Brasil
Governo libera mais R$ 4 milhões para cidades baianas
Cerca de R$ 130 milhões já foram destinados para atender as cidades afetadas pelas enchentes em dezembro
Do R7
O governo federal anunciou na tarde desta quarta-feira (5) a liberação de mais R$ 4 milhões para atender as cidades baianas atingidas pelas enchentes causadas pelas chuvas em dezembro. As portarias que permitem o repasse dos recursos foram publicadas no Diário Oficial da União.
As enchentes no sul da Bahia já deixaram mais de 30 mil pessoas desabrigadas e mais de 62 mil desalojadas — isto é, que não precisam necessariamente de abrigo provido pelo governo. O estado já registrou 26 mortes em decorrência da tragédia.
O Executivo federal deve liberar mais recursos para a Bahia com o objetivo de auxiliar na reconstrução de estradas e na prestação de ajuda humanitária à população dos municípios baianos. Cerca de R$ 130 milhões já foram repassados.
A Defesa Civil reconheceu a situação de emergência em 130 cidades do estado, o que permite que esses municípios solicitem recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional para auxiliar nos trabalhos de atendimento à população afetada. O governo baiano já decretou estado de emergência em 157 municípios do estado.
Além das consequências materiais das enchentes, cidades da Bahia enfrentam surto de gripe. Em Itabuna, uma das cidades atingidas, médicos da Força Nacional de Segurança Pública monitoram a saúde dos moradores que vivem em áreas afetadas. Além da gripe, as autoridades de saúde estão preocupadas com a alta de casos de outras doenças relacionadas às enchentes, como leptospirose e diarreias causadas pela água, pela lama e por alimentos contaminados.
Ajuda humanitária
As forças de segurança do Distrito Federal arrecadaram 106 toneladas de doações para as vítimas das enchentes que atingem a região. Cestas básicas, garrafas de água e roupas estão entre os itens que foram obtidos por uma campanha que durou uma semana.
O material será enviado para o município de Vitória da Conquista (BA) na tarde desta quarta-feira (5), com previsão de chegar ao destino na tarde de quinta (6). Em seguida, os produtos seguirão para Jequié e Ipiuá, onde serão distribuídos.
A ação integra a operação de apoio do DF à Bahia. Na noite desta terça-feira (4), os 20 militares que participaram da missão de salvamento das vítimas da tragédia retornaram à capital federal. Eles prestaram auxílio às forças locais para resgatar a população, em especial os ribeirinhos às margens do rio de Contas.
De acordo com o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, coronel Edimar de Moura, quando os militares chegaram, ainda havia casos em que a água atingia metade da altura das paredes nas casas. Com a redução no volume de chuvas e o fim do risco de novas enchentes, os bombeiros retornaram ao DF. “Eles viram famílias que perderam tudo com a força da água.”
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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