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Governo do Peru chega a acordo para encerrar greve de moradores
Paralisação bloqueou rotas para a cidade sagrada dos incas e causou prejuízo milionário ao setor turístico local
O governo do Peru selou um acordo com moradores da região da cidade histórica de Machu Picchu para encerrar uma série de protestos e greves que afetaram duramente as atividades turísticas na área. As queixas eram centradas na decisão do Ministério da Cultura de contratar um intermediário privado para gerenciar a venda online das entradas para a cidadela inca.
Pelo acordo, o governo cedeu e antecipou o fim do contrato com a empresa Joinnus, responsável pelas vendas por canais digitais — a permissão inicialmente deveria durar até agosto.
Em entrevista ao jornal La República, o prefeito de Machu Picchu, Elvis La Torre, afirmou que as vendas de entradas serão feitas temporariamente pelo Ministério da Cultura e pelo governo de Cusco, e depois administradas pelas autoridades locais, em uma nova plataforma digital. Em troca, as lideranças locais suspenderam os bloqueios e greves.
— Tomamos a decisão para suspender a greve por tempo indeterminado. Estamos de acordo com a ata firmada pelo governo, e as atividades turísticas estão sendo normalizadas — disse à AFP o ex-prefeito de Machu Picchu, Darwin Baca.
A venda digital de ingressos para a cidade sagrada inca através da plataforma privada começou no dia 20 de janeiro, e foi imediatamente atacada pela indústria local do turismo: para as lideranças dos protestos, esse seria o primeiro passo para a atração turística mais visitada do país.
Cinco dias depois, coletivos locais convocaram uma greve geral, que fechou o comércio e interrompeu a linha férrea que leva a Machu Picchu.
— Somos contra a privatização sistemática de Machu Picchu. A população não concorda, esta empresa foi contratada de forma ilegal. As organizações pedem que o contrato com a empresa Joinnus seja anulado — disse Baca, no dia 25 de janeiro.
Segundo autoridades locais, cerca de 1,2 mil turistas peruanos e estrangeiros precisaram de ajuda para deixar a área no fim de semana — em entrevista ao Globo, um turista que integrava um grupo de 17 brasileiros que ficaram presos por 13 horas na área afirmou que eles precisaram usar trilhas e caminhos de terra para retornar até a cidade de Cusco, por causa do bloqueio da linha de trem. Na terça-feira, o Itamaraty emitiu nota desaconselhando viagens à área.
— Nosso trem parou, e não sabíamos o que estava acontecendo. Falaram que era um protesto que estava iniciando por lá, e eles fecharam a passagem do trem. Ficamos mais de uma hora [parados] até conseguirmos seguir em frente até Machu Picchu. O principal era a incerteza. Não sabíamos se nós conseguiríamos sair de lá. Tivemos que ficar [em Machu Picchu Pueblo] de um dia para o outro — disse ao Globo o empresário paulista Cesar Sponchiado, no domingo.
Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1981, o complexo arqueológico, localizado a 130 quilômetros da cidade de Cusco e a 2.438 metros de altitude, foi construído no século XV por ordem do imperador inca Pachacutec (1438-1470). Cerca de 4,5 mil pessoas visitam todos os dias o local, e a paralisação teria custado, segundo cálculos de autoridades peruanas, um milhão de sóis (R$ 1,3 milhão) por dia para o setor turístico.
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Mulher trans é brutalmente agredida durante confraternização em Rio Branco
Paloma sofreu socos e chutes, ficando com ferimentos no rosto e cabeça; agressor fugiu do local e PM ainda não foi acionada

O agressor fugiu logo após a violência e, até o fechamento desta matéria, a Polícia Militar ainda não havia sido acionada para investigar o caso. Foto: cedida
Uma violenta agressão contra a mulher trans identificada pelo nome social Paloma, marcou uma confraternização entre amigos na tarde deste domingo (6), na Rua Eldorado, no bairro Jorge Lavocat, região alta de Rio Branco. Segundo testemunhas, o encontro, que tinha consumo de bebidas alcoólicas, terminou em discussão e culminou com Paloma sendo brutalmente agredida por um dos participantes.
A vítima foi alvo de socos e chutes, resultando em ferimentos no rosto, sangramento nasal e um hematoma na cabeça. Mesmo machucada, Paloma conseguiu caminhar alguns metros até desmaiar em frente a uma parada de ônibus.
Populares que passavam pelo local acionaram o SAMU, que prestou os primeiros atendimentos e a levou ao Pronto-Socorro da capital. De acordo com os socorristas, seu estado de saúde estava estável no momento da remoção.
O agressor fugiu do local e, até o fechamento desta reportagem, a Polícia Militar não havia sido acionada para registrar ocorrência.
O caso reacende o debate sobre a violência contra a população LGBTQIA+ e a necessidade de medidas eficazes para coibir crimes de ódio no estado. A sociedade civil e organizações de direitos humanos cobram apuração rigorosa e punição aos responsáveis.

A vítima teve ferimentos no rosto, incluindo um sangramento nasal e um hematoma na cabeça. Foto: ilustrativa
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Bebê baleada na cabeça em ataque criminoso deixa UTI após um mês internada em estado grave
Maitê Valentina, de 1 ano e 4 meses, foi transferida para reabilitação após cirurgia e traqueostomia; caso chocou o Acre após tiroteio no bairro Santa Inês

A bebê foi atingida por uma bala perdida durante um tiroteio no bairro Santa Inês, Segundo Distrito da Capital, ocorrido na noite do último dia 8 deste. Foto: cedia
Após quase um mês lutando pela vida, a pequena Maitê Valentina Pereira, de apenas 1 ano e 4 meses, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança em Rio Branco. A bebê foi vítima de um ataque criminoso no bairro Santa Inês, Segundo Distrito da capital, no dia 8 de março, quando foi atingida por uma bala perdida durante um tiroteio.
Socorrida às pressas, Maitê passou por uma delicada cirurgia na cabeça e enfrentou dias críticos na UTI. Seu quadro começou a apresentar melhora após um procedimento de traqueostomia, que estabilizou sua respiração. Agora, ela foi transferida para o Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC), onde continuará o tratamento e iniciará o processo de reabilitação.

Bebê foi atingida por uma bala perdida durante um tiroteio no bairro Santa Inês, Segundo Distrito da Capital. Foto: captada
O caso comoveu a população acreana. A família de Maitê segue acompanhando de perto sua recuperação, enquanto aguarda justiça pelo crime que quase tirou a vida da criança. As investigações sobre o tiroteio continuam em andamento pela Polícia Civil.

Maitê permaneceu internada na UTI, enfrentando um período crítico, mas apresentou melhora no quadro clínico após um procedimento de traqueostomia. Foto: cedida
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Barranco desaba após fortes chuvas em Boca do Acre e obriga remoção de famílias em área de risco
Deslizamento na Praia do Gado expõe problema crônico de erosão no município; prefeitura busca recursos emergenciais com governo estadual

A Prefeitura reforça o alerta para que a população evite se aproximar de barrancos e áreas de risco, especialmente durante o período de chuvas. Foto: cedida
Um trecho de barranco às margens do Rio Purus desmoronou entre quarta (2) e quinta-feira (3) na Praia do Gado, comunidade ribeirinha de Boca do Acre (AM), após uma forte chuva atingir a cidade. O deslizamento foi provocado pela combinação entre a intensidade da chuva e os resquícios das recentes cheias dos rios Acre e Purus, que deixaram o solo encharcado e instável.
De acordo com a Defesa Civil do município, nenhuma pessoa ficou ferida. No entanto, por medida de precaução, famílias que moravam próximas à área do deslizamento foram retiradas de suas casas e levadas para locais seguros.

O deslizamento foi provocado pela combinação entre a intensidade da chuva e os resquícios das recentes cheias dos rios Acre e Purus. Foto: cedida
O terreno continua sendo monitorado para evitar novos desmoronamentos. O incidente:
Ocorreu em área já fragilizada pelas recentes cheias dos rios Acre e Purus
Não deixou vítimas, mas exigiu remoção preventiva de famílias
Expôs a vulnerabilidade de comunidades ribeirinhas à erosão fluvial
Ações emergenciais:
A Defesa Civil municipal atuou em três frentes:
- Isolamento da área afetada
- Remoção segura dos moradores próximos
- Monitoramento contínuo do terreno
Busca por soluções:
O prefeito Frank Barros se deslocou a Manaus para:
• Solicitar apoio técnico e financeiro ao Governo do Estado
• Viabilizar intervenções emergenciais
• Elaborar plano de contenção de encostas
Contexto histórico:
A Praia do Gado apresenta:
Solo instável por formação geológica
Histórico de deslizamentos no período chuvoso
Erosão acelerada após eventos extremos de cheia
Recomendações à população:
• Evitar aproximação de barrancos e margens instáveis
• Reportar novas fissuras ou movimentações de terra
• Acompanhar alertas oficiais da Defesa Civil
A Secretaria Municipal de Obras está atuando junto à Defesa Civil para avaliar os danos e planejar possíveis intervenções. A área afetada é considerada crítica, e o problema da erosão de barrancos é antigo em Boca do Acre, especialmente em regiões ribeirinhas como a Praia do Gado, onde o solo sofre maior desgaste após períodos prolongados de cheia.
O prefeito Frank Barros está em Manaus em busca de apoio do Governo do Estado e da Defesa Civil Estadual para viabilizar recursos e soluções emergenciais que ajudem a conter o avanço da erosão em áreas vulneráveis do município.
A Prefeitura reforça o alerta para que a população evite se aproximar de barrancos e áreas de risco, especialmente durante o período de chuvas, enquanto segue monitorando outros pontos da cidade que podem apresentar instabilidade no solo.

A Secretaria de Obras estuda medidas paliativas enquanto aguarda recursos para soluções estruturais, com prioridade para as áreas mais críticas mapeadas no município. Foto: cedida
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