Acre
IFAC é primeiro órgão federal do Acre a aderir Agenda A3P
Compromisso foi firmado em parceria com a Sema/AC e metas devem ser alcançadas no prazo de um ano
Com objetivo de ampliar as boas práticas de consumo sustentável, o Instituto Federal do Acre (IFAC) é o primeiro órgão público federal acreano a aderir ao programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). A proposta, que compreende num projeto desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem o objetivo de promover responsabilidades socioambientais e a inserção de critérios sustentáveis nas atividades desenvolvidas pelos servidores públicos.
A adesão ao projeto, que foi realizada no último dia 29 de novembro, foi feita em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema/AC). O órgão estadual será responsável por auxiliar o IFAC na gestão da destinação correta dos resíduos sólidos. Além disso, o Instituto também terá a missão de reduzir, no prazo de um ano, 0,5% o consumo de energia elétrica, 20% o consumo de papel, como também implantar a destinação correta dos resíduos, reduzir o uso de copos descartáveis e ainda inserir pontos de coleta de pilhas e baterias nos campi e sede da reitoria.
Coordenadora de Infraestrutura do IFAC, Yanne Klein, explica que a princípio serão desenvolvidas ações mais simples, porém importantes para as metas serem atingidas. “Futuramente pretendemos adotar ações de grande impacto, como a implantação de sistema de captação da água da chuva, sistema hidráulico de reuso, placas solares e conquista certificações como a Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) e o selo PROCEL Edificações”.
Yanne Klein, que também é suplente da A3P do IFAC, destaca que o interesse em aderir a uma proposta que promovesse a reflexão sobre os problemas socioambientais junto ao IFAC surgiu após analisar a realidade do Instituto.
“Sabendo que o IFAC, em seus 05 anos de existência, ainda não possuía um direcionamento sobre o assunto, foi criada uma Comissão Gestora responsável pela Implantação do Programa A3P. A Comissão iniciou os trabalhos em março deste ano, já com um plano de trabalho e cronograma de atividades. Atualmente há representantes em cada um dos campus, o que facilita o diagnóstico local”, ressalta a arquiteta.
Secretário de Meio Ambiente do Acre, Edgar de Deus, destaca que a adesão do IFAC ao programa A3P possa servir de exemplo às demais unidades públicas existentes no Estado. Segundo ele, os conceitos que serão aplicados durante a execução das ações socioambientais também serão importantes para conscientizar a população.
“Iniciamos este programa dentro do Governo do Estado e ele representa uma mudança por parte do funcionário público em relação ao uso dos recursos naturais. A conscientização dos servidores vai desde a economia do papel, trocar o copo de plástico pelo de vidro, ter uma atitude responsável em relação à economia da energia e água, por exemplo. São atitudes para melhorar o ambiente, a vida no planeta e reduzir os impactos do uso indiscriminado dos recursos naturais. Esperamos que a adesão por parte do IFAC mobilize as pessoas e que essa consciência possa ser levada adiante”, destaca o gestor.
Criado pelo Ministério do Meio Ambiente, o programa A3P é voltado especialmente aos órgãos e entidades públicas que têm o objetivo de promover responsabilidades socioambientais e a inserção de critérios sustentáveis em suas atividades. O Programa Agenda Ambiental na Administração Pública integra o Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis (DPCS), que, por sua vez, faz parte da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, mais de 280 instituições públicas no país já aderiram ao projeto, sendo que 111 destas unidades compreendem a esfera federal. Os dados são referentes ao ano de 2015, último levantamento divulgado pelo MMA.
A Agenda A3P também conta com seis eixos temáticos, que são responsáveis por direcionar as atividades e projetos a serem executados pelas instituições parceiras. São eles: uso racional dos recursos naturais e bens públicos; gestão adequada dos resíduos gerados; qualidade de vida no ambiente de trabalho; sensibilização e capacitação dos servidores; licitações sustentáveis e construções sustentáveis.
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Acre lidera custos da construção civil no país, com impacto severo no Alto Acre, aponta IBGE
Moradores e empresários da fronteira com Bolívia e Peru relatam dificuldades com preços abusivos de materiais e mão de obra; logística e falta de indústria local agravam o problema.

O alto custo persistente da construção civil no Acre, conforme destacado pelo IBGE, apresenta um obstáculo significativo para o desenvolvimento do estado. Foto: ilustrativa
Dados do IBGE confirmam que estado segue no topo do ranking nacional de custos, pressionando moradores e economia regional
O Acre mantém o título de estado com os mais altos custos da construção civil no país, segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A situação é ainda mais crítica nos municípios do Alto Acre, como Brasiléia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Xapuri, onde moradores e empresários enfrentam preços abusivos de materiais e serviços.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) revela que, desde projetos habitacionais até grandes obras, os valores no estado estão muito acima da média nacional. A realidade é sentida no bolso de quem tenta construir ou reformar.
“Tudo aqui é caro”, diz morador que recorre a materiais da Bolívia
José Alves da Silva, morador de Brasiléia, precisou cruzar a fronteira para conseguir concluir sua reforma:
— O cimento, os tijolos e até a mão de obra são muito mais caros aqui. Compro tudo em Cobija (Bolívia), onde os preços são pela metade. Se não fosse isso, não daria para fazer nada.
Microempresários da região confirmam a dificuldade:
— Qualquer obra aqui exige um investimento muito maior, principalmente por causa da mão de obra escassa e cara — relata um empreiteiro local.
Por que a construção no Acre é tão cara?
Especialistas e o próprio mercado apontam quatro fatores principais:
Logística difícil – O transporte de materiais por longas distâncias encarece os fretes.
Falta de indústria local – Dependência de fornecedores de outros estados aumenta preços.
Mão de obra valorizada – Profissionais qualificados são poucos e cobram mais.
Mercado pouco competitivo – Poucas opções de fornecedores mantêm custos elevados.
Impacto no desenvolvimento do estado
O cenário prejudica desde famílias que buscam moradia até investimentos em infraestrutura. Para reverter a situação, especialistas defendem políticas públicas que incentivem a produção local de materiais e melhorem a logística de transporte, reduzindo a dependência de outros estados e países vizinhos.
Vários fatores contribuem para os custos de construção inflacionados do Acre, e estes são particularmente evidentes em na regional do alto acre:
- Logística e Transporte: O isolamento geográfico do Acre, e consequentemente na região do alto acre, significa que a maioria dos materiais de construção deve ser transportada por longas distâncias, frequentemente por via terrestre, levando a custos de frete significativos.
- Produção Local Limitada: A falta de indústrias locais robustas para materiais de construção essenciais aumenta a dependência de fornecedores externos, elevando os preços devido à dinâmica de oferta e demanda.
- Custos de Mão de Obra: Embora nem sempre seja o principal fator, o custo da mão de obra especializada também pode ser maior em regiões com desafios logísticos específicos ou disponibilidade limitada de trabalhadores qualificados.
- Dinâmica de Mercado: Um mercado menor e potencialmente menos competitivo para materiais e serviços de construção também pode contribuir para preços mais altos na região fronteiriça.
Enquanto isso, a população do Alto Acre segue buscando alternativas — muitas vezes além da fronteira — para conseguir construir a preços viáveis.
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Câmara de Rio Branco deve afastar temporariamente 42 motoristas de vereadores

Foto: Jardy Lopes
O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Joabe Lira (União Brasil), afirmou nesta terça-feira (10) que 42 motoristas que prestam serviço aos gabinetes parlamentares devem ser afastados temporariamente como medida de contenção de gastos.
Segundo informações da própria Câmara, cada um dos 21 vereadores tem direito a manter até 15 assessores, o que representa um custo mensal de R$ 70 mil por parlamentar. No total, o Legislativo municipal gasta aproximadamente R$ 840 mil por mês com assessorias, somando quase R$ 11 milhões por ano.

Foto: Jardy Lopes
A decisão de afastar os motoristas foi tomada pela Mesa Diretora da Casa e atinge profissionais que conduzem veículos alugados pela instituição. “Estamos fazendo os ajustes necessários para conter gastos, conforme acordado pelos vereadores. A meta é garantir que os trabalhos da Câmara não sejam prejudicados até o final do ano”, declarou Joabe Lira.
O presidente esclareceu que cada vereador pode contar com até dois motoristas, que agora terão os contratos suspensos de forma temporária.
Durante entrevista, Joabe também comentou sobre acusações de que a Prefeitura de Rio Branco estaria retendo recursos da Câmara, estimados em quase R$ 7 milhões. Segundo ele, a informação não procede. “Isso não existe. Já estivemos em diálogo com a Prefeitura desde o início do ano, e todos os valores referentes ao duodécimo estão sendo repassados normalmente para a Câmara”, garantiu.
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Governo do Acre abre licitações para obras em Sena Madureira

O governo do Acre anunciou duas novas licitações voltadas ao fortalecimento da infraestrutura rural em Sena Madureira.
O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), anunciou a abertura de duas importantes licitações voltadas para o fortalecimento da infraestrutura em Sena Madureira.
“O governador Gladson Camelí tem reforçado o compromisso com a infraestrutura, e os investimentos em Sena Madureira mostram, na prática, esse cuidado com quem vive na zona rural. Estamos trabalhando para garantir acesso, dignidade e melhores condições para escoar a produção local”, afirmou a presidente do Deracre, Sula Ximenes.
A primeira das licitações, referente à Concorrência Eletrônica nº 058/2025, tem como objeto a contratação de empresa especializada para a construção da Casa do Produtor Rural, com valor estimado em R$ 698,1 mil. A iniciativa tem como objetivo apoiar o escoamento da produção agrícola e fortalecer a economia local.
Já a Concorrência Eletrônica nº 056/2025 prevê a contratação de serviços para o melhoramento dos ramais Xiburema e Olho d’Água, também no município. O valor estimado para a execução da obra é de R$ 2,5 milhões. O investimento busca garantir mais acessibilidade às comunidades rurais, principalmente durante o inverno amazônico.
As licitações reforçam o compromisso do governo em garantir melhorias na infraestrutura rural e no apoio à produção local, contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional.
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