Acre
Governo vai ampliar acesso a bolsas do programa Mães da Ciência para mulheres em situação de rua ou em regime semiaberto
O governo do Acre, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapac), vai incluir no programa Mães da Ciência, bolsas de estudo para mães solo que se encontram em situação de rua ou para mulheres em situação de monitoramento, em regime semiaberto. O anúncio foi feito pelo presidente da Fapac, Moisés Diniz, durante ação de apresentação do projeto “Reciclando Vidas, Transformando Pneus em Oportunidades”, realizado pela Prefeitura de Rio Branco, na sede do projeto situado na Estrada Alberto Torres, no Conjunto Mariana, em Rio Branco, nesta terça-feira, 28.

Mães da Ciência é um programa que visa contemplar mães solo que frequentem a Educação de Jovens e Adultos (EJA) com bolsas de pesquisa. De acordo com o presidente da Fapac, a previsão é que sejam ofertadas até 20 bolsas no valor de aproximadamente R$ 300.
“O Mães da Ciência é o primeiro programa de pesquisa no Brasil que foca no gênero, na condição de fragilidade social e aponta caminhos para superação da miséria, por meio da viabilização de pequenos negócios, com olhar amazônico”, explicou Diniz.

Nayra Souza, 29, tem 2 filhas e está em regime semiaberto. Ela participou do evento e comemorou as novas oportunidades para mudar de vida. “Para nós é uma oportunidade, porque quando a gente sai do sistema prisional não tem oportunidade de emprego. Com esse projeto, com a ajuda da prefeitura, do governo, vai ser uma melhoria de vida para nós, uma oportunidade, porque tem muitas monitoradas que sabem fazer muitas coisas”, destacou.
A sede do projeto “Reciclando Vidas, Transformando Pneus em Oportunidades” vai funcionar como um centro educacional que tem capacidade para atender 20 pessoas em situação de rua e outras 20 pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica, que terão acesso a cursos de artesanato em pneus e crochê.

A professora Nilza Almeida, coordenadora do projeto Mãe da Ciência explica que o projeto foi idealizado pela vice-governadora Mailza Assis, quando era senadora. A ideia é acolher as mães solo, aquelas mães que estão em vulnerabilidade. Para isso serão abertos editais de convocação para que elas possam se inscrever.
“É um projeto que vai alcançar todos os municípios do Acre, mas como nós estamos ainda em processo de fechar datas, a gente está trabalhando nisso. Estamos vendo todos os aspectos, para que a gente não possa falhar nessas datas, a gente possa cumprir. Então, a gente está fazendo toda essa logística aí e vai ser comunicado quando os editais forem abertos. Queremos começar a pagar algumas bolsas ainda este ano”, destacou.
Para participar do programa é necessário que essas mães estejam estudando, matriculadas na rede pública de Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com a coordenadora, as bolsas de estudo servirão para que as mães possam elaborar projetos sobre a sua vida, e desses projetos podem surgir até mesmo uma pequena empresa onde elas possam ter sustentabilidade financeira por meio do seu próprio negócio em casa.
O evento contou com a participação de representantes da Secretaria de Direitos Humanos do município, do Movimento Nacional de Pessoas em Situação de Rua (Mapsir), do Ministério Público do Estado do Acre (MPE/AC), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, dentre outras autoridades.
- Foto: Neto Lucena/Secom
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Fonte: Governo AC
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.













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