Conecte-se conosco

Extra

ICMBio notifica colonos para saírem da Reserva Chico Mendes em Epitaciolândia

Publicado

em

Por Wesley Cardoso, com apoio de Jonys David

Na eminência de serem expulsos, 85 famílias que moram dentro da Resex não tem para onde ir

85 famílias que moram no Ramal da Torre no Km 28 no município de Epitaciolândia estado do Acre, estão vivendo um verdadeiro drama. São pequenos agricultores que vivem basicamente da agricultura familiar. Por residirem dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, segundo relatos dos próprios moradores, terão que deixar suas propriedades com casas, fruteiras e todas as benfeitorias para atender uma ação judicial impetrada pelo Instituto.

É o caso específico da Senhora Joelma Tigre, ela mora juntamente com mais quatro pessoas incluindo criança de 4 anos em uma pequena casa a margem do ramal. O terreno mede aproximadamente 10×25 metros, segundo ela, no dia 15 de fevereiro quando estava fora de casa trabalhando, agentes do ICMbio deixaram em sua residência uma notificação dando um prazo de 15 dias para que ela desocupasse o local.

É aí que começa o drama vivido pela Senhora Joelma. Ela relata que vive de diárias para complementar o auxílio do Bolsa Família e não tem para onde ir e nem como construir outra casa.

“A minha casa não fica dentro das terras do fazendeiro que está sendo notificado, nunca derrubei uma árvore, moro na beira do ramal e se eu tiver que sair da minha casa, eu, minhas filhas e meu esposo teremos que ficar ao relento, me deram uma notificação que sequer foi entregue em minhas mãos, me disseram para entrar em contato através de um numero de WhatsApp para recorrer mais nunca consegui falar com ninguém, o prazo está vencendo e não sei o que fazer,” ressaltou angustiada a moradora.

O Senhor Sebastião Silva conhecido como ‘Neguinho’, se apresenta como representante dessas famílias, ele relata do drama vivido de todos que moram dentro da Reserva Chico Mendes, ali no Ramal da Torre.

“São 85 famílias que moram aqui há mais de 10 anos, na sua maioria vivem da agricultura familiar, o que mais me dói e saber que se essas pessoas de fato forem expulsas de suas propriedades, muitas não terão para onde ir. Eu faço um apelo para nossas autoridades como Governo, Deputados, Incra e quem mais puder nos ajudar, que façam isso o mais breve possível, pois essas famílias, muitas delas terão que morar em baixo de lonas caso sejam expulsas.

Dando seguimento a essa matéria, nossa equipe de reportagem procurará os representantes do ICMbio para que se pronunciem sobre este assunto.

Veja a matéria completa em vídeo.

Comentários

Extra

Hospital de Xapuri não retornará mais para prédio alagado

Publicado

em

Por Raimari Cardoso

Diretamente afetado pelas últimas três enchentes do Rio Acre, o hospital Epaminondas Jácome, de Xapuri, precisou ser transferido para outro local nas últimas duas, no ano de 2015 e, agora, em 2023, quando a estrutura da unidade de saúde foi levada para as instalações da Universidade Federal do Acre (UFAC) no município.

As condições da estrutura física do hospital de Xapuri, que já não são as melhores há pelo menos duas décadas, se agravaram muito com a enchente de 2015, quando o prédio foi inundado até a altura da metade de suas paredes. De lá para cá, as reformas que foram feitas não melhoraram a situação.

Neste ano, as águas do rio atingiram a parte de trás do hospital, sem efetivamente inundar o prédio, mas o impacto não deixou de ser relevante. O mal cheiro das águas do rio que chegaram pela rede de esgotos fez com que a decisão de mais uma vez sair do local fosse altamente providencial.

No prédio do Núcleo da UFAC, foram instaladas as enfermarias, a farmácia e a cozinha do hospital, entre outros espaços, passando o atendimento do pronto socorro a funcionar no Centro de Saúde Félix Bestene Neto, localizado em frente às instalações da universidade federal.

De acordo com o diretor do hospital, Celso Paraná, os primeiros momentos estão sendo difíceis, pela falta de adequação dos espaços à estrutura que o hospital possui, mas, segundo ele, a intenção é não mais voltar para o antigo e problemático prédio que já foi evacuado duas vezes por enchentes.

“Ninguém pensa em voltar para aquele local. Não sabemos o que vai acontecer, mas posso adiantar que tratativas acontecerão para que em um futuro próximo o hospital de Xapuri tenha um novo e merecido local para bem atender a nossa população”, afirmou o gestor da unidade de saúde.

 

A reportagem procurou pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, que confirmou o que disse o diretor Celso Paraná. De acordo com ele, a ideia é que o hospital use o espaço da UFAC temporariamente até que sejam captados recursos para a construção de um novo hospital em Xapuri.

“O prefeito já se posicionou quanto ao terreno ali em frente ao aeródromo do município e a ideia é de que a gente não passe por situações similares a essa em outras enchentes e que a gente construa um novo hospital na cidade, mas isso ainda está sendo desenhado, apesar de ser para o quanto antes”, disse Pascoal.

O secretário também informou que será discutido com a reitora da Universidade Federal do Acre, Guida Aquino, o tempo de disponibilização do espaço do prédio para o uso pelo hospital e disse que há, inclusive, a ideia de adequar a unidade como um braço da instituição, mas sem nada pactuado ainda.

Comentários

Continue lendo

Extra

Governo e Prefeitura de Brasileia iniciam operação de limpeza dos bairros atingidos pela alagação

Publicado

em

Nesta sexta-feira, 31, o governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) e em apoio à Prefeitura de Brasileia, auxilia na operação de limpeza após a enchente no município.

Máquinas do Deracre trabalham na retirada de entulhos e limpeza da cidade. Foto: AscomDeracre

“Estamos comprometidos com Brasileia e movimentando todo o nosso pessoal para dar o suporte necessário às famílias neste pós-enchente”, afirmou o gerente regional do Deracre em Brasileia, José de Araújo.

Agentes técnicos do Deracre realizam a retirada de entulhos e trabalham na limpeza dos bairros atingidos pela alagação. Todo o material retirado das ruas será levado para o aterro de inertes.

O plano de limpeza é coordenado pelo município, em parceria com o Estado, e conta com o apoio de mais de 11 homens, dois caminhões caçamba, duas pá carregadeiras, duas retroescavadeiras e uma camionete.

Além disso, uma das medidas do governo foi a assinatura de convênios, por meio do (Deracre), no valor de R$ 1 milhão, com as prefeituras de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri para a execução de serviços de limpeza e retirada de entulhos nas comunidades alagadas pelo rio.

Comentários

Continue lendo

Extra

A triste hora do retorno – Moradores atingidos pela enchente na fronteira calculam os prejuízos ao voltar pra casa

Publicado

em

OUÇA O TEXTO CLICANDO AQUI

 

O que se vê é um cenário pós-guerra, a destruição só não é maior que a força desse povo que luta bravamente e vence cada obstáculo imposto pela vida no seu dia a dia.

Um dia após a alagação, as prefeituras de Brasiléia e Epitaciolândia começam a limpeza de ruas e auxilia os moradores na remoção da lama e entulhos em suas residências, além da distribuição de kit’s de limpeza.

Mas, o que se pode notar, são os prejuízos. Centenas de moveis e objetos são empilhados na frente das casas, mesmo com aviso em tempo sobre as cheias, muitas pessoas não tiveram como remover determinados mobiliários que são facilmente destruídos pelas aguas barrentas do velho rio.

A nossa equipe de reportagem conversou com donos de estabelecimentos, onde informaram que durante esse final de semana, será destinado à limpeza e reparos nas partes elétricas para semana que vem, retornar com suas atividades.

Renato Oliveira é proprietário de um bar à margem do Rio Acre, um dos primeiros estabelecimentos a ser atingido, ficando praticamente submerso.

“Estamos aqui, com muita força e muita fé, vamos fazer uma pequena reforma e voltar, não fico revoltado pois, tudo tem um propósito de Deus. Um dia caímos e logo levantamos mais fortes ainda. Na próxima semana estaremos de volta com força total”, disse o comerciante.

Porém mesmo com a vazante os problemas principalmente em Brasiléia estão longe de acabar, além das inúmeras ruas atingidas existe uma parte no centro, nas ruas Odilon Pratagi e Benjamin Constant, onde sempre tem muita água represada por ser uma área mais baixa, e exigirá muito esforço por parte da prefeitura para tentar drenar o grande volume de água e lama que continua inundando dezenas de residências.

Comentários

Continue lendo

Em alta