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Governo Federal investe em tecnologia para fortalecer a Rota do Açaí no Amapá
Robôs de colheita serão distribuídos em parceria com estados e prefeituras, garantindo ganhos para produtores e expansão do mercado

Ministro Waldez Góes com a tecnologia apresentada pelo MIDR na Expofeira Agropecuária (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Macapá (AP) – O Amapá é um dos maiores produtores de açaí da região Norte. Nas áreas ribeirinhas, onde o fruto é cultivado, a colheita é realizada pelos produtores conhecidos como peconheiros, que retiram os cachos escalando os caules dos açaizeiros — uma técnica tradicional transmitida por gerações. Para modernizar e ampliar essa produção, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou um investimento em tecnologia que promete transformar o dia a dia desses trabalhadores: a aquisição dos “açaí bots”, robôs desenvolvidos especialmente para a colheita do fruto na floresta amazônica.
A novidade foi apresentada nesta segunda-feira (1º), durante a programação da 54ª Expofeira Agropecuária do Amapá, evento voltado à exposição e comercialização de produtos de manejo da sociobioeconomia, do agronegócio sustentável, da energia e transição energética, e de mercados inovadores como startups e tecnologias limpas. Compacto e de fácil manuseio, o açaí bot pesa apenas 8 quilos, é operado por controle remoto e pode colher cachos de até 14 quilos. Em um único turno, o equipamento é capaz de retirar mais de 100 cachos — até dez vezes mais que o método tradicional.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reforçou que o investimento integra as ações do Governo Federal para fortalecer a Rota do Açaí — projeto do MIDR voltado a agregar valor ao fruto por meio de capacitação, financiamento e criação de polos produtivos na Amazônia. “Este equipamento foi testado pelos peconheiros nas ilhas do Amapá e do Pará, em parceria com o ministério e as cooperativas. É uma tecnologia que oferece mais segurança e traz muitos outros ganhos para a produção do açaí. Como responsável pela rota, anuncio que ela estará à disposição dos produtores amapaenses por meio das parcerias que realizaremos com o Governo do Estado e as prefeituras”, declarou o ministro.
Agilidade e segurança na colheita
O presidente da Cooperativa dos Peconheiros do Amapá, Valdemar da Conceição, acompanhou a demonstração e aprovou o desempenho. “Para a gente é uma novidade. É uma tecnologia que vai contribuir principalmente para a segurança, porque tem casos em que o açaizal é muito alto e a gente não consegue apanhar o cacho. Sem falar que vai deixar a colheita mais ágil”, avaliou.
Já o representante da empresa Açaí Kaatech, responsável pela fabricação do equipamento, Carlos Henrique da Silva, destacou que o robô é uma ferramenta de inovação. “Estamos oferecendo uma solução que reduz drasticamente os obstáculos enfrentados pelos peconheiros, ao mesmo tempo em que multiplica a produção e, por consequência, a renda dos trabalhadores”, frisou.
O vice-governador do Amapá, Teles Júnior, também ressaltou o impacto da tecnologia. “Um dos nossos maiores desafios é ampliar a produção do açaí para atender à demanda internacional e ao mercado interno. Ao incorporar novas tecnologias, garantimos segurança alimentar para os consumidores e melhor qualidade de vida para quem produz”, observou.
Fonte: GOV
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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