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Impedido de entrar no Peru e Brasil, caminhoneiro vive no limbo sobre ponte em Assis Brasil

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“O meu próprio país não me deixa entrar. É desumano, é injusto”, afirma

A Folha de São Paulo noticiou nesta sexta-feira (27) a situação do caminheiro peruano Arturo Palomino, 28 anos, que está na divisa entre o Brasil e o Peru, na Ponte da Estrada do Pacífico, em Assis Brasil, aguardando entrada para o seu país de origem, que não permite sua volta.

Rodovia do Pacífico na fronteira entre Brasil e Peru, fechada desde o último dia 15 por causa do coronavírus

A justificativa dos militares que fazem a proteção da barreira é que só podem ingressar no país artigos de primeira necessidade.

Artuno precisa andar por uma picada de 2 km na mata para tomar banho e conseguir comida em Assis Brasil.

Confira na íntegra a reportagem.

Resguardada por militares com máscaras cirúrgicas em ambos os lados, a ponte da Estrada do Pacífico, que une Brasil e Peru, só não está deserta pela presença solitária do caminhoneiro peruano Arturo Palomino, 28.

Desde terça-feira (24), Palomino tenta atravessar de volta para o seu país com uma carga de canos metálicos, mas a aduana peruana nega a entrada, sob a justificativa de que só podem ingressar artigos de primeira necessidade.

Outro problema é que, como já fez o desembaraço na Receita Federal brasileira, tampouco foi autorizado a voltar até um posto de gasolina próximo.
 
No limbo, Palomino precisa andar por uma picada de 2 km na mata para tomar banho e conseguir comida em Assis Brasil, a pequena cidade fronteiriça do lado brasileiro. O resto do tempo é dividido entre a boleia e uma rede armada sob o caminhão.

“O meu próprio país não me deixa entrar. É desumano, é injusto”, afirma Palomino. “Aqui não tenho onde lavar as mãos, onde comer, estou no meio do nada aqui.”

O motorista carregou seu caminhão em Cuiabá, a 2.270 km da fronteira —percurso feito em dois dias. O destino final é a cidade andina de Arequipa, a 1.055 km de distância.

Devido ao novo coronavírus, o Peru está com a fronteira fechada desde o dia 15. Nesta quinta-feira (26), o presidente Martín Vizcarra prorrogou o estado de emergência no país até 12 de abril, incluindo os bloqueios fronteiriços.
 
O Peru tem adotado medidas rígidas contra a pandemia. A mobilidade está bastante restringida, com quase todo o comércio fechado, e já houve 21 mil detenções por desrespeito ao estado de emergência.

O país contabiliza 580 casos confirmados e 9 mortos até a manhã desta sexta (27), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Com relação à fronteira, o decreto presidencial não prevê a restrição de mercadorias, apenas de viajantes.

Em outro trecho, no entanto, a medida determina que só poderão ser transportados pelo país bens de primeira necessidade, como alimentos e produtos farmacêuticos.

Palomino afirma que, nos dias em que está parado sobre a ponte, caminhões carregados de milho e de castanha foram autorizados a entrar no Peru.

A reportagem é de Fabiano Maisonnave.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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