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Brasil

Ibama multa em quase R$ 3 milhões frigorífico que causou ‘rio de sangue’ com restos de gado

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A operação foi realizada em 12 municípios do Pará e em duas cidades do Amazonas

O flagrante foi registrado por um drone da instituição durante o cumprimento da operação “Carne Fria 2”. Foto: assessoria 

Um  frigorífico localizado em Boca do Acre, na divisa do Amazonas com o Acre, foi multado em quase R$ 3 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os detalhes foram divulgados pela Revista Cenarium.

O Ibama flagrou o frigorífico despejando resíduos orgânicos de gado abatido que formou um “rio de sangue”.

Segundo o flagrante foi registrado por um drone da instituição no âmbito da operação “Carne Fria 2”, que mirou o combate ao desmatamento na Amazônia e a criação e comercialização de gado procedente de áreas desmatadas de forma ilegal na região.

“A operação carne fria é mais uma operação nacional do IBAMA com o rebatimento do estado do Amazonas, onde foram aprendidas 18 mil cabeças de gado criadas em 26 mil hectares de área previamente embargadas pelo IBAMA por desmatamento ilegal”, frisou Joel, superintendente do Obama no Amazonas.

O Ibama flagrou o frigorífico despejando resíduos orgânicos de gado abatido que formou um “rio de sangue”. Foto: internet

De acordo com o Ibama, o frigorífico foi multado em R$ 2,8 milhões por crimes ambientais. O flagrante foi registrado por um drone da instituição durante o cumprimento da operação “Carne Fria 2”, que mirou o combate ao desmatamento na Amazônia e a criação e comercialização de gado procedente de áreas desmatadas de forma ilegal na região.

“A operação carne fria é mais uma operação nacional do Ibama com o rebatimento do Estado do Amazonas, onde foram apreendidas 18 mil cabeças de gado criadas em 26 mil hectares de áreas previamente embargadas pelo Ibama por desmatamento ilegal“, disse Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas.

Veja vídeo:

A operação foi realizada em 12 municípios do Pará e em duas cidades do Amazonas. São eles: Novo Progresso (PA), Santarém (PA), Altamira (PA), São Félix do Xingu (PA), Igarapé-Açú (PA), Portel, Anapú (PA), Pacajá (PA), Novo Repartimento (PA), Ipixuna (PA), Tomé-açú (PA), Bom Jesus do Tocantins (PA), Boca do Acre (AM) e Lábrea (AM).

O Ibama realizou as ações após investigações apontarem que 69 propriedades rurais criavam e comercializavam aproximadamente 18 mil cabeças de gado em áreas embargadas por desmatamento ilegal. De acordo com a instituição, os 23 frigoríficos que adquiriram os animais tornaram-se infratores ambientais.

69 propriedades rurais criavam e comercializavam aproximadamente 18 mil cabeças de gado em áreas embargadas por desmatamento ilegal. De acordo com a instituição. Foto: assessoria

Os frigoríficos foram autuados por adquirir produto de área embargada. Já os responsáveis pelas propriedades foram autuados por descumprimento de embargo, impedimento da regeneração natural e venda de produto de área embargada. Todos foram notificados para fazer a retirada do rebanho bovino das áreas interditadas.

Operação

De acordo com a instituição, até o momento foram realizados 154 autos de infração totalizando R$ 364,5 milhões em multas. A operação apreendeu 8.854 cabeças de gado produzidas nas áreas embargadas e suspendeu as atividades de três frigoríficos por estarem funcionando sem a licença ambiental ou em desacordo com a concedida. O embargo é aplicado quando constatada infração ambiental para impedir a continuidade das irregularidades.

Já os responsáveis pelas propriedades foram autuados por descumprimento de embargo, impedimento da regeneração natural e venda de produto de área embargada. Foto: assessoria

No Amazonas

No Amazonas, de acordo com o Ibama, foram lavrados 84 Autos de Infração para atos como o descumprimento de embargo e o funcionamento de atividades poluidoras nos frigoríficos sem licenças.
A soma dos autos de infração ultrapassa R$ 96 milhões. Ao todo, foram embargados 12.643,40 hectares de áreas de desmatamento. Em Manacapuru (AM), município distante 69 quilômetros de Manaus, um frigorífico foi autuado e embargado por adquirir 387 cabeças de gado de área com atividades suspensas e funcionar sem licença.

A Operação Carne Fria 2 também contou com apoio da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e integra uma das linhas de ação do Plano de Ação Para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Outra operação contra desmatamento
Em maio de 2020, uma operação foi realizada com o objetivo de reprimir e apurar crimes de invasão de terras públicas, desmatamento ilegal e posse ilegal de armas de fogo na região de Boca do Acre (AM). A ação intitulada Amazônia Legal cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em sedes rurais, em seis dias de atuação, no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Antimary, no sul do município.

“As áreas embargadas por desmatamento ilegal têm por objetivo a regeneração natural. O desrespeito ao embargo causa sérios prejuízos á floresta e toda a biodiversidade. Assim também frigoríficos e consumidores que compram carne de área embargada”, frisou Joel Araújo.

Na ocasião, 13 pessoas foram presas em flagrante e foram aprendidas 14 armas de fogo, 14 motosserras e outros instrumentos que dão suporte aos crimes investigados. A operação foi resultado da articulação de diversos órgãos, entre eles o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF), o Exército Brasileiro, a Polícia Militar (PM), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Desde 2015, o MPF vem recebendo relatos sobre desmatamento na região da Reserva Extrativista (Resex) Arapixi e do PAE Antimary, atingindo castanhais de uso tradicional de extrativistas. A atuação, por meio de inquérito civil, foi intensificada a partir de 2018, com a criação da Força-Tarefa Amazônia (FT Amazônia). O sul do Amazonas, em especial os municípios de Lábrea.

Com Jadson Lima – Da Cenarium

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PRF apreende 600 quilos de maconha sintética tipo skunk em caminhão durante abordagem na BR-364

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Droga foi encontrada em caminhão que saiu de Manaus com destino a Goiânia; motorista foi detido e caso segue com a Polícia Civil

O veículo, um cavalo-trator VW/25.370 acoplado a um semirreboque, foi conduzido até a Unidade Operacional da PRF em Rondonópolis para uma inspeção mais detalhada. Foto: cedida 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cerca de 600 quilos de substância análoga à maconha, do tipo skunk, durante uma fiscalização na BR-364, entre Rondonópolis e Pedra Preta (MT). A droga estava escondida em 18 galões plásticos e seis caixas de papelão dentro de um caminhão.

Segundo a PRF, a abordagem ocorreu por volta das 9h30 após a equipe notar problemas na sinalização traseira do veículo. O motorista informou que a carga havia sido embarcada em Manaus (AM) e teria como destino Goiânia (GO), onde seria entregue mediante pagamento.

O condutor foi detido e o caso foi encaminhado à Polícia Civil de Rondonópolis, que assumiu as investigações. A apreensão é considerada uma das maiores de skunk registradas recentemente na região.

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PF deflagra Operação Dark Bet de combate ao tráfico de brasileiros

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A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas
    Agentes federais buscam provas sobre tráfico de brasileiros para a Nigéria. Foto: PF-AM/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação Dark Bet [aposta escura, na tradução livre] com o objetivo de apurar e reprimir a atuação de organização criminosa responsável pelo aliciamento e envio de brasileiros ao exterior para fins de exploração com trabalho e coação à prática de crimes cibernéticos.

A investigação começou a partir da prisão de 109 pessoas na Nigéria, entre elas 5 brasileiros, acusados da prática de crimes cibernéticos, e revelaram um esquema estruturado de recrutamento de vítimas por meio de redes sociais e plataformas digitais, com promessas de altos salários e oportunidades de trabalho em empresas do setor de jogos on-line.

No exterior, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas, retenção de documentos, restrição de liberdade, vigilância armada e imposição de dívidas.

A apuração revelou que os brasileiros foram contratados por uma empresa de jogos esportivos (BET), que opera duas plataformas no território nacional.

A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas para fins de exploração laboral, redução à condição análoga à de escravo, organização criminosa e outros delitos correlatos.

Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão nos estados do Ceará, Maranhão, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além de medidas cautelares pessoais e patrimoniais, como bloqueio e sequestro de bens e valores que superam R$ 446 milhões, bem como 4 prisões temporárias, expedidos pela Justiça Federal.

A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades empresariais das pessoas jurídicas envolvidas, bem com a retirada do ar de duas plataformas de jogos esportivos (Bets).

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Governo oficializa prazo para a inspeção médica e entrega documental de convocados da Educação

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O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido

A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos. Foto: captada 

O governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Administração (Sead) e de Educação e Cultura (SEE), publicou, nesta terça-feira, 16, o Edital nº 57 Sead/SEE, que oficializa a prorrogação do prazo para a realização da inspeção médica e para a entrega de documentos dos candidatos convocados no concurso público da Educação, permanecendo inalterados os demais itens do certame.

De acordo com a retificação, os candidatos poderão comparecer à Junta Médica Oficial do Estado até o dia 26 de dezembro de 2025. Em Rio Branco, o atendimento é efetuado no Instituto de Previdência do Estado do Acre (Acreprevidência), de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, e aos sábados, das 7h às 13h. Em Cruzeiro do Sul, a inspeção médica será realizada nos dias 11 e 18 de dezembro, das 8h às 12h, na Rua Félix Gaspar, n° 3806, bairro Centro.

O prazo para entrega da documentação também foi estendido até o dia 26 de dezembro. Em Rio Branco, os candidatos devem comparecer à sede da SEE, das 7h30 às 12h e das 14h às 17h30. Nos demais municípios, a entrega deve ser realizada nos respectivos núcleos de Educação.

Os candidatos devem apresentar documentação completa, incluindo foto 3×4 recente, documentos de identificação, comprovante de endereço, certificados de formação, certidões negativas e declarações exigidas. A lista completa dos documentos necessários está disponível no edital nº 55.

O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido, a fim de garantir a continuidade no certame. Ressalta-se ainda que não existe garantia de aprovação na etapa de Junta Médica em concurso público. Nenhuma clínica, laboratório ou intermediário pode prometer resultado. A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos.

Diante de relatos sobre possível “facilitação” ou promessa de aprovação, a orientação é seguir o edital e não usar intermediários. O candidato deve conferir datas, assinaturas, procedência dos laudos e a avaliação por especialista, quando exigida.

Os candidatos podem obter mais informações por meio dos contatos telefônicos dos núcleos da SEE ou com a Sead, das 8h às 14h, por meio do endereço eletrônico [email protected].

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