Brasil
Inmet: junho terá temperaturas acima da média em grande parte do país
Previsão do Inmet indica temperaturas acima da média na maior parte do país e chuvas concentradas no norte da Região Norte, leste das regiões Nordeste e Sul. Com antecipação da seca, especialistas alertam cenário ruim para a próxima safra
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de junho indica temperaturas acima da média em grande parte do país e chuvas concentradas no norte da Região Norte, leste das regiões Nordeste e Sul.
Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como no sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste da Região Sul, são previstas chuvas próximas e abaixo da média climatológica.
Junho é um período normalmente seco – em especial, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Porém, segundo o agrometeorologista e pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, José Ricardo Pezzopane, o período de seca em 2024 foi antecipado com falta de chuvas desde o mês de abril.
Com as previsões para junho, o especialista aponta que pode haver um agravamento da situação de escassez hídrica.
“As lavouras de segunda safra já estão com produção aquém do esperado e essa falta de água só vem agravar uma situação. De fato, as previsões de junho, que já é uma época que chove pouco, são para chover menos ainda. Então as previsões de junho, de fato, são desanimadoras nesse aspecto”, avalia Pezzopane.
O especialista menciona que o cenário é um sinal para o que pode ocorrer nos próximos meses. “Além de um problema imediato de agora, isso é um alerta para o que vai acontecer em agosto, setembro, quer dizer, isso só vai agravar uma situação que já não está boa.”
Em relação às pastagens, Pezzopane destaca que a escassez de alimentos no pasto para os bovinos pode piorar a partir de junho. “Isso geralmente acontece em agosto, setembro. Este ano, por causa dessa escassez de chuvas desde abril nessas regiões, isso começa a agravar já em junho.”
Cenário ruim para a próxima safra
Para o Brasil 61, o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Daniel Guimarães, gerou mapas de clima durante a safra de milho, avaliou as análises disponíveis no momento e viu as previsões de tempo (até 15 dias) e clima (próximos meses). Segundo ele, o cenário para a próxima safra brasileira é ruim.
“Os principais modelos globais de previsão de clima estão indicando que até o início da próxima safra o Brasil terá chuvas abaixo da média e altas temperaturas, mesmo sob os efeitos do fenômeno La Niña, ou seja, os cenários atuais são péssimos para a próxima safra agrícola brasileira”, afirma Daniel Guimarães.
O esquema abaixo foi feito por Guimarães e mostra as chuvas no Brasil durante as fases de crescimento vegetativo, florescimento e maturação do milho em 2024.
Temperatura
As temperaturas elevadas também podem agravar o cenário da produção agropecuária brasileira. A previsão do Inmet indica que a temperatura deverá ser acima da média em todo o país, principalmente na porção central, em decorrência da redução das chuvas – com possibilidade de ocorrerem alguns dias de excesso de calor em algumas áreas.
O agrometeorologista José Ricardo Pezzopane aponta que a falta d’água no solo, aliada a altas temperaturas, pode ocasionar problemas como o aumento do risco de incêndios nas áreas rurais.
Segundo o pesquisador da Embrapa Café, André Dominghetti, as previsões do Inmet para as lavouras de café, já em cultivo, estão dentro da normalidade, principalmente em relação à precipitação pluvial. Porém, a alta nas temperaturas pode acender um alerta para os produtores.
“Em relação à temperatura, é algo que acaba nos preocupando um pouco mais, porque a temperatura nessa época é mais amena, como nós temos menos disponibilidade de água no solo, a planta não transpira tanto, a taxa de evapotranspiração é menor”, explica Dominghetti.
“Agora, se a gente tem um volume de chuva menor, mas tem uma temperatura acima da média, nós vamos ter taxas de evapotranspiração maiores um pouco, então há uma demanda maior por água e se não tem água no solo, a planta começa a sofrer algum estresse em relação à questão hídrica”, completa.
Milho
De acordo com o Inmet, as previsões podem ter impactos, por exemplo, na safra de grãos 2023/24 para as diferentes regiões produtoras. Segundo informações do instituto, a previsão de chuvas acima da média na faixa norte e leste da Região Nordeste continuará beneficiando a semeadura e o início do desenvolvimento do milho e feijão terceira safras.
Em contrapartida, em áreas do Matopiba (região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a previsão é de chuvas abaixo da média – o que poderá reduzir os níveis de umidade no solo, em especial, nas áreas dos estados do Piauí e Bahia. O Inmet indica que o fato pode ocasionar restrição hídrica para o milho segunda safra.
O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Daniel Guimarães, frisa que a segunda safra de milho no Brasil plantada no início de 2024 foi fortemente impactada pela irregularidade das chuvas e resultou perda de 14 milhões de toneladas na safra atual em relação à safra passada. “Esse número reflete a principal diferença entre a produção de milho na safra 2022/23 estimada pela CONAB em 102 milhões de toneladas e a prevista para essa safra em 86 milhões de toneladas.”
Guimarães ressalta, ainda, que no momento a grande preocupação deve estar voltada para o plantio da próxima safra de grãos (2024/2025) “uma vez que as principais regiões produtoras de grãos do Brasil estão passando por fortes impactos climatológicos”.
Recomendações
Confira algumas recomendações elaboradas por Daniel Guimarães para os produtores rurais enfrentarem o cenário climático para os próximos meses no país:
- Ficar de olho no clima;
- Ter atenção à preservação do solo, que é de fácil degradação e difícil recuperação;
- Evitar a ocorrência de queimadas;
- Proteção corporal: manter boa cobertura da pele (manga longa, chapéu) para evitar os danos causados pela exposição solar.
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No Palácio Rio Branco, vice-governadora Mailza Assis recebe defensores públicos de todas as regiões do país
Nos dias 29 e 30 de janeiro de 2025, a 93ª reunião do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege). Esta é a segunda vez que o estado é escolhido para sediar o evento
A vice-governadora, Mailza Assis, recebeu nesta quarta-feira, 29, gestores da Defensoria Pública de todas as regiões do Brasil. Durante o encontro, no Palácio Rio Branco, a chefe do Executivo Estadual, que também é titular da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), reforçou a parceria entre o governo do Acre e a entidade, pontuou algumas ações conjuntas e afirmou que o trabalho irá continuar em nome dos mais vulneráveis.
O Acre sedia, nos dias 29 e 30 de janeiro de 2025, a 93ª reunião do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege). Esta é a segunda vez que o estado é escolhido para sediar o evento.
“Em nome do governo do Estado, dou as boas-vindas a todos os conselheiros, os defensores e defensoras públicas do nosso Brasil. Para nós, é uma honra receber e compartilhar experiências, e essa junção fortalece o trabalho em prol das pessoas que mais precisam”, destacou Mailza.
Esta é a segunda vez que o Acre recebe o encontro com o objetivo de discutir políticas institucionais e estratégias de fortalecimento da Defensoria Pública.
Simone Santiago, defensora pública do Acre, que encerra seu mandato à frente da instituição, agradeceu o governo pela parceria. “Hoje, a DPE/AC está nos 22 municípios. Em 2024, batemos um recorde histórico de mais de 156 mil atendimentos, superando 2023, que teve em torno de 126 mil: resultado do compromisso do governador Gladson, da vice-governadora e dos nossos parlamentares, grandes parceiros”, enfatizou.
O deputado estadual e juiz aposentado Pedro Longo representou a Aleac e a defensora pública do Ceará, Sâmia Farias, representou o Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Gerais (Condege).
“Parabéns a todos que saem dos seus estados para fortalecer a Defensoria. União, troca de experiências e integração. Vemos nessa parceria com o Judiciário, com o Ministério Público, Legislativo e Executivo um olhar para a sociedade. Estamos numa missão, e quando as instituições se unem, como estamos aqui hoje, quem ganha é a população”, disse Sâmia.
Defensoria fortalecida e garantia de direitos: compromisso da gestão
Em 2024 foi entregue a segunda unidade de atendimento da DPE/AC na capital acreana, localizada na Rua Fátima Maia, nº 150, no bairro Jardim de Alah, a qual conta com ampla estrutura e ambiente confortável.
Uma articulação do governador Gladson Cameli garantiu a aprovação, pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), da lei que permitiu a suplementação e nomeação de 15 novos defensores públicos e ainda de mais um concurso. No início de janeiro, onze defensores públicos tomaram posse.
Outro ponto positivo foi o aumento do percentual orçamentário destinado à Defensoria Pública, que passou de 0,9% para 1,5% durante a gestão Cameli. Este aumento possibilitou melhorias no atendimento à população e no fortalecimento da instituição.
Com novas contratações e investimentos, o Acre é um dos primeiros estados a cumprir a determinação da Constituição Federal, de que todas as unidades jurisdicionais do país deverão contar com defensores públicos em atuação.
No interior, foi inaugurada uma sede em Xapuri, a reforma e manutenção dos prédios em Senador Guiomard, Acrelândia, Tarauacá e Feijó, além do lançamento das unidades em Assis Brasil, Porto Acre, Rodrigues Alves e Manoel Urbano.
Também teve a inauguração de novas unidades em Cruzeiro do Sul, inclusive em novo endereço, para proporcionar mais segurança e conforto aos usuários. Sena Madureira e Plácido de Castro foram entregues em janeiro de 2025.
Os programas sociais também têm sido fortalecidos ao longo da gestão. Iniciativas como Defensores do Futuro e Rede Humanizada de Meninas e Meninos (Rhuamm) foram reconhecidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) como iniciativas viáveis e necessárias. O Programa Defensoria Itinerante ganhou ainda mais destaque com a Carreta da Defensoria, adquirida por meio de emenda parlamentar da então senadora, hoje vice-governadora, Mailza Assis.
Ao final, a vice-governadora recebeu uma placa de homenagem do Condege pelos trabalhos prestados ao estado.
Sobre o Condege
O Condege é uma associação civil de âmbito nacional, que atua como órgão permanente de coordenação e articulação dos interesses da Defensoria Pública em todo o país. A entidade tem como objetivo promover e incentivar boas práticas administrativas e de gestão, visando o aperfeiçoamento institucional.
Com a participação de representantes de todo o país, a 93ª Reunião do Condege destaca o protagonismo da Defensoria Pública do Acre no cenário nacional e reafirma o papel da instituição como um dos pilares na luta pelo acesso igualitário à Justiça. Ao final do encontro, espera-se que as deliberações tragam avanços concretos para o fortalecimento das políticas públicas de inclusão social e jurídica.
Serviço: 93ª reunião do Condege
Data: 29 e 30 de janeiro de 2025
Local: Nóbile Hotel, Rio Branco – AC
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Bebê de 7 meses precisa de doação de sangue após contrair dengue e ter derrame pleural no Acre: ‘Lutando pela vida’
Henry Paulo Nascimento Lopes Kashinawa, de 7 meses, teve uma gripe que virou pneumonia, além de contrair dengue, causando derrame pleural. Além de sangue, família precisa de ajuda com produtos de higiene
O pequeno Henry Paulo Nascimento Lopes Kashinawa, com apenas 7 meses de vida, já trava uma batalha pela vida nos hospitais e precisa de doações de qualquer tipo de sangue em Rio Branco. Desde a última quarta-feira (22), os pais do bebê se dividem para ficar com a criança, já que ele teve pneumonia e dengue que causaram um derrame.
De acordo com a família, o bebê estava muito gripado e com uma febre de 39 graus que não diminuía. Então, Henry foi levado ao primeiro hospital pelos pais, onde inicialmente não foi constatado nada.
A febre persistiu e eles decidiram levá-lo novamente ao hospital na quinta (23), onde foi feito um raio-X que constatou que a criança apresentava muita água no pulmão.
“A gripe virou uma pneumonia e tudo virou uma bola de neve. Ele pegou dengue e bronquiolite e estão esperando curar a dengue para entrar com os antibióticos para pneumonia e fazer a drenagem pra tirar a água do pulmão. No meio de tudo isso deu o derrame”, explicou Maria Eduarda de Souza Fontes, amiga da família.
A família agora torce para que não seja preciso entubar a criança e pede doações de sangue de todos os tipos sanguíneos. As doações podem ser feitas no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre), localizada na Avenida Getúlio Vargas, bairro Bosque, informando apenas o nome de Henry.
O bebê também precisa de produtos de higiene, meias e mantas. Neste caso, as doações estão sendo recebidas pela mãe, Andressa Nascimento, no Into-AC, que fica na Alameda Magnólia, bairro Chácara Ipê.
Caso alguém tenha dúvidas ou precise de mais informações, os números de contato são: (68) 99240-5668 ou (68) 99220-2766.
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Caminhoneiros se mobilizam contra aumento no preço do diesel
A partir do dia 1º de fevereiro, o ICMS do diesel será acrescido em R$ 0,06, elevando a alíquota para R$ 1,12 por litro. No caso da gasolina, o aumento será de R$ 0,10 o litro
Preocupados com o possível aumento no preço do diesel, as principais lideranças dos caminhoneiros marcaram uma reunião para o próximo dia 8, no Porto de Santos, informa o presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, o ‘Chorão’.
“A gente busca que o atual governo faça alguma coisa pelo segmento do transporte. A gente vê a questão da defasagem do diesel e a volta do ICMS. Quem vai sofrer com isso de verdade é o transportador de carga e a população”, disse ele ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A partir do dia 1º de fevereiro, o ICMS do diesel será acrescido em R$ 0,06, elevando a alíquota para R$ 1,12 por litro. No caso da gasolina, o aumento será de R$ 0,10 o litro, com a alíquota subindo para R$ 1,47 o litro.
A defasagem do preço do diesel produzido pela Petrobras em relação ao mercado internacional vem caindo dia a dia, mas continua no patamar de dois dígitos, o que pode levar a estatal a aumentar o combustível em algum momento este ano. O último reajuste do produto foi em dezembro de 2023.
Na terça-feira (28), o preço do diesel nas refinarias da estatal fechou 16% abaixo do praticado no mercado internacional, contra os 28% de diferença registrados na semana passada.
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