, seria uma coisa, mas estamos falando de quase 300 que não tem para onde ir. Infelizmente levaram a situação para o lado político e quem sofre com isso são essas pessoas”, lamentou o gestor.
Moradora do local há mais de um ano, a dona de casa Berenice da Silva, de 26 anos, mãe de três filhos, diz que ainda não sabe para onde ir após a saída da terra. “Minhas coisas ainda estão dentro de casa, porque ainda sei o que vou fazer. Já pensei em tudo e não consigo encontrar uma solução. Não tenho para onde ir”, diz.
Cléia Lopes, de 26 anos, também está muito preocupada. Mãe de três filhos, ela diz que vive com a renda de R$ 380 provenientes do Programa Bolsa Família. “Estão querendo demolir minha casa e nós não temos para onde ir. É uma situação muito difícil, são 280 famílias. Precisamos de um lugar, de uma estabilidade”, fala.
O trabalhador rural, Jeferson Severino, de 41 anos, vive em uma das casas com a esposa e oito filhos. Ele diz que está se preparando para tirar as coisas de dentro de casa, mas não sabe para que local vai fazer a mudança. Ele diz que chegou a ajuizar um pedido de prorrogação de prazo para reintegração, mas ainda não teve resposta.
“Vai ter que ser cumprida a reintegração de posse, mas essas famílias não têm para onde ir. Fomos informados sobre a liminar na quarta-feira (30). Não sei o que vou fazer e a maioria das famílias está nessa mesma situação. Alguns moradores ajuizaram um pedido de prorrogação do prazo para que as famílias saíssem sem muitos prejuízos e estamos esperando. As coisas estão difíceis”, acrescenta.
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Acre
Cruzeiro do Sul inicia trabalho paliativo em locais afetados pelas chuvas
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, divulgou um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (5) para relatar os impactos das chuvas intensas que atingiram o município nas últimas horas. A forte precipitação causou danos significativos, incluindo o afundamento de algumas ruas.
No vídeo, Zequinha Lima ressaltou a intensidade da chuva que atingiu Cruzeiro do Sul. Segundo o gestor, o volume elevado de água causou prejuízos e transtornos.”Como vocês mesmos observaram, a chuva realmente foi muito intensa, muito forte, e a chuva, quando ela é nesse nível, pode causar alguns prejuízos e acarretar uma série de transtornos dentro da cidade”, disse.
O prefeito destacou que, ainda na noite anterior, acompanhou a equipe municipal para liberar o local onde estava sendo realizado o carnaval. “Ontem nós acompanhamos com a nossa equipe, e à noite ainda, para poder liberar o local onde estava sendo realizado o carnaval”, pontuou Zequinha.
Pela manhã, a prefeitura mobilizou a equipe técnica da Secretaria de Obras para avaliar os danos e definir as medidas emergenciais. Segundo Zequinha Lima, um bueiro existente na avenida será substituído por galerias pluviais mais robustas.
“Hoje de manhã trouxemos toda a nossa equipe técnica aqui da Secretaria de Obras para que pudesse analisar de fato o que é que tem acontecido aqui. Nós vamos fazer um trabalho paliativo, vamos iniciar daqui a pouco, de maneira que ali nós temos um bueiro naquela avenida, e aquele bueiro vai ser substituído por galerias”, relatou.
O prefeito explicou que a gestão está buscando recursos para viabilizar essa mudança de forma definitiva.
“Então, a gente vai nos preparar para que, em breve, a gente possa ter o recurso suficiente para transformar aquilo ali numa galeria e dar continuidade a esse córrego aqui, que já é todo ele feito de galeria”, destacou.
O gestor também ressaltou que a situação poderia ter sido ainda mais grave, mas que ações preventivas realizadas recentemente ajudaram a minimizar os impactos.
“O problema não foi maior ainda porque vocês perceberam que há poucos dias nós limpamos ali o canal da Avenida Coronel Marcelino. Então, a limpeza fez com que a gente não tivesse tantos prejuízos na parte de cima do córrego da Avenida Marcelino”, encerrou.
Assista ao vídeo:
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Acre
Acre e outros oito estados em alerta por aumento de síndromes respiratórias graves, aponta Fiocruz
Crescimento de casos entre crianças e adolescentes preocupa; especialistas recomendam uso de máscaras e ambientes abertos durante o Carnaval

Dados são do boletim Infogripe da FioCruz/Foto: Reprodução
O Acre está entre os nove estados brasileiros que registraram níveis de alerta, risco ou alto risco para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre 16 e 22 de fevereiro, segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última sexta-feira (28). O estudo revela um aumento significativo de casos em crianças e adolescentes de até 14 anos, principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e no estado de Sergipe.
Além do Acre, as unidades federativas em situação preocupante são Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, destacou que, embora não haja incidência elevada de Covid-19 durante o período do Carnaval, é essencial adotar cuidados para evitar a propagação de vírus respiratórios.
“Em caso de sintomas gripais, como coriza, dor de garganta, febre ou tosse, a recomendação é evitar festas e aglomerações. Outra opção é curtir o Carnaval usando máscara e priorizando ambientes abertos”, orienta Portella.
A especialista também chamou a atenção para o aumento de casos de síndromes gripais em crianças e adolescentes, um padrão já observado em anos anteriores. No entanto, o estado de Goiás merece atenção especial devido ao crescimento associado ao vírus sincicial respiratório (VSR).
Quanto à Covid-19, Portella afirmou que não há áreas de alto risco no momento, mas destacou uma tendência de estabilidade ou oscilação nos números de novos casos, principalmente em estados das regiões Norte, Nordeste e Mato Grosso.
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