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Acre

Indústria da madeira no Acre avança na exportação com mais de R$ 200 milhões por ano

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A indústria madeireira vem desbancando qualquer outro setor produtivo quando o assunto é exportação no estado do Acre. Mesmo com uma vasta produção de derivados bovinos e suínos e a castanha, estatisticamente o setor de base florestal ainda é soberano, mantendo a madeira como objeto de desejo em todos os continentes. Nas últimas décadas, boa parte desse cenário positivo é resultado do trabalho desenvolvido pelo Sindicato da Indústria Madeireira do Estado do Acre (Sindusmad) junto às empresas que atuam no ramo. O sindicato já existe há mais de 10 anos, no entanto, só a partir de 2015 passou a integrar a Federação da Industrias do Acre (Fieac).

“Ao todo estão vinculadas ao nosso sindicato cerca de 14 empresas. O setor de base florestal no estado sempre existiu de forma ascendente e o Sindusmad surgiu dessa necessidade de estarmos organizados e unificados a fim de alavancar cada vez mais o crescimento do setor”, afirma o presidente da entidade sindical, Thyago Costa Barlatti, eleito para o quadriênio 2022/2025.

A organização garante se preocupar em ouvir e acompanhar todos os gargalos enfrentados pelo setor e de maneira unificada tentar sanar o que for possível. A importância desse ramo industrial para o Acre é notória. Sua participação no desenvolvimento do estado pode ser comprovada pela balança comercial local, que por meses seguidos coloca o setor de base florestal em destaque.

Só de empregos diretos, a Sindusmad contabiliza uma média mais de 4 mil e alcança mais de 10 mil indiretos, o que de acordo com Barlatti, agrega muitos outros serviços que também contribuem de forma efetiva para a geração de emprego e renda no estado.

“Em dados estatísticos, o setor madeireiro ocupa o primeiro lugar no Produto Interno Bruto, o PIB do estado, levando em consideração tanto as comercializações internas como as exportações”. Dados do Sindusmad revelam uma arrecadação média de mais de R$ 200 milhões por ano.

A indústria de base florestal serra e beneficia madeira nas mais diversas modalidades. No Acre, o setor atua com um grande diferencial do restante do país, que é trabalhar com “Madeira Legal”. “Nossa madeira é sem sombra de dúvidas a “madeira mais legal do país”, pois passamos por todos os critérios de fiscalização que a legislação exige e toda nossa matéria-prima tem procedência oriunda de Manejos Florestais devidamente credenciados”, informa o presidente do sindicato.

A indústria madeireira atuante no Acre atende todas as cidades da região e também vários estados brasileiros e inúmeros países. “Nossas relações comerciais em outros países foram determinante para chegarmos ao topo do ranking do PIB no estado. Recentemente participamos da maior feira do setor na Europa”, conta Barlatti, que ao lado de outros empresários e do presidente da Fieac, voltou com grandes expectativas de novas tecnologias, novas exportações e avanços.

O Sindusmad tem mantido diálogo com a Federação das Indústrias, uma vez que uma instituição é parte integrante da outra. Para o atual presidente do sindicato, a última gestão da Fieac não mediu esforços para ajudar o setor quando necessário.

A principal dificuldade encontrada pelos empresários desse ramo para atuar no estado é a mesma de todo setor industrial, que é queda significativa nas arrecadações. Para os empresários da indústria madeireira, toda ajuda é bem-vinda e o poder público poderia intervir em algumas situações que necessitam de atenção, como a reabertura de um setor específico para a tratativa com as empresas para análise e liberação dos planos de manejo, além de uma política de incentivos fiscais.

“Esperamos que o setor de base florestal supere as dificuldades encontradas em anos anteriores. E com certeza o engajamento de outras empresas do ramo possam fortalecer muito mais a todos”, finaliza o Sindusmad.

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Acre

TJAC mantém condenação de companhias aéreas por extravio de bagagem de jogador profissional

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FOTO: SÉRGIO VALE

Decisão reconhece dano moral presumido e reafirma a responsabilidade solidária de empresas que operam voos em regime de codeshare pelo extravio temporário de bagagem

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de companhias aéreas ao pagamento de indenização por danos morais a um jogador de futebol profissional que teve a bagagem extraviada temporariamente durante uma viagem com voos operados em regime de parceria, conhecido como codeshare.

De acordo com os autos, o passageiro adquiriu um único bilhete para trechos operados por empresas diferentes. No entanto, ao chegar ao destino final, sua bagagem — que continha instrumentos essenciais para o exercício da profissão — não foi entregue, sendo localizada apenas três dias depois. Em primeira instância, as companhias foram condenadas, de forma solidária, ao pagamento de R$ 5 mil a título de danos morais.

Ainda assim, uma das empresas recorreu alegando, entre outros pontos, a inexistência de responsabilidade solidária, a caracterização do episódio como mero aborrecimento e a desproporcionalidade do valor fixado. Os argumentos, porém, não foram acolhidos pelo colegiado.

Ao relatar o caso, o desembargador Júnior Alberto destacou que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o voto, a compra de passagem única para voos operados em codeshare cria uma cadeia de fornecimento, na qual todas as empresas envolvidas respondem solidariamente por falhas na prestação do serviço, independentemente de qual delas tenha operado o trecho em que ocorreu o problema.

O relator também ressaltou que o extravio temporário de bagagem contendo itens indispensáveis ao trabalho do passageiro ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Para o colegiado, a privação dos instrumentos profissionais por três dias gerou angústia e frustração suficientes para caracterizar dano moral presumido, nos termos do artigo 14 do CDC.

Quanto ao valor da indenização, a Câmara entendeu que o montante de R$ 5 mil é razoável e proporcional, levando em consideração a gravidade do dano, a capacidade econômica das empresas e a função pedagógica da condenação, estando em consonância com a jurisprudência adotada em casos semelhantes.

Com a decisão, o recurso de apelação foi negado e a sentença de primeiro grau mantida integralmente. A tese firmada pelo colegiado reforça o entendimento de que companhias aéreas que atuam em regime de parceria respondem solidariamente por falhas no serviço, como o extravio de bagagem, garantindo maior proteção aos direitos dos consumidores.

Apelação Cível n. 0707775-86.2021.8.01.0001

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Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco

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Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes

A forte chuva que atinge Rio Branco desde a madrugada desta quarta-feira (17) já supera, em poucas horas, o volume esperado para todo o mês de dezembro até a data atual e mantém a Defesa Civil Municipal em estado de alerta. A informação foi confirmada pelo coordenador do órgão, tenente-coronel Cláudio Falcão, durante atualização divulgada por volta das 9h.

Segundo Falcão, a intensidade das precipitações tem sido excepcional. “Para que todos tenham uma ideia, a cada hora está chovendo o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro. Já ultrapassamos o esperado para todo o mês até hoje”, destacou.

O cenário preocupa principalmente pelos impactos diretos nos igarapés que cortam a cidade. Equipes da Defesa Civil acompanham de forma contínua o comportamento desses mananciais e já observam elevação rápida do nível da água, em ritmo de enxurrada, o que aumenta o risco de transbordamentos em áreas urbanas.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, ao menos 10 bairros de Rio Branco amanheceram com pontos de alagamento. A capital registra média de 10 milímetros de chuva por hora, volume considerado extremamente elevado, capaz de sobrecarregar os sistemas de drenagem e provocar alagamentos em curto espaço de tempo. O monitoramento segue em regime permanente.

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Acre

Rua da Baixada da Sobral é tomada pela água após forte chuva em Rio Branco

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Foto: Instagram

A Rua 27 de Julho, no bairro Plácido de Castro, na região da Baixada da Sobral, ficou tomada pela água após a forte chuva que se iniciou na noite de terça-feira, 16, e segue até a manhã desta quarta-feira, 17.

O volume de água acumulado dificultou a circulação de veículos e pedestres na área e invadiu residências.

Um vídeo publicado pelo perfil Click Acre no Instagram mostra a rua completamente tomada pela água e os quintais das casas alagados.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, nas últimas 24 horas já foram registrados 71,8 milímetros de chuva em Rio Branco. Para efeito de comparação, a cada hora tem chovido o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro.

Ainda segundo a Defesa Civil, o volume de precipitação já ultrapassou o esperado para todo o mês de dezembro até a data de hoje.

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