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Acre

Governo promove mutirão de atendimentos em neuropediatria, exames e cirurgias em Brasileia

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A coordenadora do programa Saúde Itinerante, Rosemary Fernandes, lembra que a ação já possui calendário definido para contemplar todas as regionais do Estado

Equipe envolvida na realização do programa Saúde Itinerante TEA. Foto: Pablo Charif/Sesacre

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), realizou, de 9 a 11 de maio, uma nova edição da ação Saúde + Perto, com atendimentos do programa Saúde Itinerante Multidisciplinar Especializado em Neuropediatria e do Opera Acre, com mutirões de cirurgias de catarata e ginecológicas no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia.

Somente o Saúde Itinerante TEA atendeu 200 crianças. No entanto, o número de atendimentos ultrapassa essa marca, considerando que a ação engloba múltiplos serviços por paciente, como odontopediatria, enfermagem, terapias e regulação.

Somando-se às ações realizadas nas demais regionais, foram 840 pessoas atendidas, ultrapassando a marca de mil atendimentos. Exames de ultrassonografia também foram ofertados em Brasileia, totalizando 62 exames, inclusive para pacientes indígenas, levados até o hospital com apoio de transporte aéreo.

“Nossos pacientes vieram fazer a ultrassonografia abdominal. Quero agradecer a todo o pessoal de Brasileia, porque fomos muito bem atendidos”, disse Marivânia Manchineri, indígena de Assis Brasil, que compareceu ao local acompanhada de outros sete indígenas, entre crianças e adultos.

Maria José Mota ao lado do filho, Eduardo, de 13 anos. Foto: Agnes Cavalcante/Sesaccre

Moradora da zona rural de Epitaciolândia, Maria José Mota, mãe de Eduardo, de 13 anos, levou o filho pela primeira vez ao atendimento especializado e celebrou o acesso ao serviço mais próximo de casa:

“Desde pequeno eu já percebia algo estranho, mas a professora dizia que era normal. De um tempo pra cá, quando ele mudou de série, a nova professora percebeu e fez um relatório. E eu quero ver o que o médico vai me dizer. Só gratidão por realizarem a ação aqui em Brasileia. É uma bênção, porque facilita muito.”

O número de atendimentos ultrapassa essa marca, considerando que a ação engloba múltiplos serviços por paciente, como odontopediatria, enfermagem, terapias e regulação. Foto: Agnes Cavalcante/Sesaccre

Além de Brasileia, as cirurgias do programa Opera Acre ocorreram simultaneamente:

– No Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, com seis cirurgias ginecológicas;
– No Hospital Ary Rodrigues, em Senador Guiomard, com 60 cirurgias proctológicas;
– Na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo, em Rio Branco, com cinco cirurgias vasculares e dez ginecológicas;
– No Hospital Dr. Manoel Marinho Monte, em Plácido de Castro, com 25 atendimentos;
– E no Hospital Abel Pinheiro, em Mâncio Lima, com 120 procedimentos de laqueadura.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, reforça que depoimentos como o de Maria José demonstram que o Estado está no caminho certo: “Levar saúde para mais perto das pessoas não é uma tarefa fácil, mas nossa equipe tem se esforçado muito para manter essa ação conjunta, que beneficia toda a população nas regionais. Ver crianças tendo acesso a serviços de qualidade e mantendo consultas e terapias em dia é recompensador”, ressaltou.

A coordenadora do programa Saúde Itinerante, Rosemary Fernandes, lembra que a ação já possui calendário definido para contemplar todas as regionais do Estado:

“Conforme nosso calendário, em setembro iremos retornar ao Alto Acre. Estamos fazendo o caminho inverso, como nos orienta o governador e a gestão da Sesacre: ao invés de os pacientes irem até Rio Branco, levamos os profissionais até onde eles vivem, facilitando o acesso à saúde.”

Pacientes saíram do hospital enxergando, Foto: Pablo Charif/Sesacre

Um novo olhar

Uma das pacientes que passou por cirurgia de catarata foi a aposentada Sebastiana Gomes, de 68 anos, que aproveitou para destacar a excelência do atendimento. “O atendimento foi ótimo. Eu comecei a desconfiar numa consulta, porque meus ‘olho começou a queimar’, arder… e eu disse: ‘O que é isso?’. A médica disse que era catarata.”

Sua xará, Sebastiana Mendes, de 71 anos, também celebrou a nova vida após a cirurgia. “Eu achei uma coisa muito ótima, muito útil, desde a consulta até o atendimento. A gente gastaria muito pra fazer esse processo todo, e agora a gente ganhou tudo na mão. Agradeço a Deus e a toda a equipe.”

Já o oftalmologista Rafael Silva, que integrou a ação, também expressou gratidão pelo trabalho realizado. “São dias muito corridos, muito cansativos, mas a sensação é de dever cumprido. É gratificante, porque às vezes o paciente chega cego, sem enxergar nem meu rosto, e já sai da cirurgia vendo tudo. Pra nós, é emocionante.”

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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Acre

Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

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A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).

O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.

No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.

Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.

O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.

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Acre

No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

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Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.

No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.

Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

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