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Governo intensifica campanhas educativas para conscientizar população e reduzir acidentes de trânsito

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O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) trabalha em diferentes frentes para reduzir o número de acidentes em todo o estado e tem avançado, inclusive, na interiorização desses serviços. Porém, esse é um trabalho que precisa ter como aliada a consciência da população, já que cabe a todo motorista seguir as regras de trânsito para evitar acidentes e vítimas fatais. Para isso, campanhas educativas são constantemente veiculadas.

Dados mostram que, em 2022 e 2023, foram 3.884 e 3.976 acidentes, respectivamente, resultando em 87 e 85 vítimas fatais em todo o estado. Além da fiscalização diária, o Detran também promove campanhas educativas e alerta os cidadãos para os danos em consequência de acidentes.

“O Detran e as demais forças de segurança no trânsito têm levado a sociedade a um trabalho que visa conscientizar todos os usuários da via, sejam condutores ou pedestres, sobre seu papel nas nossas vias públicas do nosso estado. E a gente vem atuando de maneira coordenada, deslocando nossas equipes para atuar em locais e horários estratégicos, quando é registrado o maior número de sinistros. Temos conseguido reverter os altos índices de mortes no trânsito nos fins de semana e também no período noturno”, explica a presidente do Detran, Taynara Martins.

Ampliar as ações educativas é a estratégia utilizada pelo Detran/AC para salvar vidas no Trânsito. Foto: Renato Beiruth/Detran

Entre as ações, a gestora destaca a Operação Lei Seca, que foi fortalecida na gestão do governador Gladson Cameli, por meio de um termo de cooperação entre o Detran e a Polícia Militar do Acre. “Implementamos o repasse, que era de pouco mais de R$ 2 milhões, e hoje a gente já chega a quase R$ 9 milhões, proporcionando polícia 24 horas nas ruas, na capital e no interior, combatendo infrações de trânsito, crimes de trânsito relacionados à Lei Seca, executando as ações de patrulhamento, tanto no trânsito quanto no serviço ordinário mesmo e, além disso, temos agentes do Detran em Brasileia, Cruzeiro do Sul e Rio Branco”, informa.

A gestora também destaca que tem sido prioridade a disseminação de informações por meio de vários meios de comunicação, aumentando o alcance desse conhecimento.

“Hoje temos campanhas educativas em vários tipos de mídia, TV, rádio e portal, e essa é uma inovação para chegar mais longe com as nossas campanhas educativas. Também temos os painéis de LED, que fazem com que a gente atinja diretamente a população da cidade, com outdoors e tantos outros meios, incluindo as redes sociais. E mesmo com todo esse investimento, ainda flagramos pessoas associando álcool e direção nas vias de todo o estado. Nossa missão é potencializar a Operação Lei Seca, sempre mantendo o caráter educativo e punitivo, que é necessário à preservação de vidas no trânsito”, observa.

Sonhos interrompidos

Era feriado em alusão à Revolução Acreana, 6 de agosto de 2020, quando Jonhliane Paiva de Souza, de 30 anos, levantou-se às 5h. Com o cuidado de sempre para não acordar ninguém, preparou-se para mais um dia de trabalho em uma rede de supermercados de Rio Branco, como fazia todos os dias. A rotina seguiu normalmente, a não ser pelo fato de aquele dia ser feriado, mas a jovem estava acostumada com a escala de trabalho.

Arrumou-se, subiu na moto e seguiu, da parte alta da cidade, até o supermercado, que fica no Centro, até que foi atingida por um carro em alta velocidade. Era por volta das 6h15 quando a mãe, Raimunda Paiva, recebeu o telefonema que mudaria o rumo da sua vida. A data, celebrada com festa no estado, seria a mesma que marcaria a maior tragédia na vida da autônoma.

“O marido de uma amiga que trabalhava com ela me ligou e disse que era para eu me arrumar que a Jonhliane havia sofrido um acidente e que ele passaria para me buscar. Até então, ninguém me disse que ela tinha morrido e, enquanto a gente ia, eu perguntava se já tinham chamado socorro, dizia para a gente ir logo, para socorrer minha filha”, relembra, entre lágrimas.

Só ao chegar no local do acidente, teve a notícias de que a filha não resistira. Naquele momento, Raimunda sentiu a dor que nem o dicionário ousa expressar: a perda de um filho. A sabedoria dos mais experientes costuma dizer que há nome para todo luto, menos para o de um filho.

Raimunda perdeu a filha em um acidente de trânsito e tenta reconstruir a vida. Foto: Marcos Vicentti/Secom

‘Tento me enganar que ela está viajando’

Esse foi um dos casos mais emblemáticos com relação a acidentes de trânsito, tendo gerado comoção em todo o estado. “Tive que mudar minha vida inteira. Saí da casa onde morava com ela, não suportei ficar com as lembranças ali, tive depressão, problemas para dormir e descobri na pele o que era problema emocional”, desabafa.

Jonhliane era a caçula de três filhos. Morava com a mãe, havia sido promovida no emprego e terminaria, naquele fatídico 2020, a tão sonhada faculdade de contabilidade. Estava animada, porque também terminava de pagar a moto. Cuidadosa, a mãe conta que ela evitava sair à noite e cumpria à risca os limites de velocidade.

Tinha o sonho de ser gerente e cabia a ela o sustento da casa. Também incentivava a mãe a estudar para concurso. Depois de quase quatro anos do trágico acidente, Raimunda conta que a dor ainda é uma ferida aberta.

Como o processo na área cível ainda está em andamento, a moto de Jhonliane permanece com ela, na garagem de casa, encoberta com um lençol. Os destroços constantemente fazem Raimunda revisitar a dor do dia do acidente. Ao doar as roupas da filha, guardou em uma caixinha algumas lembranças: a vela de 30 anos e a blusa vestida no último aniversário, dias antes; fotos; cartões e o relógio usado no dia do acidente.

“Não tem como aplacar essa dor. Eu senti e sinto desespero. Só passa quando a gente está dormindo e não sente, mas quando acorda vem à tona. Todos os dias, quando abro os olhos, lembro que minha filha morreu. Às vezes, tento me enganar que ela está viajando, mas não está”, narra.

Moto de Jhonliane ainda está guardada na casa da mãe, aguardando finalização de processo na Vara Cível. Foto: Marcos Vicentti/Secom

‘O que me segurou foi minha filha’

Uma rota alterada por engano mudou a vida de Renan Felipe Bezerra da Silva. Na manhã de 31 de julho do ano passado, o motorista de aplicativo já estava fazendo corridas às 6h da manhã, como era de costume. A rotina era rodar pelo aplicativo até chegar a hora de levar sua mulher para o trabalho e a filha para a escola, para depois continuar trabalhando.

Renan costumava trabalhar de carro, mas fazia menos de um mês que tinha decidido trabalhar de moto. Naquele dia, aceitou uma corrida e seguiu para buscar o passageiro, que tinha como destino o Centro da capital.

Chegou ao local chamado e o passageiro confirmou o modelo da moto, mas não o número da placa. Ele então seguiu para o destino que o GPS apontava, até que seu celular tocou: era o aviso de que havia pegado o passageiro errado. Então encerrou a corrida na plataforma, mas disse ao cliente que o levaria até o destino.

Ao mudar a rota, não imaginava que a alteração impactaria sua vida. “Finalizei a corrida e fiz por fora da plataforma. Foi quando segui pela Estrada da Floresta e, assim que passei do cemitério, logo após a curva, senti a pancada”, relembra.

O motociclista foi atingido por um carro em alta velocidade. Ele teve a perna amputada e perdeu o movimento de um dos braços.

Renan diz que pensava na filha para sobreviver. Foto: Diego Gurgel/Secom

Renan conta ainda que, antes do acidente, ao deixar a mulher no trabalho, disse que estava com um pressentimento ruim. “Era aquela sensação que diz para você não ir, mas você teima e vai mesmo assim. Minha mulher até disse para eu ir para casa, mas eu disse que ia trabalhar mais um pouquinho e foi nesse pouquinho que aconteceu tudo”, diz.

Ele lembra de tudo. Caído, Renan conta que lembrava da filha a todo momento e era isso que lhe dava forças. “Era só o que vinha na minha cabeça: minha filha. Foi ela que me segurou, foi por ela que lutei pela minha vida”, relata.

Após o acidente, Renan e sua família tiveram que mudar toda a rotina e se adaptar ao novo padrão de vida. Inicialmente, sua mulher, Rafaela Lira, teve que sair do emprego para se dedicar aos cuidados com Renan.

Recentemente, a mulher voltou a trabalhar, já que a mãe do motociclista se reveza com ela nos cuidados. Apesar de ter conservado o braço esquerdo, Renan ficou sem os movimentos, devido à lesão no músculo. E também não consegue mais trabalhar como motorista, devido às sequelas do acidente.

Renan perdeu a perna e o movimento do braço em acidente de trânsito. Foto: Diego Gurgel/Secom

“A mudança maior foi porque minha família dependia financeiramente de mim e essa parte pesou mais. A cabeça fica a mil, pensando que estamos ali, sem poder fazer nada. Não posso mais levar minha filha para a escola, nem trabalhar, então isso mudou nosso padrão de vida”, explica.

Mesmo diante das dificuldades, Renan se diz grato por estar vivo e ter tido uma segunda chance. “Levo isso como um aprendizado, porque tem muita gente que sofre acidente e não sobrevive. Graças a Deus estou vivo, minha vida tá começando a voltar ao normal, aos poucos. Sei que não vai ser 100% normal, mas voltei a estudar, estou começando a sair, meus amigos me visitam. A gente vai levando”, diz.

Renan alerta que as pessoas precisam se conscientizar no trânsito. “O que eu digo é que a pessoa tenha atenção. Principalmente quando o assunto é celular, que tira muito a atenção. É preciso se conscientizar”, reforça.

 

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Jovem é esfaqueado após desentendimento em festa no bairro Vitória, em Sena Madureira

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Crime aconteceu em frente à residência da vítima, que foi transferida para Rio Branco em estado estável

SENA MADUREIRA (AC) – Um jovem de 18 anos, identificado como Kelvi da Silva Oliveira, foi vítima de uma tentativa de homicídio na tarde desta quinta-feira (10), no bairro Vitória, em Sena Madureira. O crime teria sido motivado por um desentendimento ocorrido durante uma festa, segundo testemunhas.

De acordo com relatos, Kelvi estava em frente à sua residência quando foi surpreendido pelo agressor, que inicialmente passou pelo local e, pouco depois, retornou armado com uma ripa de madeira e uma faca. O jovem foi atingido pelas costas com um golpe da ripa e, em seguida, esfaqueado duas vezes — uma na região abdominal e outra no antebraço esquerdo.

Após o ataque, o autor do crime fugiu do local e, até o momento, não foi localizado pela Polícia Militar, que realizou buscas nas imediações.

Populares que presenciaram a cena acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestou os primeiros socorros à vítima. Devido à gravidade dos ferimentos, Kelvi foi transferido do Hospital João Câncio Fernandes para o Pronto-Socorro de Urgência e Emergência de Rio Branco, onde passou a ser acompanhado pelo setor de Traumatologia.

Apesar da gravidade dos ferimentos, o estado de saúde do jovem é considerado estável. A Polícia Civil deve assumir as investigações para identificar e capturar o autor da tentativa de homicídio.

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Prefeitura de Epitaciolândia se reúne com setores da segurança para planejar cobertura do XII Circuito Country.

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Neste dia 10 de abril de 2025, o prefeito Sérgio Lopes, acompanhado do vice-prefeito Sérgio Mesquita e secretários municipais, reuniu-se com representantes da Polícia Militar, Bombeiros e Detran para alinhar os detalhes da cobertura dos quatro dias de festa do XII Circuito Country de Epitaciolândia. O evento, um dos mais aguardados do calendário cultural da região, promete atrair milhares de visitantes e movimentar o turismo local.

Foram discutidos os planos de infraestrutura, incluindo palco, iluminação, banheiros químicos e pontos de alimentação. A Secretaria de Segurança apresentou estratégias para garantir a ordem pública, com reforço no policiamento e esquema de trânsito.

A Secretaria de Saúde organizará postos de atendimento médico emergencial para eventuais necessidades durante os dias de festa.

O prefeito Sérgio Lopes destacou a importância do evento para a economia local: “O Circuito Country é uma tradição em Epitaciolândia, e estamos trabalhando para oferecer uma estrutura digna aos visitantes, garantindo segurança, diversão e organização.” O vice-prefeito Sérgio Mesquita complementou: “Esta é uma ação conjunta de todas as pastas para que tudo transcorra com excelência.”

Na quinta-feira, 01 – Show pirotécnico, escolha da Garota Country e show nacional com a Banda Rabo de Vaca.

Na sexta, dia 02 – Prova do Tambor, show com DJs Black e DJ Leandro. Abertura do rodeio e show nacional com Luma Danttas.

Dia 03: Cavalgada, 2ª noite de rodeio, pré-show DJ Potência… e o momento mais esperado: a apresentação de Marília Tavares.

E dia 04, domingo – último dia de festa, teremos: Prova do Laço, show com Cristiano Paulo e Daniel, escolha da Melhor Dança Country, final do rodeio e show com Jorge Lima e Banda!

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Missão empresarial do Sebrae no Acre leva empresários de construção civil à FEICON 2025

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Ao todo 18 empresários participam da feira com apoio do Sebrae

De 08 a 11 de abril, o Sebrae no Acre em parceria com a FIEAC promoverá a participação de 18 empresários do setor de construção civil e pavimentação na 29ª edição da Feira Internacional da Construção Civil (FEICON), que ocorrerá em São Paulo. O evento é considerado um dos principais pontos de encontro para os profissionais do setor e oferece uma excelente oportunidade para fortalecer negócios e ampliar o networking.

De acordo com a analista do Sebrae, Katiele Maia, a feira é uma oportunidade para os empresários conhecerem as últimas tendências do mercado. “Além disso, a feira possibilita a criação de novas conexões com representantes e marcas que ainda não estão presentes no nosso estado. O SEBRAE, como apoiador dessa missão, tem como objetivo promover o desenvolvimento do setor, gerando oportunidades de inovação e competitividade para a indústria da construção”, destaca.

A FEICON contará com quatro grandes setores: acabamentos, instalações, externos e estruturas, reunindo um mix completo de produtos que atenderão às necessidades do mercado. Os empresários acreanos terão a chance de fechar negócios e interagir com os principais players do mercado, além de conhecer as últimas tendências e tecnologias aplicadas ao setor de construção civil.

Essa será a primeira vez que o empresário Francisco de Assis Dantas irá participar da feira, para ele, esse é um momento de grande aprendizagem “vamos adquirir conhecimento de novas tecnologias e produtos na área da construção civil e fazer networking que será importante para nosso estado”, afirma.

Além das oportunidades comerciais, a FEICON também oferecerá uma vasta programação de conteúdo, com atrações específicas para varejistas, distribuidores, engenheiros, construtores, arquitetos e demais profissionais da área. Os participantes poderão acessar informações e inovações que irão impactar diretamente o desenvolvimento de suas empresas e projetos.

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