Brasil
IBGE: mulheres somavam 52,2% da população no Brasil em 2019
Dados são da Pesquisa Nacional de Saúde divulgada hoje pelo instituto

População usa máscaras nas ruas do Rio de Janeiro, desde ontem (23) a prefeitura tornou o uso obrigatório através de decreto.
Por Alana Gandra
As mulheres correspondiam, em 2019, a 52,2% (109,4 milhões) da população residente no Brasil, além de serem maioria entre a população idosa (56,7%). É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS), divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A sondagem foi realizada em parceria com o Ministério da Saúde. Foram entrevistadas mulheres de 15 anos ou mais de idade na pesquisa. Em 2013, o alvo da sondagem foram mulheres a partir de 18 anos de idade.
Preventivo de câncer
O exame preventivo de câncer de colo de útero, conhecido como Papanicolau, foi feito por 81,3% das mulheres de 25 a 64 anos de idade há menos de três anos da data da entrevista; e em 2013, foram 78,7%. Os maiores percentuais foram encontrados nas regiões Sul (84,8%) e Sudeste (84,1%), enquanto as regiões Norte (79%), Centro-Oeste (78,8%) e Nordeste (76,4%) ficaram abaixo da média nacional.
O percentual nacional foi maior para as mulheres com ensino superior completo (90,4%) do que para o grupo sem instrução até o nível fundamental incompleto (72,5%). Pela análise do rendimento, a pesquisa apurou que o percentual de mulheres que fizeram o exame variou de 72,9% (sem rendimento até um quarto do salário mínimo) até 93,8% (mais de cinco salários mínimos).
Entre as mulheres de 25 a 64 anos de idade, 6,1% revelaram nunca ter feito o exame preventivo, 45,1% declararam não achar necessário, 14,8% disseram não terem sido orientadas a fazer o exame e 13,1% declararam ter vergonha de fazê-lo. Outras 7,3% das entrevistadas afirmaram não ter feito o exame por dificuldades em relação ao serviço de saúde.
Mamografia
Cerca de 58,3% das mulheres de 50 a 69 anos fizeram mamografia há menos de dois anos da data da entrevista, percentual mais alto que o de 2013 (54,3%). Metade destas fez o exame no Sistema Único de Saúde (SUS).
O maior percentual de mulheres que realizaram o exame de mamografia foi encontrado no Sudeste (65,2%), resultado semelhante ao de 2013. Em contrapartida, a PNS constatou que apesar da melhora frente a 2013, nas regiões Norte (43,2%) e Nordeste (49,5%), menos de 50% das mulheres de 50 a 69 anos haviam realizado a mamografia no período de menos de dois anos. O percentual de mulheres dessa faixa etária que fizeram mamografia aumenta conforme a renda é maior: 83,7% para renda acima de cinco salários mínimos, contra 42,9% para mulheres sem rendimento até um quarto do salário mínimo.
Entre as mulheres sexualmente ativas nos últimos 12 meses, de 15 a 49 anos de idade, cerca de 80,5% usavam algum método para evitar gravidez. Dessas, 40,6% usavam pílula como método mais eficaz, 20,4% a camisinha masculina, 17,3% haviam feito laqueadura, 9,8% usavam injeção, 5,6% adotavam a vasectomia do parceiro, 4,4% DIU, 1,2% usavam tabelinha ou outro método anticonceptivo tradicional, como coito interrompido, e 0,6% adotavam outro método moderno, como a camisinha feminina, por exemplo.
As mulheres que disseram querer engravidar ou não se incomodavam de engravidar na faixa etária de 15 a 49 anos de idade somavam, em 2019, percentual de 47,3%.
No Brasil, 4,7 milhões de mulheres de 15 anos ou mais de idade deram à luz entre 29 de julho de 2017 e 27 de julho de 2019. No parto, 87,2% delas foram atendidas por médico(a), 10,4% por enfermeiros(as) e 1% por parteiras. Do total, 98,2% afirmaram ter realizado consulta pré-natal, o que corresponde a 4,6 milhões de gestantes que tiveram consulta pré-natal durante a gravidez, mostrou o IBGE.
Alimentação
A pesquisa investigou também os hábitos alimentares, vacinação e exames neonatais de 4,7 milhões de crianças nascidas entre 29 de julho de 2017 e 27 de julho de 2019, correspondendo, naquele ano, a 2,26% da população menor de 2 anos de idade.
O levantamento mostrou que 27,8% das crianças com idade inferior a 6 meses de idade na data de entrevista, no Brasil, foram alimentadas exclusivamente com leite materno. Apurou ainda que 57,8% das crianças com menos de 2 anos de idade comiam à época biscoitos, bolachas ou bolo; 25% comiam doces, balas ou outros alimentos com açúcar; 11,5% tomavam refrigerante e 16,9% haviam ingerido suco artificial.
O teste do pezinho, usado para detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas nos bebês, realizado por meio da análise de amostras de sangue coletadas do calcanhar da criança, foi efetuado no país, em 2019, por 73% das crianças com menos de 2 anos de idade até o quinto dia após o nascimento. As maiores proporções ocorreram nas regiões Sul (88,5%), Sudeste (83,5%) e Centro-Oeste (78,5%), enquanto as regiões Nordeste (57,7%) e Norte (54,9%) apresentaram proporções abaixo da média nacional. Na área urbana, a proporção foi maior (75,6%) do que na área rural (60,1%).
Segundo a PNS 2019, 64,4% das crianças com menos de 2 anos de idade receberam três doses da vacina pentavalente, que evita tétano, hepatite B, coqueluche, difteria e meningite, e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo B.
Em relação à imunização contra poliomielite, ou paralisia infantil, a PNS estimou que em 2019, 64,2% das crianças com menos de dois anos de idade receberam três doses dessa vacina e 42,7% das crianças com menos de dois anos de idade tinham tomado uma dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
Homens
Em 2019, cerca de 64,6% dos homens com 15 anos ou mais de idade já eram pais. A idade média deles, quando o primeiro filho nasceu, era de 25,8 anos. Entre os homens de 15 a 29 anos, o percentual de homens com filho foi de 19%. Na faixa de 30 a 39 anos, o número variou de 67,5% na área urbana a 76,9% na área rural. Já nas faixas de idade de 40 a 59 anos e de 60 anos ou mais, o percentual atingiu 85,3% e 91,4%, respectivamente. Entre os homens com 40 anos ou mais de idade, mais de 80% já haviam tido pelo menos um filho, independente da região onde se encontravam.
O número médio de filhos foi de 1,7 para os homens que tinham 15 anos ou mais de idade em 2019. Esse valor variou segundo a faixa de idade. Entre os homens com 15 a 29 anos, que estão no início da vida reprodutiva, o número médio de filhos foi de 0,3, subindo para 1,3 filho no grupo de 30 a 39 anos. Para os homens de 40 a 59 anos, a média foi de 2,1 filhos tidos, com 2 filhos na área urbana e 2,6 filhos na área rural amplia. Já os homens com 60 anos ou mais, além de apresentarem o maior número médio de filhos (3,6), foram também os que apresentaram a maior diferença entre urbano (3,3) e rural (5).
A PNS perguntou sobre a vontade de ser pai aos homens cuja parceira estava grávida ou o último filho tinha menos de 6 anos. No grupo etário dos 15 aos 34 anos, cerca de 27,3% dos consultados afirmaram que gostariam de ter esperado mais para ter o filho. Entre aqueles com 35 anos ou mais, 10,4% não queriam ter filho ou não queriam ter mais filhos.
As entrevistas para a PNS 2019 foram feitas entre os dias 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020.
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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça
A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.
As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).
O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.
Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.
Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.
As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.
Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.
A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.
A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.
O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.
BRB quis comprar Master
Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.
A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.
No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.
Compliance Zero
A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.
As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.
Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.
O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.
Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS
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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.


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