Acre
Governo do Acre convocou mais de 6 mil servidores apenas em 2023
Medida reforça compromisso em oportunizar ingresso de jovens no mercado de trabalho.
Servidor, termo que pode ser um substantivo ou adjetivo, e que tem como significado aquele que serve, que trabalha a favor de alguém. Trilhar o caminho da carreira no setor público é o sonho de muita gente, e no Acre não é diferente. O foco nesse ambiente de oportunidades, como forma de qualificar o atendimento e valorizar o servidor público pode ser visto no balanço feito pela pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração do Acre (Sead).
Só no ano passado, segundo os dados, foram 6.222 servidores convocados para o quadro do Estado, resultado de concurso público efetivo ou processo seletivo simplificado, que oferece vagas temporárias. A medida só reforça o compromisso do governo estadual em oportunizar esse ingresso dos jovens no mercado de trabalho. Para quem foi chamado, além da realização de um sonho, é a forma de contribuir para o progresso do estado trabalhando na área que escolheu para atuar.
Servidor, termo que pode ser um substantivo ou adjetivo, e que tem como significado aquele que serve, que trabalha a favor de alguém. Trilhar o caminho da carreira no setor público é o sonho de muita gente, e no Acre não é diferente. O foco nesse ambiente de oportunidades, como forma de qualificar o atendimento e valorizar o servidor público pode ser visto no balanço feito pela pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração do Acre (Sead).
Só no ano passado, segundo os dados, foram 6.222 servidores convocados para o quadro do Estado, resultado de concurso público efetivo ou processo seletivo simplificado, que oferece vagas temporárias. A medida só reforça o compromisso do governo estadual em oportunizar esse ingresso dos jovens no mercado de trabalho. Para quem foi chamado, além da realização de um sonho, é a forma de contribuir para o progresso do estado trabalhando na área que escolheu para atuar.
Do total de convocados, a pasta que mais teve reforço em servidores foi a Secretaria de Saúde (Sesacre), que contou com 826 contratações.
Convocação que muda vidas
O concurso muda a vida não só de quem passou, mas é fundamental para a qualificação do serviço prestado à população. Uma dessas vagas do concurso da Sesacre foi ocupada pela fisioterapeuta Fabiana Souza, de 31 anos. Filha de fotógrafo, que também é ambulante, e de dona de casa, ela viu sempre na educação e na carreira do serviço público a oportunidade de assegurar aos pais uma aposentadoria tranquila.
Ela conta que foi desacreditada por muitos, mas que sempre aproveitou as oportunidades para se sobressair com ensinamentos dos pais, que, mesmo tendo até a 4ª série, sempre focaram na educação das duas filhas. Estudante de escola pública, conseguiu ingressar em uma faculdade particular por meio da bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni), o primeiro degrau para ver sua história mudar.
“Com eles, aprendi sobre simplicidade, humildade, honestidade e respeito. Tem gente que tem mais ambição, mas eu não. Eu conseguindo dar conforto aos meus pais já está bom. Hoje posso contribuir em casa, sou a renda mais segura, o que me deixa feliz, mas queria que fosse diferente”, conta.
Fabiana tem uma irmã mais nova que está se formando em enfermagem e pretende ingressar no serviço público. Para ela, essas conquistas coroam o esforço dos pais que sempre lutaram para que as filhas tivessem uma realidade diferente da que eles vivenciaram.
“Meus pais não tiveram a oportunidade de estudar como a gente. Conseguem ler e escrever, mas muito pouco, no entanto sempre nos incentivaram a ir pelo caminho dos estudos”, relembra.
Hoje, a fisioterapeuta atua na clínica médica do Pronto-Socorro e reconhece que ser chamada no concurso público mudou sua vida. “As oportunidade estão aí e corri atrás, porque nada cai do céu. Até hoje, quando não estou trabalhando, ajudo meu pai na venda de milho cozido. Para mim, não tem problema, contanto que estejamos sempre juntos”, reforça.
Qualificação do serviço prestado
No mesmo concurso de Fabiana, Marcos Melo foi chamado. A história do também fisioterapeuta se encontra com a da colega de profissão, já que os dois alunos do ensino médio da rede pública, que conseguiram o ingresso no ensino superior por meio do Prouni, tinham o sonho de servir. Para além disso, a estabilidade e a valorização também foram sonhos contemplados com o contrato.
Marcos atualmente atua na emergência clínica do Pronto-Socorro. Aprendeu a amar o serviço público em casa ao acompanhar a trajetória da mãe como servidora, sendo agente de trânsito.
“Sempre tive esse objetivo de ter estabilidade, não só pela parte financeira, mas por questões familiares também, porque a família precisa da nossa ajuda dentro de casa. Quando saíram os primeiros rumores do concurso, já comecei a estudar”, conta.
Na época ele já trabalhava em uma empresa privada e conciliava a carga horária de trabalho com cursinhos preparatórios e algumas horas de preparação em casa, tudo para buscar o sonho de servir ao Estado.
“Foi uma convocação e uma forma de ter outros projetos de vida. Estou conseguindo, por exemplo, prover melhor minha família e ter perspectiva para o futuro. Quando a gente passa em um concurso a gente só vem somar e qualificar ainda mais esse serviço, porque ele seleciona os melhores para trabalhar naquele serviço, além de gerar emprego e renda”, completa.
Aos 25 anos, Victoria Elisabeth Mariano da Conceição também entrou para o quadro de efetivos do Estado. Quando fez o concurso para enfermeira na Sesacre ela tinha 23 anos, em 2022, e foi chamada no final do ano passado. Ela resume que poder ser concursada tão nova dentro da área que escolheu é motivo de muito orgulho. Atualmente, ela está lotada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também do Pronto-Socorro.
“Escolhi essa carreira para poder ajudar e cuidar daqueles que precisam. E é muito importante mais concursos para a inserção de mais jovens no mercado porque trazem novos pontos de vista nos serviços e oportunidade para mais profissionais”, conta.
Reforço em várias áreas
Já na Secretaria de Educação, ocorreu um processo seletivo para a contratação de 3.323 professores. Houve chamamento de efetivos e temporários também para a Polícia Civil; o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), o Corpo de Bombeiros (CBM); o Instituto Socioeducativo (ISE); o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e o Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC). Há convocação de processos seletivos e concursos feitos entre 2015 e 2022, inclusive para a Educação e a Saúde.
Na área ambiental, os engenheiros florestais Rodrigo de Araújo e Ana Cláudia Salomão também comemoraram a aprovação no concurso feito pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) em 2020 e estão lotados no Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) desde o ano passado. Os dois trabalham no setor de licenciamento ambiental e concordam que o concurso público é a forma de valorizar os profissionais do Estado.
Realização de um sonho
Neto de seringueiros, Rodrigo Araújo, aos 26 anos, conta que sempre teve acesso às causas ambientais no seu cotidiano, principalmente porque morava no Bairro Cidade Nova e via constantemente a casa alagar, fato que o fez ter especialidade em recursos hídricos.
“Desde o início da faculdade, já me envolvia em atividades que eu achava que fossem pertinentes para a minha formação e vivência profissional. E culminou de ter o concurso próximo à data que eu ia me formar. Quando fiz a prova ainda era acadêmico, então me formei em 2022 e em 2023 fui chamado”, relembra.
Por meio da bolsa de estudos, Rodrigo conseguiu estudar em uma escola particular: “Consegui essa bolsa por meio das políticas afirmativas mesmo, porque eu era de baixa renda, então não pagava mensalidade. Em casa não tinha muito acesso à internet, mas na escola já conseguia ter acesso ao computador e mais materiais”.
Mesmo tendo acesso a muitas ferramentas que o ajudaram a chegar ao serviço público, o engenheiro diz que sempre focou em estar no cargo que ocupa atuando na área que sempre quis atuar.
“Estar aqui hoje é a realização de um sonho. Acredito que a inserção de mais jovens no serviço público é importante. Essa troca entre os mais jovens e mais experientes traz uma renovação para a própria estrutura governamental”, pontua.
‘É uma causa’
Ana Cláudia Salomão tem 36 anos e sempre esteve envolvida em trabalhos voltados para o meio ambiente. Atualmente como engenheira florestal do Estado, ela diz que consegue desenvolver o trabalho dentro daquilo que sempre acreditou e fazendo a sua parte para os avanços na área.
O primeiro sonho realizado foi se formar na Universidade Federal do Acre (Ufac). Depois disso, fez mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e participou do concurso em 2020 e, enquanto esperava, chegou a trabalhar um período no Rio de Janeiro, retornando um mês antes de ser convocada para o concurso.
Acho que tem algumas profissões que carregam um quê de militância. Ser engenheira florestal é uma causa, não só uma profissão, e eu sempre quis trabalhar no meu estado, contribuir onde nasci e, claro, ter a estabilidade que todo mundo quer”, revela.
Persistente é o adjetivo que define Ana. Antes de conseguir passar no concurso, ela tentou por 10 vezes entrar no serviço público em outras áreas em que sua formação podia ser contemplada, e foi aprovada exatamente no da sua área, onde ela pode atuar e contribuir com os conhecimentos adquiridos durante anos atuando na área ambiental, seja pela passagem em organizações não governamentais ou instituições.
“Depois de alguns anos formada consegui concretizar esse sonho. Não é apenas um concurso, é um planejamento de vida. O importante é ter bastante concurso em todas as áreas para que jovens, que estejam em uma profissão que seguem por ideal, consigam contribuir para o estado, porque muitas vezes não conseguem, mudam de profissão, de área, e não conseguem cumprir com seu propósito inicial”, finaliza.
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Acre
Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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