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Governo do Acre lança plano de vacinação contra Covid-19

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Repercutido como um dos estados que mais tem se movimentado para a aquisição de vacinas e estratégias de imunização, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), apresentou na tarde desta terça-feira, 12, por meio de live no canal do Telessaúde no YouTube, o Plano Estadual de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19.

O Acre contará com cerca de 500 mil doses de vacina produzidas pela Fiocruz, que serão enviadas pelo Ministério da Saúde para imunizar os grupos prioritários que são: trabalhadores da saúde, educação, forças de segurança e salvamento, pessoas acima de 60 anos (divididas por fase e faixa etária), indígenas, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiências permanentes severas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, transporte aéreo e portuários; e, ainda, população privada de liberdade e funcionários desse sistema.

Grupos prioritários serão imunizados com as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde Foto: Divulgação

Por meio das articulações e do incansável empenho do governador Gladson Cameli, o Acre contará com mais um quantitativo de 700 mil doses que serão adquiridas pelo Estado – produzidas pelo Instituto Butantan – para a vacinação do público da faixa etária de 20 a 59 anos que não estejam incluídos nos públicos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Ambas serão aplicadas em duas doses, com intervalo de 30 dias entre uma e outra.

As 700 mil doses adquiridas pelo Estado serão para a imunização do grupo de de 20 a 59 anos de idade, que não estejam incluídos nos grupos prioritários Foto: Divulgação

O secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, chama a atenção e pede o apoio da população para que possa somar forças junto à labuta do Estado em garantir a imunização dos acreanos contra a Covid-19. “Sozinha a vacina não vai acabar com a pandemia, ela precisa da adesão de todos e que, principalmente, continuem a seguir os protocolos sanitários de prevenção ao coronavírus”, enfatizou o secretário.

“Sozinha a vacina não vai acabar com a pandemia, ela precisa da adesão de todos”, disse o secretário de Estado de Saúde do Acre, Alysson Bestene Foto: Odair Leal/ Secom

No Acre, assim que chegarem as vacinas, a estratégia de vacinação será dividida em três fases, inicialmente:

Fase 1: trabalhador da saúde, pessoas acima de 75 anos, pessoas de 60 anos institucionalizadas (que estejam em asilos ou casas de repouso), populações indígenas e povos e comunidades ribeirinhas;
Fase 2: pessoas entre 60 e 74 anos de idade, sadias que podem se deslocar;
Fase 3: pessoas com comorbidades, que são doenças preexistentes.

“Precisamos aguardar a aprovação da Anvisa, a logística de entrega de vacina ao estado do Acre e, assim que recebermos as vacinas, estaremos enviando aos municípios e abrindo oficialmente a campanha de vacinação contra a Covid-19”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Renata Quiles, explicando que não há um limite de vacina em cada fase. “Se eu tenho a vacina disponível e a minha meta na fase 1 foi alcançada, eu já pulo para a fase 2”, exemplificou.

Por se tratar de uma vacina nova e sendo necessário alcançar 100% de cobertura vacinal, não há como estabelecer um limite para a finalização da campanha. Desta forma, ela vai acabar quando o maior número possível de pessoas for imunizada.

Capacidade de armazenamento

Com a entrega da câmara fria, estimada para o final de janeiro, e mais o suporte de armazenamento de todo o estado, o Acre contará com uma capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de doses de vacinas.

Acre tem capacidade suficiente para armazenar as vacinas da Covid-19. Foto: Divulgação

Estrutura para transporte de vacinas

1 central estadual de Rede de Frio
232 salas de vacinas ativas
22 centros municipais de rede de frio
1 centro estadual de rede de frio
1 centro auxiliar
1 base auxiliar para armazenar vacinas (Covid-19 e gerais)
2 centrais de rede de frio: regional do Juruá e Alto Acre
2 freezers: Cruzeiro do Sul e outro em Rio Branco
2 caminhões baús refrigerados
2 caminhonetes
Lanchas e barcos

Suporte

Além da estrutura citada acima, o governador Gladson Cameli, preocupado em garantir a imunização de todos, disponibilizou o helicóptero do Estado e tudo o mais que for necessário para o suporte no transporte das vacinas desde a capital ao município mais distante.

Público que não pode ser vacinado

De acordo com o plano já realizado pelo Ministério da Saúde, o público de 0 a 18 anos de idade não será vacinado nesta etapa, tendo em vista que não houve estudos, e portanto não é possível saber o que a vacina ocasionaria ao indivíduo. Grávidas também não podem tomar a vacina pelo mesmo motivo.

Seringas

Tendo em vista que daqui a alguns meses a campanha de vacinação contra a influenza também vai ocorrer, o setor de imunização do Estado já vinha se organizando com a aquisição de seringas. Sendo assim, atualmente o Acre conta com um estoque de 700 mil seringas (Estado e Municípios).

Seringas serão suficientes para a campanha de vacinação contra a Covid-19. Foto: Divulgação

Além desse quantitativo, o governo se prepara para aquisição de mais de 1.100.000 de seringas, sendo que o Ministério da Saúde ainda irá enviar cerca de 500 mil unidades.

Situação Epidemiológica do Acre

De acordo com as informações que constam no Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, até o dia 10 de janeiro de 2021 foram registradas 122.091 notificações, sendo e 43.127 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

Ainda, foram notificados 825 no período de 06 de abril de 2020 a 05 de janeiro de 2021, sendo que 70,78% foram de pessoas acima de 60 anos. Ainda, pessoas com comorbidades representam 64,60% do número total de óbitos.

Dessa maneira, estima-se que cerca de 60 a 70% da população precisaria estar imune para interromper a circulação do vírus, sendo necessária então, a vacinação de 70% ou mais da população para eliminação da doença.

Acesse o plano na íntegra: PLANO ESTADUAL COVID 11.01.2021

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Violência doméstica em Epitaciolândia termina com ameaças e acidente de trânsito

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Homem teria ameaçado ex-esposa com tijolo e se jogou encima do veículo; vítima registrou ocorrência na delegacia. 

Um caso de violência doméstica foi registrado na tarde desta segunda-feira (3). O fato teria ocorrido na Rua Capitão Pedro de Vasconcelos, no bairro Aeroporto, em Epitaciolândia. A guarnição do 5º Batalhão de Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito, mas, ao chegar ao local, descobriu-se que o incidente estava relacionado a uma agressão doméstica.

Segundo relatos de populares, o autor da agressão identificado como Sandeson Kleito Gabriel, teria tentado jogar um tijolo no para-brisa do carro de sua ex-esposa, com a intenção de atingi-la. Ao perceber a ameaça, a mulher avançou com o veículo em direção ao agressor, que se ficou sobre o capô e foi carregado por vários metros até cair na rua. O Homem sofreu uma lesão na cabeça e arranhões pelo corpo devido à queda.

Após o ocorrido, a vítima dirigiu-se à delegacia para registrar o fato. A guarnição policial também se deslocou até o local para a confecção do boletim de ocorrência. O caso está sendo investigado, e Andeson foi levado ao hospital para ser medicado e ficou em observação até ser liberado.

O caso foi registrado como violência doméstica contra a mulher conforme o ART. 147 do CPB e as autoridades reforçam a importância de denunciar essas situações para garantir a segurança.

Veja vídeo abaixo:

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Serial Killer: Criminoso de alta periculosidade que escapou do presídio Urso Branco, em Porto Velho, continua foragido

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João Luiz da Silva Filho, condenado a 22 anos por homicídio, estava em regime de cela livre e fugiu durante trabalho externo; polícia pede ajuda da população.

João Luiz da Silva Filho, de 53 anos, criminoso de alta periculosidade, fugiu do presídio José Mário Alves, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), nesta sexta-feira (28). Condenado a 22 anos de prisão por homicídio e com histórico de reincidência, João Luiz estava no sistema de cela livre e fugiu quando saiu do presídio Vale do Guaporé para trabalhar no Urso Branco.

As autoridades estão em alerta e pedem a colaboração da população para localizar o fugitivo. Quem tiver informações sobre o paradeiro de João Luiz deve entrar em contato imediatamente com a polícia pelos números 190 ou 197.

A fuga reforça a necessidade de medidas de segurança mais rígidas no sistema prisional, especialmente para criminosos considerados de alta periculosidade. A população deve redobrar a atenção e evitar qualquer contato com o fugitivo.

Fonte: EuIdeial

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STF, PF e CNJ não sabem quantos juízes são investigados por corrupção e venda de sentenças

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R7 pediu dados via LAI para os três órgãos, mas nenhum deles respondeu às demandas com dados de investigados ou condenados

Uma operação da Polícia Federal deflagrada em novembro do ano passado dainvestigação sobre juízes, desembargadores e servidores de sete tribunais de Justiça estaduais ligados a esquemas de corrupção e venda de sentenças no Brasil acendeu o alerta sobre o monitoramento dos envolvidos e a falta de dados a respeito de participação de membros do Judiciário nessas práticas criminosas. Os inquéritos, até o momento, levaram ao afastamento provisório de pelo menos 16 desembargadores e sete juízes de primeira instância. No entanto, faltam dados para diagnosticar se os episódios são parte de um problema isolado ou se atingem outros tribunais e regiões do país.

O R7 realizou reiterados pedidos via Lei de Acesso à Informação para STF (Supremo Tribunal Federal), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e Polícia Federal questionando se os órgãos têm informações sobre o número de magistrados investigados ou condenados por corrupção e venda de sentenças.

O STF, por exemplo, justificou que não tem os dados consolidados e enviou uma lista de 131 mil processos criminais públicos recebidos desde 2019 até o fim de 2024.

A PF disse que “as bases de dados não possuem tal informação sobre investigados/indiciados para consulta”. “Tal informação iria requerer consultar milhares de inquéritos individualmente para obtenção de tal informação, sendo assim inviável o fornecimento dos dados requeridos”, alegou.

O CNJ informou que tem padronizado todos os dados e informações compreendidas pelo processo judicial, “dessa forma, os assuntos cadastrados quando da distribuição dos procedimentos também são padronizados e têm por base as tabelas processuais unificadas”. Contudo, segundo a instituição, “atualmente, não há em referida tabela o assunto venda de sentenças ou algo relacionado como, por exemplo, corrupção e enriquecimento ilícito”.

De todo modo, o Conselho Nacional de Justiça enviou dados sobre as punições aplicadas a magistrados por alguma irregularidade de conduta. O levantamento aponta que 56% das punições envolvem aposentadoria compulsória, considerando o período de 2007 até o fim do ano passado.

Em 2024, por exemplo, o CNJ abriu 5.569 pedidos de providências na corregedoria, 1.734 reclamações disciplinares aos magistrados, 44 revisões disciplinares e 40 processos administrativos disciplinares.

Monitoramento

Em nota, o CNJ disse que mantém “rigoroso sistema de fiscalização e controle da atividade jurisdicional através de múltiplos mecanismos”. “A Corregedoria Nacional de Justiça realiza, sistematicamente, inspeções e correições para apurar o funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais, identificando eventuais irregularidades. O monitoramento é realizado de forma contínua para acompanhar o cumprimento das decisões proferidas e disponibiliza relatórios de conformidade no portal do CNJ”, afirmou.

O órgão destacou que exerce um controle funcional de magistrados dos cinco segmentos do Poder Judiciário brasileiro, com exceção do Supremo Tribunal Federal. “O Conselho também planeja, coordena e acompanha políticas judiciárias para aprimorar os serviços prestados pelos tribunais.”

O CNJ explicou que tem competência para investigar denúncias contra magistrados, realizando inspeções, correições e sindicâncias. “O Plenário do CNJ pode determinar, inclusive, o afastamento preventivo de magistrados durante a tramitação de processo disciplinar”, ressaltou a entidade.

“O CNJ prioriza o julgamento de processos relacionados a corrupção, improbidade administrativa e crimes contra a Administração Pública, bem como confere prioridade ao julgamento de ilícitos eleitorais. O CNJ monitora a atuação da magistratura por meio de diversas ferramentas, incluindo dados estatísticos sobre processos e outros indicadores. O Conselho também pode requisitar informações de autoridades fiscais, monetárias e outras autoridades competentes para esclarecer processos. Nos Processos Administrativos Disciplinares, após a fase de instrução, o relator apresenta relatório circunstanciado com proposta de penalidade, quando cabível. O relatório é submetido ao plenário, onde os conselheiros podem acompanhar a proposta do relator ou divergir, sugerindo penalidade diversa”, explicou.

Situação grave

Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina, Luciano Da Ros pontua que “o fato de que há juízes alegadamente envolvidos em venda de sentenças é, obviamente, muito grave”.

“Mas, por outro lado, não se pode antecipar culpabilidade, e todos, inclusive os magistrados, gozam de presunção de inocência. Com isso, quero dizer que, apesar das medidas tomadas pela PF, que eu saiba ainda não há condenação em todos esses casos que possam ensejar juízo de culpa. Há que se esperar o andar dos processos, que é lento”, opinou.

O especialista disse que a maioria das punições mais severas gera aposentadorias compulsórias. “Isso ocorre porque juízes, protegidos por suas garantias de independência, somente podem ser efetivamente removidos do Poder Judiciário após serem condenados em processo criminal [e não administrativo] de forma definitiva”, detalha.

Sobre a sensação da sociedade de falta de punição aos juízes, que são aposentados após uma acusação grave, a advogada Mariana Madeira, também professora do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília e ex-assessora de ministro do STF, explicou que essa é a “forma mais severa e efetiva que o CNJ encontra para atribuir essa punição administrativamente, em razão da vitaliciedade, que é uma prerrogativa constitucional prevista para os juízes”.

“Na aposentadoria compulsória, os proventos são pagos de maneira proporcional ao tempo de serviço. Isso não impede, no entanto, que haja maior transparência na divulgação das infrações e punições administrativas como forma de reforçar a credibilidade e a confiança do jurisdicionado, até porque um dos princípios da atuação da administração pública é o da publicidade”, comentou.

Faltam dados

O professor Luciano Da Ros pontuou que é importante saber, caso a caso, quais magistrados, punidos no CNJ, eventualmente tiveram condenações criminais.

“Conheço poucos levantamentos dessa natureza, mas concordo que seria interessante, para fins de monitoramento, o CNJ manter uma base de dados pública e transparente que acompanhasse os desfechos dos processos criminais eventualmente decorrentes dos processos disciplinares”, sugeriu.

Sobre a venda de sentenças, o professor da UFSC reforçou que a situação é grave. “Mas lembro que juízes podem eventualmente ser corruptos de outras formas. Por exemplo, há várias funções administrativas que os tribunais desempenham [contratação de pessoal, construção de prédios, contratação de prestadores de serviço] que também podem estar sujeitas a problemas de magnitude semelhante”, alertou.

Para ele, é preciso mais transparência. “Mas a transparência, por um lado, requer que os dados sejam primeiramente coletados e registrados, algo que eu não sei se ocorre nesse particular, e que esses mesmos dados eventualmente públicos não firam a intimidade, a privacidade e mesmo a reputação, injustamente por vezes, dos acusados.”

Mensagem para a população

Para a professora Mariana Madeira, publicizar as sanções criminais eventualmente atribuídas a juízes corruptos também pode transmitir para a sociedade “a mensagem de que os crimes são rigorosamente punidos e, consequentemente, desestimula a prática de novas infrações penais”.

“Precisa haver um comprometimento de toda comunidade jurídica — advogados, defensores públicos, servidores, promotores — em denunciar irregularidades para que sejam seriamente apuradas, assim como qualquer cidadão que comete crime no país”, afirmou.

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